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EsporteAlemanha

Etíope bate recorde mundial feminino na maratona de Berlim

24 de setembro de 2023

Tigst Assefa disse que buscava quebrar o recorde, mas se surpreendeu por ter ficado mais de dois minutos abaixo da marca anterior. Entre os homens, Eliud Kipchoge venceu pela quinta vez na capital alemã.

Tigist Assefa com coroa de vencedora e flores ao lado de painel com o tempo de sua corrida
Assefa largou com ritmo forte e bateu o recorde anterior em mais de dois minutosFoto: Markus Schreiber/AP/picture alliance

Tigst Assefa, da Etiópia, quebrou o recorde mundial da maratona feminina em Berlim neste domingo (24/09), reduzindo em mais de dois minutos o recorde anterior ao concluir os 42 quilômetros da corrida em 2 horas, 11 minutos e 53 segundos.

Na modalidade masculina, Eliud Kipchoge também quebrou um recorde, ao se tornar o primeiro homem a vencer cinco maratonas em Berlim.

Um grupo ativistas do clima havia ameaçado atrapalhar o evento, e alguns entraram na pista com baldes de tinta laranja. No entanto, a polícia interveio rapidamente e os manifestantes foram retirados do local pouco antes do início da corrida.

Assefa: "Não esperava correr tão rápido"

Assefa reduziu em 2 minutos e 11 segundos o recorde mundial feminino anterior de 2:14:04, estabelecido em 2019 pela queniana Brigid Kosgei em Chicago.

Ela também melhorou seu recorde pessoal em 3 minutos e 44 segundos, que ela havia cravado na maratona do ano passado na capital alemã.

"Não esperava correr tão rápido (...), mas é o resultado de muito trabalho", disse a nova recordista mundial após a corrida.

A queniana Sheila Chepkirui chegou em segundo lugar, mas ficou quase seis minutos atrás da vencedora. Magdalena Shauri, da Tanzânia, ficou em terceiro lugar. Um recorde de oito mulheres terminou a corrida em menos de 2 horas e 20 minutos.

Desempenho estelar de Kipchoge

O queniano Kipchoge também repetiu sua vitória do ano passado, mas não conseguiu melhorar seu recorde mundial. O atleta de 38 anos ficou abaixo de seu recorde anterior em Berlim, de 2022, por pouco mais de um minuto e meio, com um tempo de 2 horas, 2 minutos e 42 segundos.

Os estreantes Vincent Kipkemoi do Quênia (2:03:13) e Tadase Takele da Etiópia (2:03:24) ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Ninguém venceu mais edições da maratona de Berlim do que KipchogeFoto: Markus Schreiber/AP/picture alliance

Kipchoge agora é o homem com o maior número de vitórias na maratona de Berlim, com uma a mais do que a lenda etíope Haile Gebrselassie, que venceu quatro corridas consecutivas na capital alemã entre 2006 e 2009. As vitórias de Kipchoge ocorreram em 2015, 2017, 2018, 2022 e agora neste ano.

"Sempre aprendo com cada corrida e cada vitória. Estou muito feliz por vencer pela quinta vez em Berlim", disse Kipchoge.

Tentativas de ambientalistas foram frustradas

O grupo ambientalista Letzte Generation (Última Geração) havia sinalizado sua intenção de atrapalhar o evento, já que havia feito atos semelhantes com tinta no passado.

A polícia e a equipe de segurança afastaram um grupo de ativistas que entraram na pista por ambos os lados da via, tentando bloquear o percurso pouco antes do início do evento. Os corredores da maratona passaram por faixas de tinta laranja brilhante que os ativistas haviam espalhado pela rua.

Além de tinta jogada na rua, a corrida não foi afetada por manifestantesFoto: Sebastian Gollnow/dpa/picture alliance

Na semana passada, o grupo ambientalista pintou com tinta o Portão de Brandemburgo. O popular ponto de referência e símbolo da Alemanha está localizado próximo ao final do percurso da maratona.

No sábado, o organizador da maratona exortou os ativistas a não atrapalharem o evento. Jürgen Lock, diretor administrativo da SCC events, grupo responsável pela maratona, disse que esperava que "nada de inconveniente acontecesse em termos de uma manifestação, mas temos planos para essas eventualidades".

bl (Reuters, dpa, AFP, AP)