1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Imigração

14 de julho de 2010

Novo relatório mostra que uma em cada cinco pessoas que vivem na Alemanha é estrangeira ou descende de imigrantes que vieram para o país depois de 1950. Integração continua sendo o principal desafio.

Jovens de origem turca em Potsdamer Platz, BerlimFoto: AP

O total de habitantes da Alemanha com raízes familiares no exterior ultrapassou pela primeira vez a marca dos 16 milhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (14/07), em Wiesbaden, pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis).

Assim, os estrangeiros e seus descendentes somam hoje 16,048 milhões, ou 19,6% da população do país. Desse total, 7,2 milhões (8,8% da população) são estrangeiros e 8,8 milhões (10,8%) são alemães com raízes no exterior.

Isso significa que, de cada cinco pessoas que vivem na Alemanha, uma tem raízes familiares no exterior. A Alemanha tem cerca de 82 milhões de habitantes. Em 2005, os estrangeiros e descendentes eram 18,6% da população, ou 15,3 milhões de pessoas.

Origens

Para fins estatísticos, o Destatis considera "pessoas com raízes familiares no exterior" todos os estrangeiros que migraram para a Alemanha depois de 1950, bem como seus descendentes.

Entre 2005 e 2009, essa parcela da população ganhou 715 mil indivíduos por meio da migração e de nascimentos, enquanto que os alemães sem raízes estrangeiras diminuíram em 1,3 milhão no mesmo período.

Os turcos e seus descendentes formam o maior contigente de estrangeiros e descendentes na Alemanha: cerca de 3 milhões dos habitantes alemães têm raízes na Turquia. Em seguida vêm os estados da antiga União Soviética (2,9 milhões), da antiga Iugoslávia (1,5 milhão) e a Polônia (também 1,5 milhão).

Cerca de 1 milhão de descendentes de estrangeiros não são facilmente classificáveis por país de origem. Entre eles estão, por exemplo, as pessoas cujos pais vêm de países diferentes.

dificuldades de integração

A Alemanha é um país de imigração: a porcentagem desta parcela da população sobe a cada ano. Nas grandes cidades alemãs como Berlim, Hamburgo, Munique e Colônia, mais da metade dos jovens com menos de 15 anos têm raízes estrangeiras.

Böhmer: não há igualdade de oportunidadesFoto: picture alliance/dpa

A política alemã se esforça há anos para integrar os imigrantes e seus descendentes melhor e mais rapidamente, mas o sucesso é limitado. O novo relatório do Destatis comprova que eles enfrentam graves problemas, sobretudo na formação escolar e no mercado de trabalho. "É impossível se falar sobre igualdade de oportunidades", diz a encarregada do governo federal para a integração, Maria Böhmer.

As pessoas com raízes estrangeiras costumam ter uma formação escolar inferior: 14% delas não concluíram os estudos escolares. Entre os alemães sem raízes estrangeiras, o percentual é bem menor, de 1,8%.

Mas não é só a porcentagem de estrangeiros e descendentes que aumenta no país: a de emigrantes também está subindo. O ano de 2009 foi o segundo consecutivo em que o número de pessoas que deixaram a Alemanha foi maior do que a quantidade de gente que entrou no país. Ao todo, 734 mil pessoas saíram da Alemanha em busca de melhor sorte em outro lugar.

TM/AS/dw/dpa

Revisão: Roselaine Wandscheer

Pular a seção Mais sobre este assunto