Infectologista brasileiro envolvido no desenvolvimento da vacina de Oxford fala sobre corrida contra o tempo imposta pela pandemia e testes no Brasil. É difícil dizer quando doses poderiam estar disponíveis, aponta.
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As dificuldades para se chegar a uma vacina segura contra o novo coronavírus são inéditas: pesquisadores estão tentando concluir em poucos meses etapas de testes antes desenvolvidas ao longo de anos. Faz menos de um mês que 5 mil voluntários brasileiros começaram a receber as primeiras doses da chamada vacina de Oxford, desenvolvida pela universidade de renome internacional em cooperação com a empresa farmacêutica britânica AstraZeneca e testada no Reino Unido desde abril.
Pedro Moreira Folegatti, médico infectologista brasileiro e pesquisador do Instituto Jenner, da Universidade de Oxford, foi um dos responsáveis para que o Brasil entrasse no mapa dessa testagem. Com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os ensaios clínicos de fase três no país estão sendo coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É nesta etapa que se testa a eficácia da vacina, a última antes da aprovação e distribuição.
Considerada a mais adiantada na luta contra a covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS, a vacina de Oxford contra o novo coronavírus foi "adaptada" a partir de outro experimento na universidade voltado para a Mers, doença causada por outro tipo de coronavírus.
"Como tínhamos a experiência anterior com o outro coronavírus, foi mais fácil. Foi uma questão de pegar um pedaço específico do gene que queríamos usar. E, claro, houve muito investimento do governo britânico", diz Folegatti em entrevista à DW Brasil.
Apesar de estar num nível avançado, a vacina ainda não tem data para chegar a todos os brasileiros. "É muito difícil estabelecer uma data específica de quando as doses estarão disponíveis para a população", pontua o pesquisador.
Deutsche Welle:Você acompanhou o desenvolvimento desta versão da vacina desde o começo?
Pedro Moreira Folegatti: Sim. Começamos a trabalhar com a vacina desde janeiro, assim que os chineses divulgaram o sequenciamento genético do novo coronavírus (SARS-CoV-2). O departamento tem uma parceria com os Estados Unidos e, juntos, montaram uma ideia de fazer os testes experimentais da vacina em animais, que deu certo.
Os primeiros ensaios clínicos começaram em abril, no Reino Unido, quando a gente começou a testar em humanos. Há dois ensaios acontecendo ao mesmo tempo. O primeiro deles, que é um estudo de fase um, o primeiro acontecendo em humanos, começou no dia 23 de abril.
Normalmente, os estudos de fase um usam uma quantidade de pessoas menor do que a gente recrutou aqui. Mas, considerando a experiência prévia na mesma plataforma, na mesma tecnologia, a gente conseguiu conversar com a agência regulatória no Reino Unido e com o comitê de ética e vacinou mais de mil pessoas nesta primeira fase.
Um mês depois, a gente começou os estudos de fase dois e três, que são estudos de eficácia, para saber se a vacina funciona de fato.
A vacina atual foi criada numa plataforma que já existia na universidade e que estava trabalhando com Mers, [causada por] outro tipo de coronavírus. Foram deletados os genes que são responsáveis pela replicação do vírus e trocados por outros que vão codificar proteínas do novo coronavírus. Essa é uma característica desta plataforma, funciona para diversas doenças, para diversos vírus.
Como tínhamos a experiência anterior com o outro coronavírus, foi mais fácil. Foi uma questão de pegar um pedaço específico do gene que queríamos usar. E, claro, houve muito investimento do governo britânico.
Como aconteceu esta iniciativa para trazer os testes para o Brasil?
Quando os casos do Reino Unido começaram a diminuir, a gente começou a procurar outros lugares no mundo que ainda tivessem vivendo uma ascensão da curva epidemiológica para continuar os testes.
Eu fiquei falando muito sobre isso com o investigador-chefe, Professor Andrew Pollard, que seria importante ir para o Brasil, sabendo que os casos no país começaram a aumentar um mês e pouco depois de ter chegado à Europa. Era um tempo que poderíamos usar para estabelecer algumas parcerias enquanto a situação do Brasil ainda estivesse em ascensão.
