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EUA acusam Coreia do Norte de roubar segredos militares

25 de julho de 2024

Em comunicado conjunto assinado por Reino Unido e Coreia do Sul, trio alerta para campanha global de ciberespionagem atrelada a programa nuclear de Pyongyang. Nasa e Aeronáutica americana estão entre vítimas dos hackers.

Tela de laptop com códigos de programação
Hackers apoiados pela Coreia do Norte se aproveitam de vulnerabilidades em softwares para se infiltrar em redes militares estrangeirasFoto: Jochen Tack/IMAGO

Hackers a serviço da Coreia do Norte deflagraram uma campanha global de ciberespionagem para roubar segredos militares em apoio ao programa nuclear de Pyongyang, acusaram os Estados Unidos, o Reino Unido e a Coreia do Sul em um comunicado conjunto publicado nesta quinta-feira (25/07).

O documento foi elaborado pelo FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, e a Agência de Segurança Nacional (NSA) americanos, pelo Centro Nacional de Cibersegurança britânico (NCSC) e pelo Serviço de Inteligência Nacional (NIS) da Coreia do Sul.

Grupo teria invadido computadores da Nasa e da Aeronáutica americana

Conhecidos por pesquisadores da área de cibersegurança como Anadriel ou APT 45, o grupo seria um braço da agência de espionagem de Pyongyang.

Segundo o comunicado, esses hackers têm mirado sistemas de computadores de empresas de defesa e engenharia, incluindo fabricantes de tanques, submarinos, navios, caças, mísseis e sistemas de radar – em alguns casos, com sucesso.

Uma das vítimas do grupo teria sido a agência espacial Nasa – de quem teriam sido roubados 17 gigabytes em dados –, além do próprio FBI e do Departamento americano de Justiça, bem como as base aéreas militares de Randolph, no Texas, e de Robins, na Geórgia.

EUA, Reino Unido e Coreia do Sul afirmam no documento que "o grupo e as técnicas cibernéticas continuam a representar uma ameaça contínua para vários setores da indústria em todo o mundo", inclusive também "no Japão e na Índia".

Como os hackers agem

O FBI alega que o grupo explora vulnerabilidades em softwares para lançar ciberataques, por exemplo via malware e phishing, para ganhar acesso a dados e informações sigilosas.

O órgão de inteligência instou as empresas envolvidas nos setores de defesa, aeroespacial, nuclear e de engenharia a "continuarem vigilantes na defesa de suas redes contra ciber-operações patrocinadas pela Coreia do Norte", e disse que Andariel tem tentado obter informações como especificações para o processamento e enriquecimento de urânio, bem como de sistemas de defesa e de mísseis.

ra (AFP, Reuters)

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