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EUA voltam a aumentar a pressão contra Maduro

16 de fevereiro de 2019

Chefe de petrolífera estatal e membros dos aparelhos de repressão do regime chavista são atingidos por medidas. Washington também vai enviar nova carga de ajuda para fronteira com a Colômbia.

Venezuela Präsident Nicolas Maduro mit seiner Frau Cilia Flores bei einer Veranstalltung in Caracas
Maduro qualificou de "migalhas" de "comida podre" a ajuda humanitária enviada pelos EUAFoto: Reuters/F. Torrealba

Os Estados Unidos voltaram a intensificar a pressão contra Nicolás Maduro nesta sexta-feira (15/02) ao impor sanções contra as principais autoridades de segurança do regime chavista e o chefe da petrolífera estatal do país. Além disso, Washington anunciou planos para transportar mais de 200 toneladas de auxílio humanitário à fronteira da Colômbia.

As sanções atingem o presidente da estatal PDVSA, Manuel Quevedo, e três altos funcionários de inteligência do regime, além de Rafael Bastardo, identificado por autoridades americanas como chefe de uma unidade de polícia nacional responsável por dezenas de assassinatos conduzidos durante operações noturnas para assegurar a manutenção do poder de Maduro.

Outros nomes atingidos incluem Iván Dala, comandante da Guarda Presidencial de Maduro, acusado de torturar opositores; Manuel Figuera, diretor do Serviço Nacional de Inteligência venezuelano 8Sebin), e Hildemaro José Mucura, primeiro-comissário do órgao.

Com as sanções, todas as propriedades e valores dos indivíduos atingidos que estejam nos Estados Unidos serão bloqueados.

Paralelamente, uma autoridade dos EUA disse que aeronaves militares americanas devem levar mais de 200 toneladas de auxílio humanitário à fronteira da Venezuela com a Colômbia e que a operação deve acontecer no sábado.

As medidas fazem parte de um esforço mais amplo dos EUA para enfraquecer Maduro, cuja reeleição em 2018 é considerada ilegítima por Washington e dezenas de outros países, entre eles o Brasil e a Alemanha, e para fortalecer o líder da oposição e autoproclamado presidente Juan Guaidó.

Aeronaves militares dos EUA devem deixar o auxílio no lado colombiano da fronteira com a Venezuela no sábado, disse uma autoridade americana que falou sob condição de anonimato.

Uma segunda fonte do governo dos EUA que pediu para não ser identificada disse que os alimentos e medicamentos serão levados à cidade fronteiriça de Cúcuta, na Colômbia.

Mas não está claro se alguma parte desse auxílio chegará aos venezuelanos. 

Maduro, que mesmo enfraquecido ainda continua a comandar o Exército do país e o aparato de segurança, tem se recusado a autorizar a entrada de qualquer ajuda, mesmo com a grave situação econômica e humanitária do país.

Nesta sexta-feira, Maduro qualificou de "migalhas" de "comida podre" a ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos a pedido de Juan Guaidó.

"É uma armadilha, fazem um show com comida podre e contaminada", disse Maduro, durante um ato em Ciudad Bolívar, sudeste da Venezuela, reiterando que os Estados Unidos querem invadir militarmente a Venezuela.

JPS/ots/rt/afp

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