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EUA e China elevam guerra tarifária em US$ 200 bilhões

1 de setembro de 2019

Após hesitar diante de pressão de firmas americanas preocupadas com os negócios natalinos, Trump mantém data para início de nova rodada de tarifas. Pequim reage. Novas medidas atingem milhares de bens de exportação.

Calçados e caixas empilhados em prateleiras
Calçados estão entre produtos afetados por tarifasFoto: picture-alliance/dpa/N. Schmidt

As novas tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos sobre cerca de 300 bilhões de euros de importações da China entraram em vigor neste domingo (01/09), num novo episódio da guerra comercial entre as duas maiores potências mundiais. Cerca de 125 bilhões de dólares de mercadorias oriundas da China estão sujeitos a taxas alfandegárias de 15%, de acordo com o Departamento de Comércio americano.

Os milhares de itens incluem caixas de som "smart", audiofones bluetooth, livros, fraldas e diversos tipos de calçados. Além disso, está prometida para 15 de dezembro uma nova ofensiva tarifária sobre telefones celulares, laptops, brinquedos e roupas chinesas. No total, mais de dois terços dos bens de consumo que os EUA importam da China são alvo de impostos mais elevados.

Em retaliação, Pequim impôs tarifas adicionais sobre alguns dos cerca de 75 bilhões de dólares em bens americanos listados no fim de agosto para medidas retaliatórias, incluindo 5% sobre o petróleo. Também a partir de domingo, 1.717 produtos dos EUA pagam tarifas extras de 5% e 10%. Outras 3.361 mercadorias enfrentarão imposições semelhantes a partir de 15 de dezembro.

Pressionado por organizações de comércio americanas preocupadas com o efeito da medida sobre os negócios de Natal, o presidente Donald Trump chegou a admitir adiar para janeiro de 2020 a imposição de novas tarifas aduaneiras, mas na noite de sexta-feira confirmou que a medida entraria em vigor à 00h01 de 1º de setembro.

Esta é mais uma etapa na escalada de tarifas aduaneiras entre os EUA e a China, como parte da guerra comercial que se prolonga desde março de 2018, apesar das numerosas rodadas de negociações entre os dois países. Trump a iniciou, acusando Pequim de práticas comerciais desleais, como transferências tecnológicas forçadas de firmas americanas e favorecimento de empresas chinesas com pesados subsídios.

AV/afp,lusa,ap,rtr

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