Estudo alemão vê Brasil em rota cada vez menos democrática
29 de abril de 2020
Pesquisadores da Fundação Bertelsmann destacam ascensão do populismo de direita no Brasil. Relatório posiciona país ao lado da Hungria e da Índia como exemplo negativo de democracia que vem sofrendo abalos.
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A continuidade da crise política brasileira, a polarização da sociedade, a fragmentação partidária, a persistência dos problemas econômicos e o radicalismo do presidente Jair Bolsonaro contribuíram para mais uma queda do Brasil no Índice de Transformação Bertelsmann (BTI), publicado a cada dois anos e que avalia a consolidação da democracia e da economia de mercado em países em desenvolvimento.
Os autores apontam o Brasil, ao lado da Hungria e da Índia, como um exemplo negativo de democracia outrora estável que vem sucumbindo ao desmantelamento do Estado de direito e das liberdades civis. "Exemplos disso são o nacionalismo hindu na Índia, o populismo de direita no Brasil ou o curso autoritário da Hungria, membro da União Europeia. Os desenvolvimentos nesses países são representativos da crescente polarização política que também está abalando as democracias consolidadas", destacam os autores.
Segundo o ranking divulgado nesta quarta-feira (29/04) pela Fundação Bertelsmann, da Alemanha, a nota consolidada do Brasil no índice – que vai de 0 a 10 – retrocedeu de 7,3 para 7,2 entre 2018 e 2020. É a pior nota já concedida ao país desde o início da série, em 2006.
Em 2014, quando a crise econômica e política ainda não havia afetado tanto o país, a nota consolidada chegou a 8,0. Desde então, outros fatores, como o impeachment de Dilma Rousseff, a instabilidade do governo Michel Temer, a decadência econômica e a crescente desconfiança da população brasileira com o sistema democrático já haviam levado o Brasil a perder pontos em 2018.
No ranking mais recente, o Brasil acabou ultrapassado por países como Jamaica e Argentina e ficou empatado com Montenegro e a Macedônia do Norte. A queda só não foi maior porque outros países que estavam antes à frente do Brasil, como a Hungria, retrocederam ainda mais, e outras nações passaram a ser analisadas pelo índice.
A lista de 2020 inclui 137 países. A piora levou o Brasil a cair da 22ª posição para 23ª no ranking geral.
Quando analisada apenas a saúde democrática do país, a nota concedida ao Brasil decresceu de 7,7 em 2018 para 7,4. Em comparação com outros países da América Latina, nesse quesito, o Brasil aparece bem atrás de nações como Argentina (nota 8,2) e Uruguai (9,9). Em 2014, o indicador brasileiro de democracia alcançou sua nota mais alta no índice BTI: 8,2, ocupando a 17° posicao. Desde então, só decresceu.
Destaques sobre o Brasil
A análise da situação brasileira não cobriu boa parte do primeiro ano do governo Bolsonaro. O texto, por exemplo, deixa de fora marcos da administração, como a aprovação da reforma da Previdência, a queda de vários ministros, os seguidos choques com o Congresso e com o Judiciário, o crescente isolamento internacional do país e as intermináveis crises no interior do governo, além das ofensivas do governo contra adversários.
Algumas expectativas, como a de que o pais fosse voltar a um caminho sustentável de crescimento econômico, acabaram sendo atropeladas pela pandemia de covid-19 e a dificuldade do governo em propor e implementar reformas. O relatório ainda apontava que a nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça em 2018 sinalizava que a questão do combate da corrupção seria importante para o governo.
Alguns trechos também envelheceram. "Ainda é muito cedo para julgar até que ponto Bolsonaro, como presidente, continuará promovendo divisões na sociedade brasileira", destacaram os autores, sinalizando que a análise só levou em conta as primeiras semanas do governo em 2019.
Ainda assim, os autores expressam preocupação com as tendências autoritárias que o presidente demonstrava no início do ano passado. "Mesmo que apenas uma parte das medidas sociopolíticas anunciadas por Bolsonaro sejam implementadas, a agenda política do Brasil se tornará cada vez mais iliberal", destacam os autores.
