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ConflitosSíria

EUA afirmam ter matado chefe do Estado Islâmico na Síria

12 de julho de 2022

Maher Al-Agal, definido pelo Pentágono como "um dos cinco mais altos dirigentes do EI", foi atingido por um drone enquanto andava de moto no norte da Síria.

Syrien Rakka
Os dois últimos assassinatos de líderes do Estado Islâmico ocorreram em áreas controladas pela Turquia no norte da SíriaFoto: Getty Images/D.Souleiman

O líder da organização jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria foi morto em uma operação americana com um drone, anunciou o Departamento de Defesa dos Estados Unidos nesta terça-feira (12/07).

Maher Al-Agal, descrito pela Pentágono como "um dos cinco mais altos dirigentes do EI", foi morto quando se deslocava de motocicleta perto da cidade de Jindires, no norte da Síria, disse o porta-voz do comando central do Pentágono, tenente-coronel Dave Eastburn.

No mesmo ataque, o conselheiro mais próximo a Al-Agal ficou "gravemente ferido", informou o Pentágono, acrescentando que não houve vítimas civis.

"Além de ser um líder de alto escalão dentro do grupo, Al-Agal foi responsável por buscar agressivamente o desenvolvimento de redes do EI fora do Iraque e da Síria", afirmou o Pentágono em um comunicado.

"A remoção desses líderes do EI interromperá a capacidade da organização terrorista de planejar e realizar ataques globais", acrescenrou.

De acordo com a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o ataque provocou a morte de Al-Agal e de seu acompanhante. 

A ONG Defesa Civil Síria, conhecida também como "Capacetes Brancos", confirmou que uma pessoa foi morta e outra ficou ferida em um ataque que teve como alvo uma motocicleta nos arredores de Aleppo, mas não identificou as vítimas.

Grupo Ahrar al-Sharqiya

Segundo um porta-voz das Forças Democráticas Curdas da Síria, aliadas dos EUA, os dois homens atingidos ​​tinham ligações com o Ahrar al-Sharqiya, grupo armado que opera no norte da Síria.

O grupo conta com ex-líderes e membros do Estado Islâmico e outros grupos jihadistas e já realizou ataques contra alvos curdos dentro de áreas controladas pela Turquia no norte da Síria.

O Ahrar al-Sharqiya foi responsável pelo assassinato, em 2019, da proeminente política curda Hevrin Khalaf, que provocou condenação internacional.

Em julho de 2021, o Tesouro dos EUA colocou o grupo em sua lista de sanções. "Ahrar al-Sharqiya cometeu vários crimes contra civis, particularmente curdos-sírios, incluindo assassinatos, sequestros, tortura e apreensão de propriedades privadas", disse o Tesouro.

Segundo o órgão, o grupo controla um grande complexo prisional fora de Aleppo "onde centenas foram executados desde 2018". A prisão também é usada para coordenar operações de sequestro, que tem como alvo empresários e políticos da oposição nas províncias de Idlib e Aleppo.

Outros ataques

Os dois últimos assassinatos de líderes do Estado Islâmico ocorreram em áreas controladas pela Turquia no norte da Síria, onde grupos como o Ahrar al-Sharqiya estão ativos e têm conhecimento local do terreno e das famílias.

A morte desta terça ocorre cinco meses após um ataque noturno dos EUA na cidade de Atme, que levou à morte do líder geral do Estado Islâmico Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi. Segundo autoridades dos EUA, Quraysh morreu quando detonou uma bomba para evitar a captura.

No mês passado, um ataque de drone dos EUA matou um líder sênior do grupo Horas al-Din, Abu Hamzah al Yemeni.

le (Lusa, AP, AFP)

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