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Estudo mostra insatisfação de empresas europeias na China

30 de maio de 2012

Apesar da atratividade do crescente mercado chinês, barreiras regulatórias e custos elevados desagradam investidores europeus. Companhias reclamam da falta de transparência e protecionismo.

Foto: dapd

Uma em cada cinco empresas europeias pensa em sair da China, de acordo com um estudo da Câmara de Comércio da União Europeia na China (UE), divulgado nesta terça-feira (29/05) em Pequim. Apesar de o país ser um mercado cada vez maior importante para a economia mundial, o ambiente regulatório incerto, as barreiras de mercado e os elevados custos dificultam os negócios.

Segundo a pesquisa, 22% das companhias consultadas consideram, futuramente, a possibilidade de deslocar seus investimentos para outros países. Entre as razões estão as diferentes interpretações da lei e os crescentes custos trabalhistas chineses. "É bastante alarmante", considera Davide Cucino, presidente da Câmara de Comércio da UE na China.

Além disso, as empresas europeias reclamam de protecionismo do governo e temem continuar sofrendo discriminação no futuro. "O desenvolvimento do ambiente regulatório atrasa o desenvolvimento do mercado", afirma o estudo. O governo chinês afirma, porém, tratar as empresas estrangeiras do mesmo modo que as nacionais.

Barreiras antinegócios

Metade das companhias consultadas na pesquisa disse ter deixado passar oportunidades de negócios por conta das barreiras regulatórias chinesas. Dentro desse grupo, dois terços estimam ter perdido mais de 10% de seu volume de negócios por conta de tais obstáculos, somando bilhões de dólares.

Ao mesmo tempo, 40% das empresas europeias apontaram a política chinesa diante de empresas estrangeiras como "menos justa" que há dois anos. A "execução arbitrária das regras" é o principal obstáculo. Para os investidores europeus, o desenvolvimento de um Estado de Direito e uma política transparente são fundamentais para impulsionar o crescimento chinês.

Apesar das barreiras, a atratividade do mercado que mais cresce no mundo continua grande. Das empresas consultadas pela Câmara de Comércio, 63% planejam novos investimentos no país e mais da metade está de olho no interior ou no oeste da China. Em 2011, o país asiático foi responsável por mais de 10% das receitas de metade das companhias da UE – 50% a mais que em 2009.

LPF/dpa/dapd
Revisão: Carlos Albuquerque

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