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"Estado Islâmico" liberta 270 reféns na Síria

20 de janeiro de 2016

Grupo faz parte de 400 civis sequestrados no fim de semana em Deir ez-Zor. Apesar de livres, eles são obrigados a permanecer em vilas controladas pelos jihadistas.

Há quatro dias extremistas lançam ofensiva em Deir ez-ZorFoto: Getty Images/AFP/A. Aboud

A organização extremista "Estado Islâmico" (EI) libertou 270 dos cerca de 400 civis sequestrados no domingo na cidade de Deir ez-Zor, na Síria, afirmou nesta quarta-feira (20/01) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Entre os reféns libertados estão mulheres, crianças e idosos. Eles foram capturados durante um ataque dos extremistas a uma região controlada pelo governo. A organização de monitoramento afirmou ainda que combatentes do EI prenderam um grupo de 50 homens na terça-feira, após invadir suas casas.

Segundo o ativista Rami Abdel Rahman, que coordena o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, o grupo mantém homens com idades entre 14 e 55 anos como prisioneiros para interrogá-los.

"Aqueles que eles acharem que têm ligação com o governo serão punidos e aqueles que não precisam participar de cursos sobre a interpretação do grupo sobre o Islã", acrescentou.

Os civis que foram libertados são obrigados a permanecer em vilas controladas pelo "Estado Islâmico" na província de Deir ez-Zor, que faz fronteira com o Iraque. O grupo extremista possui o controle da maior parte dessa região e desde março promove ataques para tentar tomar regiões que ainda estão nas mãos do governo.

As tropas do presidente Bashar al-Assad ainda têm o poder sobre o aeroporto militar, uma brigada do Exército, e os bairros Al-Yura e Al-Qusur, todos no oeste da cidade, onde estima-se que vivem entre 250 mil e 300 mil pessoas. Elas estão cercadas há mais de um ano pelos jihadistas.

O conflito na Síria já dura quase cinco anos. Desde o início da guerra civil, em 2011, mais de 250 mil pessoas foram mortas no país, segundo as Nações Unidas.

CN/rtr/dpa/lusa/afp

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