Depois de muita insistência minha, ele entrou em contato com alguns parceiros que ele já tinha no Brasil, e os estudos começaram a acontecer. Eu estou em contato com as equipes, ajudando o máximo possível para que tudo aconteça como tem que acontecer.
As dificuldades que você acompanhou aí nos testes clínicos e as que agora começam a ser vividas no Brasil têm semelhanças? O que se pode relatar das experiências nos dois países?
O que tem sido desafiador, tanto no Brasil como aqui no Reino Unido, é que estamos acelerando o estudo clínico dessa vacina. O que seria feito em anos de pesquisas, nós estamos fazendo em meses. Geralmente, o estudo de fase um é feito e, apenas um ou dois anos depois, começam os estudos de fase dois e três.
O que está acontecendo agora é que estas fases têm meses de diferença entre si. Muitas coisas precisam acontecer num espaço curto de tempo, então as dificuldades são muito semelhantes tanto no Reino Unido quanto no Brasil.
A gente escolheu centros que já têm experiência em pesquisa clínica de vacina no Brasil para que a gente pudesse minimizar justamente a chance de as coisas darem errado. Nesse período da pandemia, existe uma colaboração bastante efetiva, tanto das agências regulatórias no Brasil, comitês de ética… É preciso um tempo até se conseguir o ajuste fino. Mas está acontecendo. É um grande desafio que a pandemia impõe.
Se for comprovada a eficácia da vacina, a produção em grande escala deve começar quando?
É muito difícil estabelecer uma data específica de quando as doses estarão disponíveis para a população. Alguns colegas da universidade têm falado que as doses estarão disponíveis a partir de setembro, outubro. Isso acontece porque existem acordos de cooperação em diversos lugares para que a produção comece assim que a gente tiver a comprovação da eficácia.
A maneira como gente testa a eficácia é vacinando milhares de indivíduos e a gente divide essas pessoas em dois grupos diferentes. Um grupo vai receber a nossa vacina e outro vai receber outra vacina comparadora.
A gente acompanha essas pessoas ao longo do tempo e espera que a concentração maior de covid-19 aconteça entre o grupo que recebeu a vacina comparadora, e que não tenha nenhum caso entre os que foram vacinados com a de Oxford.
Por isso que a gente optou em investir em outros países que tenham ainda curva ascendente de casos, para que tenhamos uma chance mais rápida de observar tudo isso. Não dá para comprometer uma data porque não sabemos quando as pessoas vacinadas e não vacinadas irão naturalmente se expor ao vírus, e é daí que vai sair o sinal de eficácia.
Nesta terceira fase, vocês usam uma outra vacina comparadora ou um placebo?
Nós usamos uma vacina qualquer, como se fosse placebo. Porque o placebo simplesmente geralmente não tem efeito nenhum. Então, em vez de usar soro fisiológico como placebo, por exemplo, que não vai fazer nada, a gente usa alguma outra vacina já licenciada e que ajuda a produzir este efeito de aplicação de vacina, que é uma possível dor intramuscular no local da administração da vacina, por exemplo. Isso nos ajuda a colocar os efeitos adversos em perspectiva.
A eficácia vai depender da velocidade com que as pessoas vacinadas dentro da pesquisa se expõem ao vírus naturalmente. Por isso que recrutamos pessoas que estão com o risco aumentado de se infectar.
Quer dizer, a pesquisa não expõe as pessoas ao vírus. A infecção tem que acontecer naturalmente, dentro do cotidiano dos participantes?
Existem diversos pesquisadores atualmente discutindo a possibilidade de se fazer um modelo de testagem desta forma: a gente dá a vacina para as pessoas e depois expomos esses voluntários ao vírus, ao parasita, à doença que a vacina se propõe a proteger. Mas existe toda uma discussão ética por trás disso, sobre o que se dá e não para fazer. A gente só consegue fazer essas coisas quando se tem segurança e tratamento eficaz contra o que você pretende infectar as pessoas.
Depois que a pessoa toma a dose da vacina, em quanto tempo que vocês checam se ela foi infectada?
Depende do momento. Alguns participantes vão com mais frequência ao laboratório porque a gente quer fazer alguns outros estudos mais detalhados. A grande maioria dos participantes são reavaliados um mês depois de receberem a vacina com um exame de sangue. Depois disso, o exame é refeito a cada três e seis meses.
