EUA alertam para massacre na cidade síria de Aleppo
27 de julho de 2012![epa03318505 Syrian rebels patrol near Aleppo, Syria, 26 July 2012. According to media reports, Syrian rebels and government forces on 26 July 2012 fought fierce battles for control of Syria's two largest cities of Damascus and Aleppo, opposition activists said. EPA/SINAN GUL/ANADOLU AGENCY TURKEY OUT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES/NO ARCHIVES +++(c) dpa - Bildfunk+++](https://static.dw.com/image/16126325_800.webp)
Milhares de tropas do governo preparam-se para um ataque a Aleppo, cidade próxima à fronteira da Síria com a Turquia, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Victoria Nuland, nesta quinta-feira (26/07) em Washington.
Nuland disse que o governo americano recebeu informações credíveis de que fileiras de tanques, helicópteros e aeronaves avançam em direção à cidade. Essa seria uma tentativa desesperada do presidente Bashar al-Assad de retomar o controle da cidade e preocupa os Estados Unidos, pois “o regime parece preparar um massacre em Alepo".
A porta-voz acrescentou, entretanto, que os Estados Unidos não consideravam apoiar os combatentes da oposição, dizendo que continuariam fornecendo apenas assistência não letal.
Um coronel da força de oposição, o Exército Livre da Síria, disse à agência de notícias AFP que tropas governamentais chegaram à cidade e que ele espera “uma grande ofensiva a qualquer momento", possivelmente já nesta sexta-feira.
De fato, vários bairros da cidade foram bombardeados na manhã desta sexta-feira por helicópteros das forças leais ao governo de Bashar al-Assad, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, organização oposicionista baseada em Londres.
Cerca de 3 milhões de pessoas vivem em Aleppo, que é a segunda maior cidade da Síria. Os rebeldes iniciaram um ataque para ocupar a cidade no último dia 20, e foram parcialmente bem-sucedidos. Acredita-se que eles queiram estabelecer um posto avançado próximo ao quartel-general rebelde, no lado turco da fronteira.
Os EUA temem que este possa ser um dos conflitos mais sangrentos na revolta na Síria, que já dura 16 meses e pode ter custado a vida de até 19 mil pessoas.
GMF/afp/ap/dpa/rtr/lusa
Revisão: Alexandre Schossler