"O presidente de direita Jair Bolsonaro, que está no cargo desde janeiro de 2019, pressionou a polarização através de sua retórica excessiva contra a ‘esquerda’, mulheres, grupos LGBT e indígenas e afro-brasileiros. A eleição de Bolsonaro foi resultado da polarização social e, ao mesmo tempo, a alimentou."
"Se levarmos em conta a retórica do novo presidente Bolsonaro a sério, não há mais consenso sobre democracia como objetivo estratégico e de longo prazo no Brasil. Bolsonaro falou a favor da tortura, glorificou nostalgicamente a ditadura militar brasileira (1964-1985) e causou indignação repetidamente com comentários iliberais, racistas, anti-mulheres e anti-gays", aponta o texto.
Outros destaques
O índice também pintou um cenário nada positivo para outros países, apontando que padrões governamentais autoritários aumentaram continuamente na última década.
Dos 137 países examinados no índice de 2020, 63 são classificados como autocracias e 74 como democracias (54%). Em 2010, o percentual de países democráticos era de 57%.
Embora a queda no índice de democracias não seja tão expressiva, as avaliações da qualidade da democracia, economia de mercado e governança em todo o mundo caíram para o pior nível desde que a pesquisa é feita. Os autores citam a garantia do poder e o clientelismo como as causas da redução mundial da democracia, que intensificou a desigualdade econômica e contribuiu para a divisão da sociedade.
"O nacionalismo e as políticas clientelistas não são novidades, mas se tornaram socialmente aceitáveis em todo o mundo", disse Brigitte Mohn, da diretoria da Fundação Bertelsmann. "Até países antigamente pioneiros em democracia e que ficam no meio da Europa, como Polônia e Hungria, estão agora entre os casos problemáticos em termos de estado de Direito e qualidade da democracia", acrescentou.
A qualidade do governo caiu significativamente em 42 países nos últimos dez anos, mesmo em países populosos e economicamente importantes, como Egito, Índia, Indonésia, México, Nigéria. A Turquia foi pela primeira vez classificada como autocracia, devido a restrições maciças à liberdade de imprensa, desrespeito pelos direitos civis e abolição da separação de poderes.
As liberdades de expressão e de imprensa caíram em metade dos países examinados. Em cerca de um quinto dos países em desenvolvimento e em transição, a qualidade da democracia diminuiu ou o nível de repressão aumentou.
De acordo com os autores da pesquisa, um dos motivos para a fragilização das democracias é que os atores políticos são incapazes de resolver problemas ou se comprometer. A maioria dos governos não têm resposta para o fato de amplos setores da população serem excluídos econômica e socialmente. A pobreza e a desigualdade são comuns em 76 dos 137 países analisados, incluindo 46 dos 50 países africanos analisados.
Entre os 42 estados avaliados como "muito bem" ou "bem" governados, há apenas um país considerado como uma autocracia: Cingapura. Por outro lado, entre os 46 países com governança fraca ou fracassada, existem apenas cinco democracias: Bósnia e Herzegovina, Lesoto, Líbano, Nigéria e Hungria.
