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EUA antecipam transição militar no Afeganistão

12 de janeiro de 2013

Após encontro com o presidente afegão, Hamid Karzai, presidente norte-americano, Barack Obama, anuncia que a transferência do comando da defesa estará completa até o fim de 2014.

U.S. President Barack Obama meets with Afghanistan's President Hamid Karzai in the Oval Office of the White House in Washington, January 11, 2013. REUTERS/Jason Reed (UNITED STATES - Tags: POLITICS MILITARY)
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em seu programa semanal de rádio e internet deste sábado (12/01) que este é o momento certo para que as forças norte-americanas passem a desempenhar apenas um papel de apoio no Afeganistão, enquanto as tropas afegãs retomam o comando da defesa do país.

A mensagem foi divulgada um dia depois do encontro de Obama com o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, no qual ambos concordaram em acelerar o repasse do comando das operações de combate por parte dos norte-americanos para as tropas afegãs.

A transferência já deve ser iniciada a partir de março deste ano. Com isso, operações unilaterais de combate vão ser finalizadas e forças norte-americanas que patrulham vilas afegãs vão ser retiradas. A medida ressalta a intenção de Obama em enfraquecer uma guerra bastante impopular e que já dura 11 anos.

"Até o final do próximo ano a transição será completa", afirmou Obama na coletiva de imprensa logo depois do encontro com Karzai na Casa Branca, em Washington. "Os afegãos terão total responsabilidade por sua segurança, e essa guerra chegará a um fim responsável."

Retirada não será completa

A pedido dos EUA, Karzai também deu sinais de que vai abrir espaço nas discussões para garantir imunidade às tropas norte-americanas que permanecerem no Afeganistão após 2014 – uma concessão que poderia permitir com que Washington mantenha um pequeno contingente no país asiático.

O governo dos EUA considera manter uma força residual no país entre 3 mil e 9 mil homens – bem menos do que propõem alguns comandantes de tropas norte-americanas – com o objetivo de conduzir operações antiterrorismo e treinar forças do Afeganistão.

Segundo integrantes do governo em Washington, os EUA não planejam uma retirada completa de tropas, medida que poderia ser desastrosa, segundo especialistas, já que o governo central em Cabul ainda se encontra bastante enfraquecido.

Atualmente cerca de 66 mil militares norte-americanos se encontram em território afegão. Tropas de países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) já vêm sendo reduzidas paulatinamente. Diferentemente de encontros anteriores, Obama e Karzai não demonstraram atritos durante a conversa desta sexta-feira.

MSB/rtr/ap
Revisão: Fernando Caulyt

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