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Jovens em greve pelo clima apresentam metas para Alemanha

Wesley Rahn ca
8 de abril de 2019

Seção alemã do movimento internacional "Fridays for Future" lista demandas concretas para pressionar políticos a agir contra mudanças climáticas, incluindo imposto sobre emissões de CO2 e fim da mineração de carvão.

Manifestação do "Fridays for Future" em Berlim, com participação de Greta Thunberg (segunda da dir. para esq.)
Manifestação do "Fridays for Future" em Berlim, com participação de Greta Thunberg (segunda da dir. para esq.)Foto: Reuters/F. Bensch

A seção alemã do movimento de protesto estudantil contra as mudanças climáticas "Fridays for Future" (ou Greve pelo Futuro, como vem sendo chamado no Brasil) divulgou um documento com demandas concretas nesta segunda-feira (08/04), com o objetivo de pressionar políticos do país a agirem mais rapidamente contra o aquecimento global.

Em coletiva de imprensa em Berlim, jovens ativistas disseram que o documento, intitulado "Nossas demandas para a proteção climática", foi elaborado com a colaboração de grupos de estudantes de toda a Alemanha, em coordenação com cientistas do clima. Eles afirmaram que as greves estudantis vão continuar até que suas demandas sejam atendidas.

As manifestações das "Fridays for Future" surgiram depois que Greta Thunberg, estudante sueca de 16 anos de idade, protestou em agosto de 2018 em frente ao prédio do Parlamento sueco, todos os dias letivos, durante três semanas.

Thunberg inspirou outros jovens ao redor do mundo a organizar protestos toda sexta-feira, exigindo que seus governos tomem medidas para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius, como especificado no acordo climático de Paris da ONU.

Quais as reivindicações na Alemanha?

Metade das metas estabelecidas pelo grupo é de longo prazo:

• Até 2035, a Alemanha deve zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa

• Até 2030, a Alemanha deve encerrar suas atividades de mineração de carvão

• Até 2035, toda a energia da Alemanha deve vir de fontes renováveis

Enquanto isso, o grupo também sugeriu três mudanças imediatas, a serem implementadas em 2019:

• Cortar todos os subsídios do governo para fontes de energia de combustíveis fósseis

• Fechar um quarto de todas as usinas de carvão alemãs

• Um imposto sobre as emissões de dióxido de carbono para fazer com que seu custo "seja tão alto quanto o custo que os gases de efeito estufa causarão às gerações futuras"

Objetivos climáticos ambiciosos

Os ativistas disseram que seus objetivos climáticos para a Alemanha precisam ser alcançados de uma maneira "socialmente aceitável" e que "não devem, de forma alguma, representar um fardo unilateral para pessoas de baixa renda".

O ativista Linus Steinmetz disse que o objetivo do movimento seria influenciar os "níveis mais altos" da política.

Adolescente lidera protesto global sobre mudanças climáticas

02:16

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O grupo também pediu uma ação política coordenada em níveis local e nacional. Setores como produção de energia, transporte, construção e agricultura precisam fazer um "enorme esforço" para evitar a "catástrofe climática", afirmaram.

"Temos influência social e política e nosso movimento atingiu um tamanho inimaginável", disse Steinmetz.

Embora o movimento veja com bons olhos mais reconhecimento político, os ativistas dizem que não querem ser usados para fins políticos.

"Fomos elogiados por muitos políticos", disse o ativista Sebastian Grieme. "No entanto, isso não resultou em nenhuma ação concreta. Isso é errado e mentiroso."

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