Mais de 120 civis foram mortos pelo "Estado Islâmico" (EI) em pouco mais de 24 horas, desde que o grupo extremista invadiu a cidade síria de Kobane nesta quinta-feira (25/06). Outras 26 pessoas, a maioria delas mulheres e crianças, foram executadas numa vila próxima à fronteira com a Turquia.
"Segundo fontes médicas e moradores de Kobane, 120 civis foram executados pelo EI em suas casas ou atingidos por disparos e foguetes", afirmou o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman. Ele descreve o ataque como um dos "piores massacres" perpetrados pelos extremistas na Síria.
"Quando entraram na cidade, os jihadistas se posicionaram em edifícios no sudeste e sudoeste e abriram fogo contra tudo o que se movia", afirma. "Eles sabiam que não poderiam ficar e controlar a cidade nas mãos das forças curdas. Eles vieram apenas para matar e impor um golpe moral aos curdos."
Segundo a imprensa curda, os milicianos entraram na cidade disfarçados com uniformes utilizados por soldados curdos e militantes do Exército Livre da Síria (ELS).
As forças curdas tinham libertado a cidade estratégica de Kobane do domínio do EI no fim de janeiro, com o apoio de ataques aéreos efetuados pelos Estados Unidos.
KG/afp/rtr
Enquanto a batalha avança em Kobane, um jornalista se embrenhou na zona de conflito para registrar em primeira mão a destruição nessa cidade curda na Síria – pequena, mas estrategicamente importante.
Foto: Shirwan Qasim/TRANSTERRA MediaDestruição na Praça Al-Salam, em Kobane, provocada por ataque com um caminhão carregado de explosivos e obuses de morteiro.
Um morteiro não detonado em meio aos escombros numa rua da zona leste de Kobane. Os choques entre as forças curdas e militantes do "Estado Islâmico" (EI) devastaram grandes áreas da cidade em um mês de ataques.
Comandante de campo das Unidades Populares de Proteção (YPG) em Kobane, um dos grupos curdos que lutam para defender a cidade contra os militantes do "Estado Islâmico".
Combatente curdo contempla a destruição da Praça Al-Salam em Kobane.
Escombros de uma casa bombardeada na Praça Al-Salam, Kobane.
Combatentes curdos retornam da frente de batalha.
Os ataques de militantes do "Estado Islâmico" a posições curdas destruíram a maior parte do mercado central de Kobane.
Combatente curda das Unidades Populares de Proteção (YPG) durante o trajeto para o front. Cada vez mais mulheres estão aderindo ao combate contra os militantes do "Estado islâmico".
Os ataques aéreos americanos começaram a mostrar efeito , no mínimo impedindo os militantes do "Estado Islâmico" de avançar em Kobane e ao redor dela.
