EUA aprovam vacina de dose única da Johnson & Johnson
28 de fevereiro de 2021
Esse é o terceiro imunizante contra covid-19 aprovado pela agência reguladora americana. Joe Biden celebra aprovação, mas pede cautela à população, principalmente, devido a mutações do coronavírus.
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A agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), aprovou neste sábado (27/02) a vacina de dose única contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Johnson & Johnson. Esse é o terceiro imunizante liberado no país, além dos desenvolvidos pela Pfizer-Biotech e Moderna.
O órgão regulador aprovou o uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson para maiores de 18 anos. Especialistas da FDA avaliaram que o imunizante se mostrou ainda eficaz contra as novas variantes do coronavírus e concluíram que a vacina provou ser altamente eficaz na prevenção de casos graves e mortes por covid-19.
"A autorização desta vacina amplia a disponibilidade de imunizantes, o melhor método clínico de prevenção da covid-19, para nos ajudar a combater a pandemia, que já ceifou mais de meio milhão de vidas nos Estados Unidos", afirmou a diretora da FDA, Janet Woodcock.
As primeiras doses da vacina devem começar a ser distribuídas para os centros de vacinação do país a partir deste domingo. O governo americano adquiriu 100 milhões de doses do imunizante da Johnson & Johnson.
O presidente dos EUA, Joe Biden, saudou a aprovação, mas pediu cautela, lembrando que a situação ainda pode piorar com a propagação de novas variantes do coronavírus.
"Esta é uma ótima notícia para todos os americanos e um passo encorajador nos nossos esforços para acabar com a crise", disse Biden, em comunicado. "Há uma luz no fim do túnel, mas não podemos baixar a guarda ou dar como certo que a vitória é inevitável", acrescentou.
A farmacêutica espera agora obter a aprovação da vacina na União Europeia (UE) em março. Após o aval europeu, as primeiras doses devem ser entregues ao bloco em abril.
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Eficácia da vacina de dose única
No início deste mês, a J&J disse que os dados dos testes clínicos indicam que sua vacina contra Covid-19 é 66% eficaz na imunização contra a doença; 72% em exames realizados nos Estados Unidos; 66% na América Latina e 64% na África do Sul, onde uma variante mais resistente se espalhou.
Os testes demonstraram que a vacina previne 86% dos casos graves nos Estados Unidos e 82% na América Latina, o que na prática significaria que é altamente eficaz na prevenção de hospitalizações e mortes pelo coronavírus. Mais estudos são necessários, porém, para determinar por quanto tempo dura a proteção do imunizante.
A vacina foi, de modo geral, bem tolerada pelos organismos dos voluntários, sem que houvesse o registro de reações alérgicas graves, o que ocorreu nos caso das vacinas da Pfizer e da Moderna, ainda que tenham sido casos raras.
Reações de leves a moderadas, como dores no local da injeção, dores de cabeça, musculares e fatiga, ocorreram são mais prováveis de ocorrer nos pacientes mais jovens do que nos mais velhos. Não houve registro de mortes entre os participantes que receberam a vacina, mas cinco óbitos ocorreram entre os que foram medicados com placebos.
A vacina da Johnson & Johnson pode ser armazenada em geladeiras comuns por pelo menos três meses, tornando-a logisticamente mais fácil de manusear do que as da Pfizer e Moderna, que exigem temperaturas abaixo de zero mais extremas, mas têm um percentual de eficácia superior, de até 95%.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, foram registrados mais de 28,5 milhões de casos da doença nos EUA e 511 mil mortes. Cerca de 14% dos americanos já receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19.
cn (Reuters, Lusa)
Doenças prevenidas com vacinas
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
Foto: picture-alliance/imagebroker
Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
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Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
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Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
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Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
Foto: Imago Images
Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
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Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
Foto: picture-alliance/OKAPIA KG/G. Gaugler
Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
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Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
Foto: Imago Images/blickwinkel/McPhoto
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.