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"Estado Islâmico" volta a destruir monumentos em Palmira

20 de janeiro de 2017

Jihadistas destroem Tetrápilo e fachada do Teatro Romano, que estão entre os mais famosos monumentos da cidade histórica. Grupo retomou controle de Palmira em dezembro.

O Tetrápilo, em Palmira, em imagem de março de 2014Foto: Getty Images/AFP/J. Eid

O "Estado Islâmico" (EI) destruiu um dos mais famosos monumentos da antiga cidade histórica de Palmira, o Tetrápilo, assim como a fachada do Teatro Romano, afirmou nesta sexta-feira (20/01) o chefe de Antiguidades da Síria, Maamoun Abdulkarim. A destruição foi qualificada pela Unesco como um "novo crime de guerra e uma imensa perda para o povo sírio e a humanidade".

O Tetrápilo, que marca uma ligeira curva ao longo da grande colunata de Palmira, consiste em uma plataforma quadrangular de pedra com quatro colunas agrupadas em cada um de seus cantos. Imagens de satélite enviadas por Abdulkarim à agência de notícias Reuters mostram o local severamente destruído, com apenas quatro das 16 colunas ainda de pé e em meio aos escombros. Segundo Abdulkarim, os estragos aconteceram entre os dias 26 de dezembro e 10 de janeiro.

As imagens também mostraram extensos danos ao Teatro Romano, onde colunas jazem desmoronadas sobre o palco. Em maio do ano passado, logo após Palmira ser recuperada do EI pela primeira vez, o mesmo teatro havia sido utilizado para a apresentação de uma orquestra russa.

Esta é a segunda vez desde o início da guerra na Síria, há seis anos, que o grupo jihadista controla a cidade de Palmira. A primeira começou em 2015, quando o EI tomou conta da cidade por dez meses. Em março do ano passado, forças governamentais e aliados russos conseguiram expulsar a milícia da cidade, mas em dezembro o local foi capturado novamente. 

No início de dezembro, as milícias do "Estado Islâmico" surpreenderam ao retomar Palmira, um dos mais importantes centros culturais da antiguidade clássica, classificada pela Unesco como patrimônio da Humanidade. O "Estado Islâmico" havia ocupado Palmira de maio de 2015 até março de 2016, quando foi expulso pelas forças sírias, apoiadas por tropas russas.

IP/rtr/afp/lusa

 

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