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Estiagem revela ruínas da "Atlântida alemã"

20 de agosto de 2018

Onda de calor e falta de chuvas faz nível de represa cair e expõe partes de vilarejos abandonados há mais de um século, tornando antiga ponte novamente transitável. Parque organiza excursões ao local.

Ruínas do vilarejo Berich, parte da "Atlântida alemã"
Ruínas do vilarejo Berich, parte da "Atlântida alemã"Foto: picture-alliance/dpa/S. Pförtner

O pior da onda de calor na Alemanha já passou, porém, a estiagem persiste. Enquanto os agricultores se mostram preocupados com a próxima safra, a contínua falta de chuva também revelou algo fascinante: no Edersee, terceira maior represa da Alemanha, emergiram ruínas de três vilarejos abandonados há mais de um século.

Conhecidos como a Atlântida do Edersee, as antigas vilas de Asel, Berich e Bringhausen foram abandonadas por seus cerca de 700 moradores entre 1908 e 1914 devido à construção da represa, que inundou a região, no centro do país.

Geralmente é possível ver uma pequena parte das ruínas dos vilarejos no outono, quando o nível do Edersee costuma baixar. Neste ano, no entanto, o fenômeno começou já no verão, em julho, e revelou muito mais das vilas do que costuma ser visível.

Agora é possível percorrer a ponte de Asel e os restos da vila de Berich a pé. O parque natural Kellerwald-Edersee vem até organizando visitas guiadas aos antigos vilarejos.

O Edersee não apenas movimenta uma usina hidrelétrica, mas também abastece o rio Weser em tempos de estiagem. Nas últimas semanas, até 25 mil litros por segundo foram liberados da represa para o rio para garantir a navegação.

Donos de restaurantes e hotéis nas redondezas da represa temem prejuízos ao turismo na região se o nível da água continuar caindo. Um evento de vela que estava agendado para o último fim de semana teve de ser cancelado.

Destroços de avião aparecem sobre geleira na Suíça

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Nessa segunda-feira (20/08) a represa estava com 23% do seu nível normal. A previsão é que, nos próximos dias, o abastecimento do rio Weser seja encerrado.

A onda de calor deixou uma série de marcas pela Europa. Nos Alpes suíços, o derretimento de uma geleira fez reaparecerem os destroços de um avião militar americano da Segunda Guerra Mundial que que colidiu com o local em 1946. A estiagem também expôs bombas do conflito em rios da Alemanha, com perigo de explosões.

O Serviço Meteorológico Alemão prevê que a estiagem perdure no país pelo menos nos próximos sete a dez dias.

LGF/dpa/ots

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