O que a gente pede aos voluntários é que, caso apresentem quaisquer sintomas de covid-19, que entrem em contato com o grupo de pesquisa. Então eles serão novamente testados.
Há duas maneiras de testar: uma deles é com swab (cotonete que retira material para análise do nariz ou garganta), por meio do exame de PCR, que detecta a carga viral naquele momento. Outro jeito é fazer um exame de sangue que identifica algumas proteínas pra saber se a pessoa já teve contato com o vírus.
A gente segue esses voluntários por um período mínimo de seis meses. Mas os estudos atuais propõem um estudo mínimo de um ano.
Sobre essas questões éticas, vocês tiveram que lidar com situações particulares no Brasil ou no Reino Unido?
Acho que a pandemia exigiu uma resposta rápida e pronta de todo mundo envolvido. É claro que é importante enfatizar que não estamos minimizando ou relaxando as medidas de segurança e distanciamento social dos participantes. Isso é realizado com bastante vigor.
Esses estudos precisam e precisaram ser autorizados. Acho que não tivemos grandes dificuldades em aprová-los sob o ponto de vista ético. As coisas aconteceram de uma forma relativamente tranquila.
Comprovada a eficácia, como saberemos por quanto tempo a pessoa fica protegida?
Esses ensaios clínicos vão responder. O que a gente sabe é que, das outras vacinas nesta mesma plataforma, as pessoas ficam protegidas contra o vírus por um ano. Agora não se sabe se a vacina garante imunidade depois de um ano. E o motivo pelo qual não se sabe é que não testamos depois de um ano. Esses estudos que começaram agora, a ideia é acompanhar as pessoas pelo máximo de tempo possível para responder essas perguntas.
A partir da China, o coronavírus Sars-Cov-2 se espalhou pelo mundo. Enquanto países adotam medidas para controlar a doença, cientistas buscam medicamentos e uma vacina. Reveja alguns fatos marcantes.
Foto: Christian Ohde/Imago Images
O começo de tudo em Wuhan
A China notifica a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma misteriosa pneumonia em Wuhan, de cerca de 11 milhões de habitantes. Especialistas de todo o mundo começam a tentar identificar o agente causador. Supõe-se que ele tenha se originado num mercado de frutos do mar na cidade. Inicialmente é comunicado haver cerca de 40 pessoas infectadas. (31/12/2019)
Foto: Imago Images/UPI Photo/S. Shaver
Nova cepa de coronavírus
Pesquisadores descartam se tratar do vírus Sars, da doença respiratória originada na China em 2002 que matou quase 800 pessoas. Cientistas chineses identificam um novo vírus, da cepa do coronavírus, causadores de Sars e do resfriado comum. Batizado provisoriamente 2019-nCoV e depois denominado Sars-Cov-2, ele causa febre, tosse, dificuldade respiratória e pode evoluir para pneumonia. (07/01)
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Primeira morte na China
A China anuncia a primeira morte causada pelo novo coronavírus. Um homem de 61 anos, que havia feito compras no mercado de frutos do mar de Wuhan, morreu de complicações por causa de uma pneumonia. (11/01)
Foto: Reuters/Str
Vírus atinge países vizinhos
Países como Tailândia e Japão começam a relatar casos da doença em pessoas que estiveram na China. Em Wuhan, é confirmada a segunda morte. Até 20 de janeiro, há três óbitos e mais de 200 infecções no país. Aeroportos em todo mundo passam a controlar passageiros vindos da China. Na mesma data, é confirmado que o vírus pode ser transmitido diretamente entre pessoas. (20/01)
Foto: Reuters/Kim Kyung-Hoon
Milhões sob quarentena
Wuhan é colocada sob quarentena, na tentativa de limitar a propagação do vírus. O transporte coletivo é suspenso, e trabalhadores começam a construir um novo hospital para tratar pacientes infectados, que totalizavam mais de 830 em 24 de janeiro. O isolamento é estendido para 13 outras cidades, afetando pelo menos 36 milhões de pessoas. (23/01)
Foto: AFP/STR
O coronavírus chega à Europa
As autoridades da França confirmam três casos do novo coronavírus dentro de suas fronteiras, marcando a chegada da doença à Europa. Horas depois, a Austrália confirma que quatro pessoas foram infectadas. Na Alemanha, o primeiro caso de covid-19 é confirmado três dias depois. (24/01)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Mortagne
Primeira morte fora da China