Mas há esperança de melhora. Entre os exemplos positivos apontados pelo estudo está o Equador, que, segundo os autores, superou um regime cada vez mais autoritário. Além disso, processos de democratização estão começando em lugares inesperados, como na Armênia e na Malásia. O estudo aponta ainda pontos positivos contra a tendência autoritária na Etiópia, na Argélia e no Sudão.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: DW/N. Pontes
Número de desempregados cresce 13,2% na Alemanha, maior alta mensal desde 1991
A Agência Federal de Emprego (BA) registrou 308 mil novos desempregados em relação ao mês anterior, com um total de 2,644 milhões de pessoas e uma taxa de desemprego de 5,8%. É a primeira vez no pós-guerra que esse índice cresce na Alemanha durante o mês de abril – quando o início da primavera no Hemisfério Norte normalmente contribui para o aquecimento do mercado de trabalho.(30/04)
Foto: picture alliance/dpa/U. Baumgarten
Libertação do campo de concentração de Dachau completa 75 anos
Dachau foi o primeiro campo de concentração que os nazistas construíram em solo alemão. Ele foi instalado em 1933, na pequena cidade de mesmo nome, com capacidade para 5 mil detentos e serviu de modelo para todos os outros campos de concentração. Na manhã de 29 de abril de 1945, a 42ª divisão de infantaria dos EUA tomou o local nas proximidades de Munique, capital da Baviera.(29/04)
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EUA têm mais de um milhão de casos confirmados de covid-19
Número de infecções nos EUA corresponde a cerca de um terço do total mundial. A quantidade de mortos pelo novo coronavírus já supera a de soldados americanos que morreram na guerra do Vietnã. Segundo a Universidade Johns Hopkins, a covid-19 já matou 58.365 pessoas, ultrapassando os 58.222 militares mortos durante o conflito no país asiático. (28/07)
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Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949
O governo alemão projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 6,3% em 2020 em relação ao ano anterior em decorrência da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento social impostas para conter a doença. Segundo o jornal "Süddeutsche Zeitung", será a maior queda no crescimento econômico desde a fundação da República Federal da Alemanha, em 1949.(27/04)
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O susto do vírus
O que leva um adulto a se fantasiar de verde e vermelho e fazer medo em crianças? Este palestino da Faixa de Gaza, pelo menos, pretende assim alertar os pequenos, de forma lúdica, para os perigos do novo coronavírus: uma espécie de Pokémon em missão pedagógica. A fantasia virótica – afinal, nem tão assustadora assim – foi costurada pela irmã do benfeitor. (26/04)
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Treinamento contra o vírus
A campeã juvenil de natação Iman Avdic, da Bósnia-Herzegovina, ficou sem possibilidade de treinar, devido ao confinamento do coronavírus. Mas ela e o pai construíram uma raia improvisada, numa espécie de estufa no jardim de sua casa. Assim, a atleta de 13 anos mantém a forma com criatividade. (25/04)
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Moro pede demissão
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, renunciou ao cargo depois de um embate com o presidente Jair Bolsonaro sobre o comando da Polícia Federal (PF). No anúncio da sua renúncia, Moro acusou presidente de interferir na PF para ter acesso a informações de inquéritos. Ele disse ainda que promessa de "carta branca", dada a ele por Bolsonaro, não foi cumprida. (24/04)
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CFM não recomenda hidroxicloroquina
Após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou não haver comprovação da eficácia do uso da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, mas liberou os médicos para receitarem a substância em três situações específicas. O CFM também é contra o uso da substância em caráter preventivo. (23/04)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Média de enterros triplica em Manaus
O estado do Amazonas enfrenta uma alta incomum no número de enterros, que triplicaram devido à pandemia e ao colapso do sistema de saúde local. O maior cemitério de Manaus teve que abrir valas comuns para sepultar vítimas de covid-19. A prefeitura de Manaus também instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério para guardas os corpos antes do enterro. (22/04)
Foto: AFP/M. Dantas
STF autoriza investigação sobre atos anticonstitucionais
