Pesquisadores de universidade dos EUA afirmam que perfis falsos nas mídias sociais disseminam "informações nocivas à saúde", provocando crescimento do risco de pandemias globais.
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Um novo estudo publicado nesta sexta-feira (24/08) pela revista científica American Journal of Public Health afirma que as mídias sociais estão sendo usadas para espalhar conteúdo nocivo à saúde, como material contrário a vacinas.
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA, descobriram que bots no Twitter e trolls russos são responsáveis pela disseminação da desinformação que "aumenta os riscos de pandemias globais".
"Militantes contra vacinação têm uma presença significativa nas mídias sociais, com até 50% dos tuítes sobre vacinação contendo crenças contrárias a vacinas", constatou o estudo, depois de analisar 900 tuítes em inglês tidos como de autoria de bots ou trolls.
Segundo os autores, bots podem disseminar malware ou informações falsas sobre saúde, e os trolls humanos baseados na Rússia ativamente "promoveram a discórdia".
O estudo, intitulado Weaponized Health Communication (comunicação armada de saúde), diz que os trolls russos e os sofisticados bots no Twitter postam conteúdo sobre a vacinação a taxas significativamente mais altas do que os usuários comuns.
Mas eles também dão igual atenção a argumentos pró e contra vacinação. "Parecem projetados para provocar uma resposta e prolongar uma discussão", diz o estudo. "Isso é consistente com uma estratégia de promover a discórdia em uma série de tópicos controversos – uma tática conhecida, empregada por trolls russos."
Os cientistas perceberam que os trolls usam uma técnica chamada "astroturfing", um termo usado para identificar a prática de organizações que se autopromovem como movimentos de base, mas que, na verdade, são financiadas por grupos poderosos.
O relatório alerta que o conteúdo antivacina apresenta riscos significativos à saúde pública, já que tem sido diretamente associado à diminuição das taxas de vacinação.
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Dar aos bebês nomes tradicionais ou incomuns, amamentar em público, usar fraldas descartáveis ou de pano, e até mesmo vacinar ou não: conheça os temas que mais preocupam pais e mães na Alemanha.
Foto: Imago
Que nome dar?
O que é mais importante: que o filho se destaque ou seja mais um entre muitos outros de sua geração? Escolher um nome para o bebê é uma expressão da identidade dos pais, mas também pode ser um peso para a criança durante a vida inteira. Marie e Elias foram os nomes mais frequentes dados a bebês na Alemanha em 2016.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Amamentar em público
Mesmo que não funcione para todas as mães por uma série de razões, a amamentação é uma prática generalizada na Alemanha. Os alemães não têm problemas com nudez, de forma que a amamentação em público não chega a ser problema. No entanto, o país não tem uma lei que protege mães que amamentam. Donos de estabelecimentos comerciais podem proibir as mulheres de amamentarem em público em suas lojas.
Foto: picture alliance/empics/N. Ansell
Por quanto tempo amamentar?
Este é outro tema controverso. Pode-se ver até mães amamentando um filho de três anos, mas isso é exceção. Na Alemanha os casais recebem ajuda financeira se deixam de trabalhar nos primeiros 12 meses do bebê (ou até 14 meses se a licença for compartilhada entre pai e mãe), e muitas mães tentam parar de amamentar antes de voltar ao trabalho.
Foto: Colourbox/yarruta
Jardim de infânca
Antes de voltar a trabalhar, a busca por vagas em creches ou jardins de infância é outro tema estressante para os jovens pais. Enquanto muitos se preocupam em achar estabelecimentos perto de suas casas, outros dão mais atenção à linha pedagógica, por exemplo, e lutam por uma vaga nos jardins de infância Waldorf.
Foto: picture-alliance/ZB/P. Pleul
Vacinação
A vacina não é obrigatória na Alemanha, e, por isso, há pais que não imunizam os filhos. Segundo a OCDE, o índice de vacinação infantil no país é de 96%, mas outros estudos apontam uma taxa menor. Não vacinar só funciona enquanto um número suficiente de pessoas garantir a imunização da sociedade. Berlim, por exemplo, enfrentou uma epidemia de sarampo no inverno de 2014 para 2015, com 1.392 casos.
Foto: Sean Gallup/Getty Images
Deixar chorar
É um fenômeno universal: os bebês acordam várias vezes por noite, deixando os pais exaustos. Seguindo o que se conhece como método Ferber, muitos alemães deixam os bebês chorarem sozinhos na cama até dormirem. Pode ser a salvação para alguns, mas outros consideram isso tortura.
Foto: CC/Roxeteer
Teoria do apego
Quem é contra esse treinamento para o bebê dormir provavelmente defende a "attachment parenting", teoria do apego, uma filosofia criada pelo pediatra americano William Sears. Ela recomenda, por exemplo, dar segurança ao carregar o bebê e dormir com ele, aliás outro ponto controverso. Em 2014, o Ministério alemão da Família até promoveu um congresso no país sobre a teoria do apego.
Foto: imago/imagebroker
Fraldas descartáveis, de pano ou nenhuma?
As fraldas são outro tema universal. Com tantas opções descartáveis no mercado, ainda há os que preferem fraldas de pano. Isso representa mais trabalho, mas contribui para a sustentabilidade. Praticantes do método "Windelfrei" (sem fraldas) ainda são raros, mas eles automaticamente ganham o concurso de "pais mais dedicados".
Foto: picture alliance/dpa Themendienst
Cozinhar ou comprar pronto
Você identifica pais que querem dar dedicação especial ao filho pela forma como preparam a papinha do bebê. Muitos utilizam apenas ingredientes orgânicos e pratos e talheres provenientes de comércio justo. Provavelmente eles criticam os que compram papinha pronta no supermercado, mas admitem que ela é útil quando viajam.
Foto: Fotolia/victoria p
Conceitos alternativos de educação
Nos anos 1960 e 1970, os alemães refletiram muito sobre educação e criaram conceitos como educação antiautoritária, para promover a liberdade de pensamento de uma criança. A influência dessa abordagem é sentida na Alemanha até hoje. Além das várias teorias populares atuais, cada pai desenvolve um estilo próprio – e ninguém gosta de ouvir que está errado.
Foto: colourbox/S. Darsa
Televisão e eletrônicos
Existem aplicativos incríveis e programas de TV voltados para os pequenos. Muitas crianças de um ano sabem mexer melhor em smartphones do que os avós. Embora não haja consenso entre os pais alemães sobre o uso de mídia digital por crianças pequenas, a maioria prefere restringir o contato dos filhos com esses aparelhos.
Foto: picture-alliance/dpa
Consumo de açúcar
Outra maneira alemã de avaliar um "bom pai ou mãe" é o número de anos em que o filho não foi colocado em contato com doces – e isso num país onde o sorvete é um ritual quase diário para crianças mais velhas no verão. Aliás, o segundo filho geralmente é privilegiado, podendo experimentar uma série de coisas mais cedo, pois após algum tempo os pais deixam de seguir alguns de seus rígidos princípios.