Oaxaca é a segunda unidade da federação, depois da Cidade do México, a permitir a interrupção da gravidez. Na maior parte do país, procedimento só é legal em caso de estupro ou de risco à vida da gestante.
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O estado de Oaxaca, no sul do México, se tornou nesta quarta-feira (26/09) a segunda jurisdição do país a aprovar a legalização do aborto, depois da Cidade do México, que descriminalizou a interrupção da gravidez em 2007.
A nova regra permite abortos durante as primeiras 12 semanas de gravidez, a exemplo do que já é permitido na capital do país.
O Legislativo local informou, através do Twitter, que o projeto de lei foi aprovado por 24 votos a favor e 12 contra.
Oaxaca é um dos estados mais pobres do México e há casos de processos penais contra mulheres acusadas fazer aborto.
Nos outros estados do México, país em que cerca de 80% da população se dizem católicos, só são legais abortos em casos de estupro ou risco à vida da gestante. Dependendo do estado, algumas outras exceções são feitas. Em Guanajuato, prática é punida com até 30 anos de prisão.
Localizado no centro da Cidade do México, o local é o único abrigo do mundo dedicado ao atendimento de profissionais do sexo em idade avançada.
Foto: Ronaldo Schemidt/AFP/Getty Images
Descanso para a alma
Todas as 24 mulheres que vivem na Casa Xochiquetzal contam com um quarto e uma cama, além de receber três refeições por dia. Muitas delas viviam nas ruas e encontraram no abrigo seu primeiro lar em muitos anos.
Foto: Pedro Pardo/AFP/Getty Images
"Mi casa es tu casa"
"Trabalhamos com pessoas que requerem nossa atenção e carinho. Por isso, devemos nos entregar de coração, pois esta é a casa delas. Estamos aqui apenas como visitantes e devemos tratá-las com todo o respeito", afirma Jesica Vargas González, diretora da Casa Xochiquetzal.
Foto: Casa Xochiquetzal
Destino compartilhado
O perfil das mulheres admitidas como moradoras é bastante específico: elas devem ser – ou ter exercido a função de – profissionais do sexo, ter idade acima de 55 anos e não contar com o apoio familiar ou de programas sociais.
Foto: Casa Xochiquetzal
Atividades fixas
Na casa, as mulheres têm atividades fixas para "dar estrutura a suas vidas, uma vez que estão acostumadas a ficar nas ruas sem saber se vão poder comer, conseguir algum cliente ou passar a noite em segurança", conta a diretora. As moradoras seguem horários fixos para comer, limpar os quartos, atender às oficinas, sair para passeios e fazer exercícios no parque.
Foto: Casa Xochiquetzal
Assistência integral
O objetivo da Casa Xochiquetzal é oferecer um espaço digno às profissionais do sexo na terceira idade. Além de moradia e alimentação, as mulheres também recebem cuidados médicos, psicológicos e assessoria jurídica.
Foto: Casa Xochiquetzal
Antes tarde do que nunca
As mulheres da Casa Xochiquetzal têm a oportunidade de estudar para concluir o ensino primário ou secundário. Algumas até aprenderam a ler e escrever no local. Em janeiro de 2015, a residente mais idosa, com 83 anos, se formou na escola primária e faz agora o ensino médio.
Foto: Casa Xochiquetzal
Oficinas recreativas
A casa oferece às moradoras oficinas ocupacionais, como de pintura, bordados e de artesanato em papel, onde podem soltar sua imaginação. O trabalho manual também é uma terapia recreativa.
Foto: Casa Xochiquetzal
Um lar de portas abertas
As mulheres também podem sair de casa para trabalhar ou visitar amigas. Às vezes convidam suas colegas ou ex-colegas para morar no abrigo, quando as vêem em situação vulnerável. A Casa Xochiquetzal também oferece assistência médica, psicológica e assessoria jurídica gratuita às moradoras.