Autoridades das Filipinas informam que um homem de 44 anos morreu no país vítima do coronavírus, marcando assim a primeira morte relacionada à doença fora da China. O paciente era da cidade chinesa de Wuhan e havia sido internado num hospital em Manila em 25 de janeiro. (02/02)
Foto: Getty Images/AFP/T. Aljibe
Morre médico chinês que tentou avisar autoridades sobre covid-19
O médico chinês Li Wenliang morre após contrair o Sars-Cov-2. Em janeiro, ele havia tentado avisar as autoridades de seu país a respeito da epidemia e da chance de a covid-19 sair do controle, mas acabou sendo reprimido. Li foi obrigado a assinar um documento no qual declarava que seus avisos não tinham fundamento. (07/02)
Foto: KW
Número de mortes supera a do Sars
A China informa que o número de mortos por covid-19 chegou a 811, ultrapassando as 774 vítimas do surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), também causada por um coronavírus, entre 2002 e 2003. (09/02)
Foto: picture-alliance/AP/Chinatopix
Vírus chega ao Brasil
O governo brasileiro confirma o primeiro caso no país: um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. Até então, o novo coronavírus havia se espalhado para mais de 40 países e territórios, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Itália impõe quarentena em todo o território
O governo em Roma determina restrições ao deslocamento de todos os seus 60 milhões de cidadãos e proíbe aglomerações públicas para tentar conter o coronavírus. Habitantes só podem deixar a área em que vivem com justificativa. No mesmo dia, a Alemanha registra as duas primeiras mortes por covid-19 no país. (09/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Calanni
OMS declara pandemia
A OMS considera que a disseminação de covid-19 pode ser caracterizada como pandemia, observando que o número de casos fora da China se multiplicou por 13 e o de países afetados triplicou em apenas duas semanas. "Pandemia" designa a difusão de uma enfermidade por vários países ou continentes. (11/03)
Foto: Getty Images/E. Cremaschi
Estado de emergência na Espanha
A Espanha declara estado de emergência para conter a propagação do coronavírus Sars-Cov-2. O país já conta quase 6 mil casos de infecção, com cerca de 180 mortos. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anuncia que o país decidiu limitar a livre circulação da população, colocando assim cerca de 47 milhões de pessoas sob quarentena parcial. (14/03)
Foto: picture-alliance/Pacific Press/F. C. Arroyo
Fechamento de fronteiras
Como parte dos esforços para conter a proliferação do novo coronavírus, a Alemanha fecha suas fronteiras. No mesmo dia, o número de casos fora da China supera o registrado no país asiático. (16/03)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Frey
China zera transmissão local
Pela primeira vez desde o início da pandemia, a China anuncia que nas últimas 24 horas não registrou nenhum novo caso de covid-19 transmitido localmente. No entanto, havia 34 casos importados de outros países. Três dias depois, o país voltaria a registrar um caso de transmissão local. No mesmo dia, o número de mortos pelo coronavírus na Itália supera o de mortos na China. (19/03)
Foto: picture-alliance/dpa/Tass/A. Ivanov
São Paulo e Rio em quarentena
O estado de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro dão início a medidas de contenção por determinação das gestões locais, com fechamento do comércio não essencial e restrição à circulação de pessoas – além do fechamento de escolas, que já havia sido determinado anteriormente. Em São Paulo, a medida afeta 54 milhões de habitantes em 645 municípios. (24/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Isolamento total no Reino Unido
O premiê britânico, Boris Johnson, volta atrás e, após dados que previam a evolução da doença sem medidas mais restritivas, apresentados pelo Imperial College de Londres, determina isolamento horizontal no país. Até então, Johnson defendia a chamada "imunização de rebanho", ou seja, permitir que a população entrasse em contato com o vírus para que desenvolvesse imunidade. (23/03)
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Bairros de Pequim voltam a adotar bloqueio por coronavírus
Autoridades de Pequim isolam 11 bairros residenciais devido a várias novas infecções por coronavírus, relacionadas a um mercado de carnes. O chefe do local afirmou ao site "Beijing News" que o vírus foi encontrado em tábuas que processavam salmão importado. (13/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Baker
