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Obama: "Estamos em guerra com quem perverteu o islã"

19 de fevereiro de 2015

Presidente dos EUA responde a críticas por não ter se referido a recentes ataques como obra de radicais islâmicos. "Não estamos em guerra com o islã. Os terroristas não falam por um bilhão de muçulmanos", diz.

Foto: AP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou nesta quarta-feira (18/02) à responsabilidade de líderes muçulmanos para combater as "falsas promessas do extremismo" e a ideia equivocada de que grupos radicais falam por eles ou representam o islã.

"Os terroristas não falam por um bilhão de muçulmanos", disse Obama, durante uma conferência em Washington que reúne delegados de 60 países, na sequência de uma série de ataques na Europa e no Oriente Médio.

Descrevendo grupos como o "Estado Islâmico" ou a Al Qaeda como "desesperados por legitimidade", Obama enfrentou os críticos internos que o atacaram por não descrever os ataques na Dinamarca, França, Síria e Líbia como obra de radicais islâmicos.

O presidente afirmou que associar o "Estado Islâmico" ou a Al Qaeda ao islã seria corroborar a falsa narrativa que esses grupos pretendem fazer aceitar. "Eles tentam se apresentar como líderes religiosos, como guerreiros santos", disse Obama. "Mas eles não são líderes religiosos, são terroristas."

"Não estamos em guerra com o islã. Estamos em guerra com pessoas que perverteram o islã", afirmou o presidente. Obama disse ainda aos delegados que participam dos três dias de conferência que a luta contra o extremismo não pode ser vencida só com a força militar.

AS/lusa/afp/ap

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