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EUA avaliam acelerar treinamento de iraquianos, diz Obama

8 de junho de 2015

Presidente afirma, porém, que estratégia ainda está incompleta por depender também do comprometimento total do Iraque. Americanos avaliam que falta de treinamento foi decisiva na perda de Ramadi para o "Estado Islâmico".

Foto: S. Gallup/Getty Images

O presidente Barack Obama disse nesta segunda-feira (08/06) que os Estados Unidos ainda não têm uma "estratégia completa" para treinar as forças iraquianas que lutam contra os militantes do "Estado Islâmico". Segundo ele, o Pentágono está avaliando um plano para acelerar o treinamento dos iraquianos, mas que isso exige também um comprometimento total por parte do governo em Bagdá.

"Queremos mais forças de segurança iraquianas, treinadas, prontas, bem equipadas e focadas", afirmou Obama, em entrevista ao final do encontro do G7 no Castelo Elmau, na Alemanha. Ele acrescentou, porém, que, para os 3 mil americanos que estão no Iraque para auxiliar as forças locais, frequentemente a capacidade de treinamento é maior que o número de recrutas.

O presidente disse que tropas treinadas pelos americanos e bem equipadas costumam ter um desempenho melhor. Militares americanos avaliaram que a falta de treinamento foi um fator fundamental na recente derrota dos iraquianos em Ramadi.

Obama conversou com o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, pouco antes do encontro com os demais líderes do G7. Segundo Obama, Abadi reconheceu a necessidade de complementar a assistência militar dos americanos com medidas políticas que aliviem a tensão sectária no Iraque.

Conflito na Ucrânia

Obama afirmou ainda que cabe ao presidente Vladimir Putin decidir se continua isolando a Rússia e destruindo a economia do país em troca de "um desejo equivocado de recriar as glórias do império soviético" ou se reconhece que a grandeza da Rússia não depende da violação da soberania de outros países.

Segundo Obama, os líderes europeus e americanos concordaram, durante o encontro do G7, em manter as sanções econômicas por causa do envolvimento da Rússia no conflito no leste ucraniano e que as sanções poderão ser endurecidas se o país continuar apoiando os separatistas. Ele acrescentou que medidas adicionais estão sendo debatidas no nível técnico, mas não no político.

Obama disse haver uma contradição na argumentação de Putin de que age para defender os falantes do russo que vivem fora da Rússia. Segundo o líder americano, são justamente essas pessoas que mais sofrem com as agressões de Moscou à Ucrânia.

AS/ap/dpa/rtr

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