OMS interrompe testes com hidroxicloroquina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anuncia que decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, após evidências apontarem que o fármaco não reduz a mortalidade em pacientes internados com a doença. (17/06)
Foto: AFP/G. Julien
UE reabre fronteiras internas, mas se blinda do resto do mundo
As fronteiras da União Europeia são reabertas, após três meses de fechamentos forçados devido à pandemia de coronavírus, iniciados no mês de março. Algumas restrições, porém, ainda permanecem no bloco, que seguirá fechado para visitantes de países onde o vírus está fora de controle, como Brasil e EUA. (15/06)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Rehder
OMS diz que dexametasona é avanço contra covid-19
A OMS considera que a utilização do esteroide dexametasona, que reduziu significamente a mortalidade em pacientes seriamente afetados pelo novo coronavírus, é um avanço científico na luta contra a pandemia de covid-19. É o primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes que apenas conseguem respirar com o uso de respiradores. (17/06)
Foto: Getty Images/M. Horwood
Mundo ultrapassa 10 milhões de casos de covid-19
Dados da Universidade Johns Hopkins apontam que número de mortes confirmadas pela doença está próximo de ultrapassar marca de 500 mil. Brasil e EUA lideram em números de casos e mortes. (28/06)
Foto: Reuters/A. Kelly
Comissão Europeia tenta assegurar doses de Remdesivir
Executivo da União Europeia inicia negociação para compra de medicamento com fabricante americano, após Estados Unidos adquirirem praticamente toda a produção dos próximos três meses. (02/07)
Foto: picture-alliance/Yonhap
Bolsonaro com covid-19
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Vacina da Moderna mostra resultado e vai para fase final de testes
A vacina em fase de desenvolvimento contra o novo coronavírus da empresa americana Moderna foi bem tolerada e criou anticorpos neutralizantes em todos os participantes do estudo, anunciaram os pesquisadores responsáveis na revista especializada "The News England Journal of Medicine". A Moderna anunciou que a fase final dos ensaios clínicos deve ir de 27 de julho a 27 de outubro. (14/07)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Schmidt
Estudo indica que imunidade ao coronavírus é temporária
Pesquisadores britânicos monitoraram os níveis de anticorpos contra a covid-19 em 90 pacientes recuperados. Resultados sugerem que o contato com o vírus só fornece imunidade por alguns meses, como no caso da gripe. (14/07)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Rússia é acusada de tentar hackear pesquisa de vacina contra covid-19
Reino Unido diz que hackers possivelmente ligados ao serviço secreto russo têm atacado instituições britânicas, dos EUA e do Canadá para roubar dados sobre vacina contra novo coronavírus. Kremlin rejeita acusações. (16/07)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Ohde
Mundo tem recorde diário de infecções com covid-19, aponta OMS
Segundo organização, mais de 230 mil pessoas testaram positivo para o coronavírus na sexta-feira. Total de casos oficialmente identificados se aproxima de 14 milhões. EUA e Brasil são os países mais afetados. (18/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/D. Ochoa
Persistência do coronavírus pode estar ligada a jovens assintomáticos
Enquanto novos surtos obrigam países a voltarem atrás no relaxamento, pesquisas indicam que aqueles que se consideram seguros podem, na verdade, estar contribuindo decisivamente para a disseminação do novo coronavírus. (23/07)
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Coronavírus pode ser transmitido em raio de oito metros, diz estudo
Pesquisadores analisam surto em frigorífico alemão e revelam que transmissão do vírus não depende apenas de proximidade social, mas também das condições do ambiente. (24/07)
Pesquisadores descobriram que cães farejadores podem discernir entre amostras de indivíduos saudáveis e infectados pelo vírus. Nível de precisão é tão alto que se vê possibilidade de aplicação prática. (24/07)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Frey
Confronto em protesto contra restrições deixa 45 policiais feridos em Berlim
Polícia enfrentou resistência ao dispersar manifestantes que ignoravam regras de higiene e saúde. Mais de 130 pessoas foram presas no protesto, amplamente criticado por lideranças políticas na Alemanha.(01/08)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Pandemia causou maior interrupção da educação da história, diz ONU
