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EUA sinalizam que podem ficar mais tempo no Afeganistão

8 de outubro de 2015

Declarações sobre possíveis mudanças no cronograma são dadas poucos dias depois da breve tomada de Kunduz pelo Talibã, o que elevou temores de que as forças afegãs não estejam em condições de garantir segurança do país.

Forças de segurança do Afeganistão ao lado do corpo de um combatente talibã, perto do aeroporto de Kunduz, no norteFoto: Getty Images/AFP/W. Kohsar

Os Estados Unidos e a Otan sinalizaram nesta quinta-feira (08/10) que consideram permanecer por mais tempo no Afeganistão. Pelo plano atual, os americanos vão deixar apenas mil soldados no país depois de 2016, basicamente para a segurança de instalações diplomáticas.

Em Bruxelas, o secretário de Defesa, Ash Carter, disse que questionou aliados sobre a possibilidade. "Um número de países indica ter disposição de mudar seus planos e postura", afirmou Carter depois de um encontro de ministros da Defesa da Otan, na capital belga. Os EUA tem quase 10 mil soldados no Afeganistão. Segundo a Otan, há mais de 6 mil militares não americanos no país.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, também disse haver uma disposição para permanecer por mais tempo no Afeganistão caso necessário. "No encontro de hoje, muitos aliados e ministros expressaram a necessidade de ser flexível e levar em conta a situação de segurança no local ao tomar decisões", disse Stoltenberg. Não há, porém, nada definido, acrescentou.

As declarações de Carter e Stoltenberg foram dadas poucos dias depois da tomada de Kunduz pelo Talibã. Apesar de as forças afegãs terem reconquistado a cidade poucos dias depois, o breve sucesso talibã elevou a preocupação internacional sobre a qualificação das forças de segurança do Afeganistão.

O presidente dos EUA, Barack Obama, aposta que, até o fim de 2016, as forças afegãs estejam em condições de cuidar sozinhas da segurança do país, o que inclui principalmente combater os rebeldes do Talibã, que lutam para retornar ao poder. O governo americano já gastou cerca de 65 bilhões de dólares para treinar as forças afegãs, de cerca de 350 mil militares.

Esta semana, o principal comandante militar dos EUA no Afeganistão, general John Campbell, declarou que a situação no país mudou desde o anúncio do plano de Obama, há dois anos e meio. Campbell disse ter recomendado ao presidente manter mais de mil soldados no Afeganistão depois de 2016, mas não especificou um número.

AS/rtr/dpa/ap

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