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Estudo reitera segurança e eficácia da vacina de Oxford

22 de março de 2021

Testes da terceira fase realizados nos EUA não identificam risco de coágulos e concluem que imunizante da AstraZeneca é 79% eficaz na prevenção de sintomas e 100% contra quadros graves da doença e hospitalizações.

Mulher recebe a vacina da AstraZeneca em Berlim
Vacina da AstraZeneca é usada em vários países, incluindo a AlemanhaFoto: Soeren Stache/dpa/picture alliance

A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca afirmou nesta segunda-feira (22/03) que um grande estudo realizado nos EUA, no Chile e no Peru demonstrou que sua vacina contra a covid-19, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, é segura e altamente eficaz.

Segundo os testes da terceira fase, o imunizante é 79% eficaz na prevenção de sintomas e 100% eficaz contra quadros graves da doença e hospitalizações. A eficácia verificada neste estudo é semelhante à de estudos anteriores.

Segundo comunicado divulgado pela AstraZeneca, a eficácia da vacina foi consistente em todas as etnias e idades e também nos participantes com 65 anos de idade ou mais, grupo no qual demonstrou ser 80% eficaz. Não houve efeitos colaterais graves.

"Estes resultados confirmam os resultados anteriores observados nos ensaios da AZD1222 [nome oficial da vacina contra covid-19] em todas as populações adultas, mas é empolgante ver resultados de eficácia semelhantes em pessoas com mais de 65 anos pela primeira vez", afirmou a professora de medicina Ann Falsey, da Universidade de Rochester, nos EUA, e uma das autoras do estudo, ressaltando que o resultados oferecem "confiança de que adultos de todas as idades poderão se beneficiar da proteção contra o vírus".

Aproximadamente 20% dos participantes tinham 65 anos ou mais, e aproximadamente 60% tinham comorbidades associadas a um risco maior de quadros graves de covid-19, como diabetes, obesidade e doenças cardíacas.

Sem evidência de risco de coágulos

Os novos dados foram divulgados após vários países europeus retomarem o uso do imunizante depois de a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmarem, com base em investigações sobre relatos de coágulos sanguíneos, que os benefícios da vacina superam os riscos.

A AstraZeneca afirmou que um comitê independente de segurança conduziu uma revisão específica sobre os coágulos e também sobre trombose venosa cerebral, extremamente rara, com a ajuda de um neurologista independente.

Segundo a empresa, o painel não identificou nenhum risco maior de trombose entre os 21.583 pacientes que receberam ao menos uma dose da vacina. Nenhum caso do tipo ocorreu durante os testes.

Participaram do estudo 32.449 pessoas, dos quais dois terços receberam o imunizante e um terço recebeu placebo. Ao todo foram verificados 141 casos sintomáticos de covid-19, a doença causada pelo coronavírus Sars-Cov-2.

Os primeiros resultados do estudo dos EUA são apenas um conjunto de informações que a AstraZeneca deve apresentar à Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora de medicamentos do país, para obter autorização de uso. Um comitê da FDA irá debater as evidências relacionadas à vacina antes que a agência decida se permite seu uso de emergência.

Embora o uso da vacina da AstraZeneca já tenha sido autorizado em mais de 50 países, inclusive no Brasil, cientistas aguardavam os resultados do estudo nos EUA na esperança de esclarecer dúvidas sobre a eficácia e os riscos do imunizante.

A vacina pode ser armazenada, transportada e manuseada em condições normais de refrigeração (de 2 a 8 graus Celsius) por pelo menos seis meses, o que facilita a logística de sua distribuição.

lf/as (Reuters, AP, ots)

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