Numa carta enviada pela organização separatista ETA a dois jornais bascos, a organização anunciou a ruptura do cessar-fogo a partir desta quarta-feira (06/06).

Como justificativa para o fim da trégua, o ETA argumenta que o governo espanhol respondeu ao cessar-fogo "com a continuação das detenções, das torturas e das perseguições".

Retomada da estratégia terrorista

O governo socialista de José Luis Zapatero havia encerrado as negociações de paz com os separatistas após o atentado a bomba no aeroporto de Madri em dezembro último, em que morreram duas pessoas.

Embora a ETA tenha anunciado na ocasião que pretendia prosseguir o armistício, a polícia e o serviço secreto espanhóis advertiram que a organização retomaria sua estratégia terrorista.

Luta por Estado independente

A organização luta pela criação de um Estado basco independente que englobe não só a região basca espanhola, mas também a vizinha Navarra e áreas do sudoeste francês. Os atentados da ETA causaram a morte de mais 800 pessoas desde 1968.

A um ano das eleições parlamentares na Espanha, o país teme uma nova onda de violência. Especialistas em segurança acreditam que a ETA tenha aproveitado a trégua para organizar os próximos atentados. (rw)