O Supremo Tribunal Federal decidiu autorizar a abertura de um inquérito para investigar a organização de atos inconstitucionais pelo país, incluindo as manifestações que pediram o fechamento do Congresso. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes e atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que apontou que os atos podem ter violado a Lei de Segurança Nacional. (21/04)
Foto: Getty Images/AFP/S. Lima
Netanyahu e Gantz concordam em formar coalizão em Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-general Benny Gantz chegaram a um acordo para formar uma coalizão de emergência, sinalizando que o impasse político que se arrasta há 17 meses no país pode ter chegado ao fim. O novo governo deve durar pelo menos três anos, com Netanyahu mantendo o cargo de premiê na primeira metade desse período, cedendo depois o lugar a Gantz. (20/04)
Foto: Reuters/A. Cohen
Alemanha lembra 75 anos da libertação de campos de concentração
A Alemanha lembrou os 75 anos da libertação dos campos de concentração. Devido à pandemia do novo coronavírus, todos os eventos programados para marcar a data foram cancelados e substituído por cerimônia virtual e atos não abertos ao público que reuniram poucos convidados.(19/04)
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Espanha supera marca de 20 mil mortes por coronavírus
A Espanha ultrapassou a marca de 20 mil mortes pelo novo coronavírus, com um total de 20.043, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do país. Ainda segundo a pasta, houve 4.499 novos contágios, o que elevou o número de casos no país desde o começo da pandemia para 191.726.(18/04)
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PIB da China despenca no primeiro trimestre
A economia da China despencou no primeiro trimestre de 2020 devido à crise do coronavírus, que praticamente freou a atividade econômica no país. O Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) anunciou que o PIB chinês caiu 6,8% no período de janeiro a março, na comparação com o mesmo trimestre de 2019. É a primeira queda desde 1992, quando a China começou a divulgar dados trimestrais. (17/04)
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Em meio à pandemia, Bolsonaro demite ministro da Saúde
Jair Bolsonaro demitiu seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que será substituído pelo oncologista Nelson Teich. Mandetta e o presidente vinham protagonizando um embate público há mais de um mês, quando o Brasil entrou no compasso do coronavírus. Ao contrário de Bolsonaro, o ministro vinha defendendo o isolamento social para tentar conter o avanço da pandemia. (16/04)
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Casos de coronavírus passam de 2 milhões no mundo
O número de infecções confirmadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou 2 milhões em todo o mundo, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins. A cifra de casos dobrou em apenas duas semanas – a marca de 1 milhão havia sido atingida em 2 de abril. A pandemia já atinge 185 países e territórios e matou mais de 134 mil pessoas. (15/04)
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FMI prevê que PIB do Brasil vai encolher 5,3% em 2020
O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o PIB do Brasil deve recuar 5,3% em 2020, em meio aos impactos negativos da pandemia de coronavírus. Se a previsão se confirmar, será a maior retração desde 1962, quando teve início a série histórica disponibilizada pelo Banco Central. O FMI também apontou que a economia global deve sofrer uma retração de 3% neste ano. (14/04)
Foto: Daimler/Foto: Malagrine
Bernie Sanders anuncia apoio a Joe Biden
O senador Bernie Sanders endossou a candidatura de Joe Biden para a presidência dos EUA. O anúncio ocorre depois de Sanders desistir da disputa pela indicação do Partido Democrata, deixando o caminho livre para que o ex-vice-presidente enfrente o republicano Donald Trump em novembro. "Devemos nos unir para derrotar o mais perigoso presidente na história moderna", disse Sanders. (13/04)
Foto: Imago-Images/UPI Photo
Papa pede união para enfrentar pandemia na missa do Domingo de Páscoa
O papa Francisco celebrou a tradicional missa de Páscoa com a benção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), sem a presença de fiéis na Basílica de São Pedro, devido à pandemia. Em transmissão por vídeo, o pontífice pediu união entre os povos para enfrentar a covid-19: "Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas", disse.(12/04)
Foto: Reuters/Vatican Media
Homenagem na quarentena
Mantendo distância cautelosa, cidadãos depositam flores diante da cerca de arame farpado do ex-campo de concentração de Buchenwald. Em 11 de abril de 1945, tropas aliadas libertaram o campo nazista nas proximidades de Weimar. Em respeito às medidas de isolamento no combate ao coronavírus, as cerimônias públicas originalmente programadas foram substituídas por homenagens online. (11/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gentzel