Nações Unidas alertam para "catástrofe geracional" devido ao fechamento das escolas, que afeta 1 bilhão de estudantes em 160 países. Retorno às aulas deve ser prioridade onde pandemia estiver sob controle, diz Guterres. (04/08)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Focos regionais de covid-19 elevam taxas de infecção na Europa
O número de novos casos da doença está aumentando no continente. Autoridade europeia vê risco elevado de uma nova escalada da pandemia em países cuja população não se atém mais às regras de distanciamento e higiene. (13/08)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Charisius
Vacina russa contra covid-19 é novo orgulho de Putin
Primeiro imunizante para o coronavírus aprovado por um governo nacional, Sputnik V é tido como produto prematuro por cientistas ocidentais. Mas dá ao Kremlin o sabor momentâneo de vitória na corrida pelo antídoto. (14/08)
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
China aprova primeira patente de vacina contra covid-19
Mídia estatal diz que governo concedeu sua primeira patente à empresa chinesa CanSino. Vacina pode ser produzida em massa em curto período de tempo, afirma documento. Fase 3 dos ensaios clínicos ainda não foi concluída. (17/08)
Foto: picture-alliance/Geisler-Fotopress/C. Hardt
Estudo associa umidade do ambiente a disseminação da covid-19
Ar seco de recintos refrigerados ou aquecidos por calefação podem favorecer mobilidade viral e impulsionar contágios, afirma pesquisa realizada por cientistas indianos e alemães, baseada em dez estudos internacionais. (21/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Guenther
Hong Kong tem primeiro caso de reinfecção
Paciente de 33 anos contraiu novamente o vírus pouco mais de quatro meses após ter se recuperado da doença. Descoberta é um revés para defensores da estratégia de imunidade de rebanho. (24/08)
Foto: Reuters/T. Siu
Reinfecções
Casos de reinfecção em Hong Kong, Holanda e Bélgica lançam dúvidas em relação tanto à possibilidade de uma imunidade permanente contra a covid-19, quanto à eficácia das vacinas em desenvolvimento por todo o mundo. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen
Mundo supera 25 milhões de casos
Marca é alcançada após Índia bater recorde mundial de infecções diárias, ao registrar mais de 78 mil casos de coronavírus em 24 horas. Quatro em cada dez infectados no mundo estão nos EUA ou no Brasil. (30/08)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/H. Bhatt
Crianças assintomáticas podem carregar coronavírus por semanas
Dois estudos americanos apontam que menores não apenas apresentam uma carga surpreendentemente alta do Sars-Cov-2, como podem transmitir a doença por semanas, mesmo sem sintomas. (31/08)
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Testes indicam eficácia de vacina russa
Publicado na "The Lancet", estudo com 76 voluntários mostra desenvolvimento de anticorpos e nenhum efeito colateral sério. Pesquisadores russos reconhecem necessidade de testes adicionais para maior segurança. (04/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
Impacto brando do coronavírus na África intriga cientistas
Com grandes aglomerações e sistemas de saúde precários, previa-se um quadro de horror para a pandemia nas nações africanas, o que não ocorreu. Entre possíveis causas estão idade da população e imunidade a patógenos. (06/09)
Foto: Getty Images/AFP/S. Maina
Livro revela que Trump minimizou pandemia intencionalmente
Em entrevistas ao jornalista Bob Woodward, presidente americano admitiu que sabia que o coronavírus era perigoso e mortal, mas decidiu não ser claro com a população para não criar pânico. "Sempre minimizei." (10/09)
Foto: Tom Brenner/Reuters
Pandemia impõe desafio adicional à prevenção de suicídios
Crise tem sido especialmente desafiadora para pessoas com problemas de saúde mental. No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, especialistas pedem que distanciamento físico não impeça ajuda a quem precisa. (10/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Weber/Eibner
Virologista rebate mitos sobre a covid-19
Em cartazes de protesto e na internet circulam diversas teorias, absurdas ou plausíveis, que atribuem culpas pela pandemia ou rechaçam medidas de precaução. Especialista alemão em coronavírus responde a algumas delas. (18/09)
Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters
O risco de festas familiares para a transmissão da covid-19
Em alguns casos, basta um infectado para causar um surto e espalhar a doença por diversas regiões. Apesar do potencial para propagar o coronavírus, superdisseminadores podem também ser uma arma no combate à pandemia. (28/09)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Mauer
Cidade onde a covid-19 surgiu volta à normalidade
Considerada o "marco zero" da pandemia do novo coronavírus, Wuhan tem ruas comerciais cheias e festas em piscinas. A cidade chinesa não registra novos casos desde maio, e moradores criticam a resposta global à pandemia. (28/09)
Foto: AFP/Getty Images
Mundo ultrapassa marca de 1 milhão de mortes por covid-19
EUA e Brasil concentram 35% das mortes oficialmente identificadas no mundo, apesar de representarem apenas 7% da população global. Secretário-geral da ONU pede mais "liderança responsável" e diz que "desinformação mata". (29/09)
Foto: Sally Hayden/Sopa/Zuma/picture alliance
Testes rápidos para nações pobres
A OMS anunciou a distribuição de 120 milhões de testes rápidos para países pobres, afirmando se tratar de um meio simples e barato de interromper cadeias de transmissão do coronavírus. Acordo foi firmado entre fabricantes de teste rápido e a Fundação Bill e Melinda Gates. Campanha faz parte de iniciativa global lançada em abril por OMS, Comissão Europeia, Fundação Gates e o governo francês.(30/09)
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS.com/N. Sharma
Mundo pode ter vacina contra covid-19 até o fim do ano, diz OMS
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde diz haver esperança de que imunizante contra o coronavírus esteja disponível ainda em 2020, enquanto entidades avançam em estudos pelo mundo. (06/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Tass/V. Prokofyev
Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias em superfícies
A 20 °C, o novo coronavírus é "extremamente robusto" em superfícies lisas, como telas de celulares, sobrevivendo por 28 dias sobre vidro, aço inoxidável e cédulas de dinheiro feitas de plástico. Pesquisadores da Austrália testaram o Sars-Cov-2 em ambientes escuros sob três temperaturas e concluíram que a capacidade de sobrevivência do vírus diminui conforme aumenta o calor no ambiente.
Foto: AFP/National Institutes of Health
Reinfecção pelo coronavírus pode ser mais grave, diz estudo
Pesquisadores chamam atenção para caso de americano que contraiu covid-19 pela segunda vez e precisou de ajuda respiratória. Constatação pode mudar não só corrida por vacina, como forma como mundo combate a pandemia. (13/10)
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Sindemia? Covid-19 pode ser mais que uma pandemia
Glossário da crise do coronavírus ganha novo termo. Ele reflete a ideia de que o vírus não atua simplesmente sozinho, mas sim compactuando com outras doenças. E isso demanda uma abordagem diferente. (14/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Mejia
Cães farejadores de covid: eficazes e baratos
Pesquisadores da Finlândia já estão utilizando cachorros treinados para detectar o coronavírus, com precisão de quase 100%. Preconceito de ser diagnosticado por um animal explica desinteresse de políticos. (23/10)
Foto: Lehtikuva/Reuters
Recuperados da covid-19, mas ainda não saudáveis
Estudos iniciais apontam que pelo menos metade dos pacientes infectados lidam com exaustão e falta de ar até meses após terem sido considerados curados. Efeitos a longo prazo do coronavírus ainda intrigam pesquisadores. (25/10)
Foto: Janina Semenova/DW
Europa enfrenta alta alarmante de mortes por covid-19
Em meio a uma segunda onda de infecções, países europeus batem recordes de óbitos pelo coronavírus em meses e aumentam restrições. Número de mortes diárias no continente aumentou quase 40% em relação à semana anterior, diz OMS. (27/10)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Alemanha anuncia lockdown parcial para conter segunda onda
Merkel e governadores endurecem medidas em meio a recordes de novos casos de covid-19. Restaurantes, bares e cinemas voltarão a fechar por todo mês de novembro. Escolas e creches permanecem abertas. Também na França foi decretado lockdown parcial em todo o país, incluindo o fechamento de restaurantes e bares. "Fiquem em casa o máximo possível e respeitem as regras", pediu o presidente. (28/10)