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EUA e França lançam satélite para monitorar oceanos

16 de dezembro de 2022

Satélite apelidado de Swot usa tecnologia avançada de radar de micro-ondas e irá mapear, também, lagos e rios. Dados ajudarão a entender melhor as mudanças climáticas.

Satélite acoplado ao foguete. Ao fundo, o mar.
Satélite foi lançado a bordo de um foguete SpaceXFoto: Patrick T. Fallon/AFP

Um satélite destinado a mapear os oceanos, lagos e rios do mundo foi lançado em órbita nesta sexta-feira (16/12), com o objetivo de permitir que os cientistas entendam melhor as mudanças climáticas.

Desenvolvido pela França e pelos Estados Unidos, o satélite foi apelidado de Swot, abreviação de Surface Water and Ocean Topography (Água Superficial e Topografia Oceânica).

Ele foi lançado antes do amanhecer, da Vandenberg Space Force Base, na Califórnia, a bordo de um foguete SpaceX.

O satélite usa tecnologia avançada de radar de micro-ondas para coletar medições de oceanos, lagos e rios. Isso é importante porque as mudanças climáticas agravaram as secas, inundações e erosão costeira.

"O Swot medirá a altura da água em corpos de água doce e no oceano em mais de 90% da superfície da Terra", informou a Nasa em comunicado.

Com os dados, será possível analisar como os oceanos influenciam as mudanças climáticas e como um mundo em aquecimento afeta lagos, rios e reservatórios, por exemplo.

Além disso, o satélite deve monitorar localização e velocidade do aumento do nível do mar e a mudança das linhas costeiras, permitindo que os cientistas transmitam informações sobre possíveis inundações.

O satélite também deve ajudar na previsão do tempo, no estudo da topografia dos oceanos e a avaliar como os corpos d'água mudam com o tempo. 

Lançamento ocorreu na Califórnia antes do amanhecerFoto: uncredited/NASA/AP/picture alliance

Parceria com Canadá e Reino Unido

A missão vai durar três anos. A órbita do satélite permitirá que ele cubra a maior parte do globo terrestre aproximadamente a cada três semanas.

O Swot, que orbita o globo a cerca de 890 quilômetros de altitude, foi desenvolvido pela Nasa e pelo Centre National d'Études Spatiales (CNES), da França, a um custo de 1,2 bilhão de dólares, com contribuições das agências espaciais canadense e britânica.

Este ano foi de vários marcos para a Nasa, entre eles, as primeiras fotos do telescópio James Webb, a colisão de uma pequena espaçonave com um asteróide no primeiro teste de uma potencial tecnologia de defesa planetária e o retorno da cápsula Orion da Lua após um voo de teste – primeiro passo para a colonização do nosso satélite natural e, posteriormente, de Marte.

le (Reuters, AP) 

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