Oração em companhia virtual
Na Sexta-Feira Santa, o padre Jonathan Costa orou sozinho no Santuário Dom Bosco, em Brasília. Mas só aparentemente: os bancos da igreja estão ocupados por foros dos fiéis. E a missa de Páscoa é transmitida pela internet: um consolo, em tempos duros de isolamento. (10/04)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Alemanha organiza “ponte aérea” para garantir colheita de aspargos
A Alemanha iniciou uma operação de transporte aéreo de trabalhadores sazonais estrangeiros que vão atuar nas colheitas do país, especialmente nas plantações de aspargos. Os dois primeiros voos, organizados com severas medidas de precaução sanitária, aterrissaram em Berlim e Düsseldorf. A bordo dos aviões estavam 530 trabalhadores da Romênia. (09/04)
Foto: picture-alliance/dpa/U. Deck
Bernie Sanders desiste de concorrer à presidência dos EUA
O senador Bernie Sanders abandonou a corrida pela candidatura do Partido Democrata à presidência dos EUA. A decisão ocorreu após o social-democrata acumular uma série de derrotas nas últimas primárias do partido. Agora, o caminho está livre para que o principal adversário de Sanders, o ex-vice-presidente Joe Biden, garanta a indicação e dispute a presidência com o republicano Donald Trump. (08/04)
Foto: Reuters/Bernie Sanders 2020 Campaign
Aeroporto de Frankfurt perde 95% dos passageiros
A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o aeroporto de Frankfurt, que perdeu 95% dos passageiros. Segundo dados divulgados pela operadora Fraport, na semana de 30 de março a 5 de abril, o terminal recebeu apenas 66.151 passageiros, o equivalente a 5% do número registrado no mesmo período do ano anterior. Já o volume de carga, em comparação com o mesmo período de 2019, diminuiu 25%.
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"Crise do coronavírus é o maior teste da história da UE", diz Merkel
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a crise provocada pelo coronavírus é o "maior teste" enfrentado pela União Europeia desde a criação do bloco. A líder comparou a pandemia a uma catástrofe natural. Segundo Merkel, o maior teste será "mostrar que nós estamos prontos para defender nossa Europa e fortalecê-la", por meio de assistência financeira aos Estados-membros. (06/04)
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Fronteira dos amantes
Duas cercas mantêm casais separados na fronteira entre Alemanha e Suíça, em Constança. Muitos pares mantinham contato físico pela cerca colocada pelas autoridades alemãs. Com a segunda barreira, do governo suíço, isso não é mais possível. Travessias para visitas não são mais permitidas devido à pandemia de coronavírus. Antes, a área não tinha obstáculos para pedestres e ciclistas. (05/04)
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Passeio em família em tempos de coronavírus
Esta família de patos em Bruxelas parece aproveitar o pouco movimento das ruas da capital belga para dar um giro pela cidade. Apesar do menor número de veículos circulando, os bichos fazem questão de usar a faixa de pedestres. Como em muitos outros países, as regras de distanciamento social reduziram a movimentação nos centros urbanos da Bélgica. (04/04)
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Coronavírus faz disparar aprovação ao governo Merkel
Quase três quartos dos eleitores alemães (72%) estão satisfeitos com a gestão da crise de coronavírus do governo da chanceler federal Angela Merkel, e apenas 30% dos entrevistados tecem críticas à ação do governo federal. Os dados são de uma sondagem realizada pelo instituto de pesquisa Infratest Dimap para a emissora estatal ARD. (03/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
Casos de coronavírus passam de 1 milhão no mundo
O número de infecções confirmadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou 1 milhão em todo o mundo. A cifra de mortos, por sua vez, ultrapassou 50 mil. O país com o maior número de casos são os EUA, com mais de 240 mil, seguidos da Itália, com 115 mil, e da Espanha, com 112 mil. Contudo, acredita-se que o número real de infecções seja ainda maior, já que muitos países estão testando pouco. (02/04)
Foto: picture-alliance/F. Dana
Primeira indígena com coronavírus no Brasil
O Brasil confirmou o primeiro caso de coronavírus em indígena. A paciente é uma jovem de 20 anos da etnia kokama, que trabalha como agente de saúde indígena e é moradora da aldeia São José, no município de Santo Antônio do Içá, no Amazonas. Ela teve contato com um médico contaminado. Com a confirmação, duas aldeias inteiras, Lago Grande e São José, foram colocadas em isolamento. (01/04)