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"Estou ansioso para trabalhar com o novo Congresso", diz Obama

5 de novembro de 2014

Após vitória dos republicanos nas eleições legislativas, democrata promete tornar fim de seu mandato "o mais produtivo possível". Para presidente, cabe a ele quebrar impasse que vem emperrando decisões importantes.

Foto: Reuters/Larry Downing

Em seu primeiro discurso após a vitória republicana nas eleições legislativas desta quarta-feira (05/11), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou que vai trabalhar em conjunto com seus oponentes.

"Estou ansioso para trabalhar com o novo Congresso e tornar os próximos dois anos o mais produtivos possível", disse o democrata, referindo-se à metade final de seu atual mandato.

O pleito permitiu ao Partido Republicano tirar das mãos dos democratas o controle sobre o Senado, além de ampliar sua bancada na Câmara dos Representantes –a maior em mais de seis décadas. É a primeira vez desde 2006 que os republicanos dominam ambas as casas do Congresso.

Segundo Obama, a mensagem dos eleitores é clara: cabe a ele quebrar o impasse em Washington que vem emperrando decisões importantes. "Como presidente, tenho a responsabilidade exclusiva de tentar fazer esta cidade [Washington] funcionar. Então, para todos que votaram, quero que saibam que estou escutando vocês."

Por outro lado, o chefe de Estado advertiu que haverá algumas leis que ele se sentirá obrigado a vetar. "Isso é natural, é como nossa democracia funciona. Mas seguramente podemos encontrar meios de trabalhar juntos em questões sobre as quais há amplo consenso entre o povo americano."

Ele disse ver a possibilidade de uma relação produtiva com Mitch McConnell, senador republicano que deve liderar a maioria no Senado, substituindo o democrata Harry Reid. Obama afirmou que McConnell sempre foi "direto" com ele e nunca fez promessas se não era capaz de fornecer resultados.

Entre os assuntos em que necessitará de uma boa colaboração com os republicanos, Obama citou a epidemia de ebola. "Em primeiro lugar, submeti ao Congresso um requerimento de verbas para assegurar que nossos médicos, cientistas e soldados disponham dos recursos de que precisam para combater o alastramento do ebola na África, e aumentar nosso preparo para quaisquer casos futuros aqui no país", declarou. O fundo de emergência para esse fim seria de 6 bilhões de dólares.

Além disso, o presidente prometeu se engajar pelo reforço da operação internacional que os americanos lideram no Iraque e na Síria contra os jihadistas do "Estado Islâmico" (EI). O presidente pretende apresentar ao Congresso uma "nova solicitação para usar força militar contra o EI".

Outro ponto destacado no discurso em Washington foi a imigração. Obama disse preferir que o órgão legislativo concorde sobre uma emenda abrangente, que estabeleça um destino tanto para os residentes estrangeiros sem documentos quanto para requerentes de visto de residência. "Antes do fim do ano, vamos ter que tomar todas as ações legais que possamos, para, acredito, aprimorar o funcionamento de nosso sistema de imigração."

AV/afp/ap/rtr

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