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Estados americanos se recusam a receber refugiados sírios

17 de novembro de 2015

Após ataques em Paris, governadores de quase metade dos estados dos EUA afirmam que bloquearão programa de Obama que pretendia abrir as portas do país a 10 mil refugiados vindos da Síria.

Fronteira dos Estados Unidos com o MéxicoFoto: Getty Images/AFP/Joe Raedle

Os ataques em Paris impactaram também a política americana de acolhimento e ameaçam os planos do presidente americano, Barack Obama, de receber até 10 mil refugiados sírios no país até setembro de 2016.

Governadores de quase metade dos 50 estados americanos anunciaram nesta segunda-feira (16/11) que bloquearão ou suspenderão o programa de acolhimento refugiados provenientes da Síria, afirmando que ele representa uma ameaça a cidadãos americanos.

"Eu não serei cúmplice de uma política que coloca cidadãos do Alabama em risco", afirmou o governador Robert Bentley, o primeiro líder estadual a anunciar, já no domingo, a decisão de suspender o acolhimento de refugiados sírios. O passo foi seguido, quase que imediatamente, por Michigan.

A confirmação de que um dos terroristas de Paris teria entrado na Europa como refugiado e chegado à França pela rota dos Bálcãs provocou uma reação em cadeia, fazendo com que a medida de Alabama fosse seguida por mais 20 estados – Texas, Arizona, Arkansas, Flórida, Georgia, Idaho, Ilinois, Indiana, Kansas, Luisiana, Maine, Massachusetts, Mississippi, Nebraska, Carolina do Norte, Ohio, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee e Wisconsin.

"Farei tudo que for humanamente possível para interromper qualquer plano da administração Obama de colocar refugiados sírios no Mississipi", afirmou o governador Phil Bryant.

Pré-candidatos do partido republicano à Casa Branca, incluindo Jeb Bush e Donald Trump, também se posicionaram contra o acolhimento de refugiados vindos da Síria.

Em setembro, Obama anunciou que os Estados Unidos se preparavam para receber pelo menos 10 mil refugiados da Síria a partir de outubro até setembro de 2016. Eles seriam distribuídos pelo país. Muitos iriam para cidades onde têm familiares, como Detroit, Nova York e Los Angeles.

Nos 12 meses anteriores a setembro, os EUA receberam aproximadamente 1,3 mil refugiados da Síria. Estima-se que mais 4 milhões de sírios tenham sido obrigados a deixar o país desde o início da guerra civil, em março de 2011.

CN/ap/afp

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