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EUA denunciam "provocação" do Irã em testes de mísseis

30 de dezembro de 2015

Americanos denunciam que navios de guerra iranianos lançaram mísseis no Estreito de Hormuz, perto de um porta-aviões e outras embarcações da coalizão internacional que combate o "Estado Islâmico".

USS Flugzeugträger Harry S. Truman
Um dos mísseis teria caído a 1.500 metros do porta-aviões USS Harry S. TrumanFoto: picture-alliance/dpa

Navios de guerra iranianos realizaram testes de mísseis próximos a porta-aviões e outras embarcações militares da coalizão internacional, que dão apoio aos ataques aéreos contra o "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque, informou nesta quarta-feira (30/12) o porta-voz do comando militar dos Estados Unidos Kyle Raines.

"Essas ações foram altamente provocativas, inseguras e pouco profissionais, e lançam dúvidas sobre o comprometimento do Irã quanto à segurança de uma rota marítima essencial para o comércio internacional", afirmou o porta-voz.

Os testes de mísseis ocorreram no dia 26 de dezembro no Estreito de Hormuz, perto do porta-aviões americano USS Harry S. Truman, ao destroier USS Bullkeley e a uma fragata francesa. Segundo o porta-voz, navios mercantes também estavam nas proximidades.

Raines disse que a Guarda Revolucionária do Irã avisou com "apenas 23 minutos de antecedência" sobre a realização dos testes.

Segundo Raines, o exercício militar foi uma exceção à rotina segura e profissional das interações entre as forças iranianas e americanas, e põem em risco a "liberdade de navegação e a segurança marítima" dentro dos padrões globais.

Uma reportagem da rede de televisão americana NBC relatou que um míssil chegou a apenas 1.500 metros do USS Harry S. Truman, que entrava no Estreito de Hormuz durante um trajeto de rotina.

Segundo a emissora, um militar americano disse que os mísseis, lançados de diversas embarcações de pequeno porte da Guarda Revolucionária do Irã, estariam desgovernados.

O incidente ocorreu em meio ao degelo das relações diplomáticas entre os EUA e o Irã, após a assinatura do acordo sobre o programa nuclear iraniano entre Teerã e o grupo 5+1, formado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha.

O acordo estabelece a suspensão das sanções que pesam sobre a economia iraniana em troca de restrições às atividades atômicas do país.

RC/ap/afp/dpa/rtr

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