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ConflitosSíria

EUA dizem ter matado líder do "Estado Islâmico" na Síria

9 de julho de 2023

Comando Central americano afirma que alvo foi morto em ataque com drones na sexta-feira. Pouco antes, os mesmos veículos haviam sido assediados por caças russos pelo terceiro dia consecutivo, denuncia Washington.

Nesta imagem fornecida pela Força Aérea americana, um caça russo voa perto de um drone MQ-9 Reaper dos EUA em 5 de julho
Imagem fornecida pela Força Aérea americana mostra um caça russo voando perto de um drone MQ-9 Reaper dos EUA na quarta-feira, 5 de julhoFoto: U.S. Air Force/AP/picture alliance

O Comando Central dos Estados Unidos afirmou neste domingo (09/07) ter conduzido um ataque com drones que matou um líder do grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) na Síria.

"Deixamos claro que continuamos comprometidos com a derrota do ISIS em toda a região", disse o chefe do órgão, general Michael Kurilla, usando outro acrônimo para se referir ao EI. "O ISIS continua sendo uma ameaça, não apenas para a região, mas muito além."

Na última sexta-feira, drones MQ-9 Reaper voavam em busca do líder jihadista quando foram assediados durante cerca de duas horas por aeronaves russas, informou o Comando Central.

Pouco depois, os mesmos drones atingiram e mataram Usamah al-Muhajir, que andava de moto na região de Aleppo, relatou, por sua vez, um oficial da Defesa americana sob condição de anonimato.

A fonte afirmou que Muhajir estava no noroeste da Síria no momento do ataque, mas que ele geralmente operava no leste do país.

Não ficou imediatamente claro como os militares americanos confirmaram que a pessoa morta era Muhajir. Não foram fornecidos mais detalhes.

Em comunicado neste domingo, o Comando Central americano disse não haver indicações de que civis foram mortos no ataque, mas que analisa relatos de civis feridos.

Atritos entre aeronaves russas e drones americanos

Sexta-feira, 7 de julho, foi o terceiro dia consecutivo em que autoridades dos EUA denunciaram a ocorrência de voos hostis  em torno de drones americanos por caças russos na região.

O tenente-general Alex Grynkewich, chefe do Comando Central das Forças Aéreas dos EUA, afirmou em comunicado que, durante o atrito de sexta-feira, os aviões russos "realizaram 18 passagens próximas não profissionais que fizeram os MQ-9s reagirem para evitar situações inseguras".

Na quinta-feira, drones americanos que participavam de operações contra o EI na Síria também foram assediados. Grynkewich disse que os aviões russos "lançaram sinalizadores na frente dos drones e voaram perigosamente perto, colocando em risco a segurança de todas as aeronaves envolvidas".

Um incidente semelhante já havia ocorrido na quarta-feira, forçando os drones americanos a tomarem medidas evasivas, afirmou Grynkewich, que instou Moscou a "cessar esse comportamento imprudente".

Rússia aliada de Assad

A Rússia é um importante aliado do regime sírio do presidente Bashar al-Assad. Com o apoio de Moscou e também do Irã, Assad recuperou grande parte do terreno perdido nos estágios iniciais do conflito sírio, que eclodiu em 2011, quando o governo reprimiu brutalmente protestos pró-democracia.

Os últimos bolsões de oposição armada ao regime incluem grandes áreas da província de Idlib, controlada pelos rebeldes, no norte.

Os Estados Unidos têm cerca de mil soldados destacados na Síria como parte dos esforços internacionais para combater os jihadistas do EI. O grupo foi derrotado na Síria em 2019, mas ainda mantém esconderijos em áreas remotas do deserto e realiza ataques frequentes.

ek (Reuters, AP, AFP)

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