EUA e Alemanha são principais destinos de migrantes
Lewis Sanders ca
18 de setembro de 2019
Depois dos Estados Unidos, Alemanha vem em segundo lugar como principal destino de refugiados, diz OCDE. Migração humanitária cai significativamente, mas a por motivos familiares e laborais está em ascensão.
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A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou nesta quarta-feira (18/09) que a Alemanha é o segundo principal destino de migrantes, entre seus países integrantes.
"Desde 2015, os países europeus da OCDE recebem coletivamente mais migrantes permanentes que os Estados Unidos", afirmou em relatório. "No entanto, os EUA continuam sendo o principal país de destino dos migrantes, seguidos pela Alemanha."
Apesar do aumento da migração laboral e familiar, a OCDE observou uma queda na migração humanitária, por exemplo, de refugiados fugindo de conflitos.
No auge da crise migratória europeia em 2015, quase 900 mil migrantes entraram na Alemanha sob a política de portas abertas da chanceler federal Angela Merkel, muitos deles buscando refúgio. No entanto esse número diminuiu constantemente desde então, contribuindo para uma queda geral da migração.
"O declínio da migração para a Alemanha pode ser atribuído principalmente à diminuição do número de migrantes humanitários que chegam ao país", afirmou a OCDE. "A Romênia registrou o maior aumento (mais 8.300), e a Síria a maior redução (menos 103.000) nos fluxos para a Alemanha."
O relatório também mostrou que os alemães estão cada vez mais se mudando para outros países da OCDE. Em 2018, a emigração alemã aumentou 3,3%: "Aproximadamente 16,3% desse grupo migraram para a Suíça, 13,5% para a Áustria e 10% para o Reino Unido."
A Holanda e a Espanha também foram incluídas nos cinco principais destinos para os alemães. Os EUA e a França, no entanto, foram alguns dos poucos Estados que registraram uma queda.
De maneira mais genérica, a migração entre os 36 países da OCDE aumentou ligeiramente em 2018: "A migração familiar e laboral aumentou, enquanto o número de pedidos de refúgio caiu acentuadamente", consta do relatório.
Cerca de 68 milhões de pessoas se encontram atualmente em fuga: pelo mar, pelas montanhas, pelas estradas. A migração afeta todos os continentes. As rotas de fuga são as mais diversas. E todas são desoladoras.
Foto: Imago/ZUMA Press/G. So
Fuga por caminhão
O mais recente movimento migratório tem origem na América Central. Violência e fome levam milhares de pessoas a fugir de Honduras, Nicarágua, El Salvador e Guatemala. O destino: os Estados Unidos da América. Mas lá, o presidente Trump se mobiliza contra os imigrantes indesejados. A maioria dos refugiados permanece na fronteira mexicano-americana.
Foto: Reuters/C. Garcia Rawlins
Refugiados terceirizados
O governo conservador em Camberra não quer ter refugiados no país. Aqueles que conseguem chegar ao quinto continente são rigorosamente deportados. A Austrália assinou acordos com vários países do Pacífico, incluindo Papua Nova Guiné e Nauru, para alocar ali os refugiados em campos, cujas condições são descritas por observadores como catastróficas.
Foto: picture alliance/AP Photo/Hass Hassaballa
Os refugiados esquecidos
Hussein Abo Shanan tem 80 anos. Ele vive há décadas como refugiado palestino na Jordânia. O reino tem apenas dez milhões de habitantes. Entre eles, estão 2,3 milhões de refugiados palestinos registrados. Eles vivem, em parte, desde 1948 no país – após o fim da guerra árabe-israelense. Além disso, existem atualmente cerca de 500 mil imigrantes sírios.
Foto: Getty Images/AFP/A. Abdo
Tolerado pelo vizinho
A Colômbia é a última chance para muitos venezuelanos. Ali, eles vivem em acampamentos como El Camino, nos arredores da capital, Bogotá. As políticas do presidente Nicolás Maduro levaram a Venezuela a não conseguir mais suprir seus cidadãos, por exemplo, com alimentos e medicamentos. As perspectivas de volta a seu país de origem são ruins.
Foto: DW/F. Abondano
Fuga no frio
Pessoas em fuga, como estes homens na foto, tentam repetidamente atravessar a fronteira da Bósnia-Herzegovina para a Croácia. Como membro da União Europeia, a Croácia é o destino dos migrantes. Especialmente no inverno, essa rota nos Bálcãs é perigosa. Neve, gelo e tempestades dificultam a caminhada.
Foto: picture-alliance/A. Emric
Última parada Bangladesh?
Tempo de chuva no campo de refugiados de Kutupalong em Bangladesh. Mulheres da etnia rohingya, que fugiram de Myanmar, protegem-se com seus guarda-chuvas. Mais de um milhão de muçulmanos rohingya fugiram da violência das tropas de Myanmar para o vizinho Bangladesh, um dos países mais pobres do mundo e que está sobrecarregado com a situação. Este é atualmente o maior campo de refugiados do planeta.
Foto: Jibon Ahmed
Vida sem perspectiva
Muitos recursos minerais, solos férteis: a República Centro-Africana tem tudo para estabelecer uma sociedade estável. Mas a guerra no próprio país, os conflitos nos países vizinhos e governos corruptos alimentam a violência na região. Isso faz com que muitas pessoas, como aqui na capital, Bangui, tenham que viver em abrigos.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Blackwell
Chegada à Espanha
Refugiados envoltos em cobertores vermelhos são atendidos pela Cruz Vermelha após sua chegada ao porto de Málaga. 246 imigrantes foram retirados do mar pelo navio de resgate Guadamar Polimnia. Cada vez mais africanos evitam agora a Líbia. Em vez disso, eles tomam a rota do Mediterrâneo Ocidental, a partir da Argélia ou Marrocos.
Foto: picture-alliance/ZUMA Wire/J. Merida
Refugiados sudaneses no Uganda
Por muito tempo, Uganda foi um país dilacerado pela guerra civil. Atualmente, a situação se estabilizou em comparação com outros países africanos. Para esses refugiados do Sudão do Sul, a chegada a Kuluba significa, sobretudo, segurança. Centenas de milhares de sul-sudaneses encontraram refúgio no Uganda.