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EUA e Reino Unido cobram saída política para Síria

15 de dezembro de 2016

Após reunião da coalizão contra "Estado Islâmico", países afirmam que transição política é a única solução para resolver crise. "Não vemos futuro para Assad na Síria", diz ministro britânico.

Coletiva de Michael Fallon (e) e Ashton Carter
Coletiva de Michael Fallon (e) e Ashton CarterFoto: Reuters/H. McKay

Depois de uma reunião da coalizão internacional contra o "Estado Islâmico" (EI), o ministro da Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, e o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, afirmaram nesta quinta-feira (15/12) que não há futuro para o presidente Bashar al-Assad na Síria e que a tomada de Aleppo não representa uma vitória do regime.

"Não vemos nenhum futuro para o presidente Assad na Síria, mesmo se ele derrotar a oposição em Aleppo. Bombardear hospitais, restringir ajuda humanitária e acabar com um país, onde se controla apenas 40%, não é uma vitória", afirmou Fallon em entrevista coletiva conjunta com o secretário de Defesa americano.

Carter seguiu a mesma linha de Fallon e afirmou que a transição política é o único caminho para acabar com o sofrimento da população síria. Ele acusou a Rússia de apoiar a brutalidade na ofensiva de Assad contra rebeldes em Aleppo.

"Resolver a crise síria significa, em último caso, obter um acordo político. Continuamos trabalhando nessa direção com a oposição moderada. Pedimos ao regime e seus aliados, inclusive a Rússia, que abandonem as táticas destrutivas e voltem à mesa de negociações", acrescentou Fallon.

Ambos disseram ainda que a cúpula com os 14 ministros da Defesa dos países que fazem parte da coalizão contra o EI se concentrou em avançar nas estratégias para derrotar os extremistas na Síria e no Iraque, além de abordar medidas para evitar a dispersão de jihadistas no Ocidente.

Al-Raqqa e Mossul

O chanceler britânico destacou como objetivos imediatos da coalizão a frente de combate aberta em Al-Raqqa, principal reduto do EI na Síria, assim como a ofensiva para retomar Mossul, no Iraque.

Fallon disse que, quando Mossul for libertada, a comunidade internacional terá que fornecer mais do que ajuda humanitária. "Teremos que auxiliar o governo do Iraque a estabelecer os mecanismos adequados para garantir que todos os grupos étnicos e religiosos se sentirão seguros no futuro", detalhou.

O secretário de Defesa dos EUA, por sua vez, destacou que é necessário não só "acabar com o câncer do EI na Síria e no Iraque, mas também com suas metástases ao redor do mundo". Carter disse que a estratégia da coalizão na região funcionou "conforme o previsto" nos últimos meses e defendeu reforço às tropas locais que estão lutando no terreno.

O secretário afirmou ainda que acredita que o presidente eleito Donald Trump continuará a assumir uma posição de liderança na coalizão. "Tenho confiança no futuro da campanha", disse, destacando que ele recomendará que os EUA sigam como líderes para derrotar o EI e proteger a nação.

Representantes de Alemanha, Iraque, Austrália, Nova Zelândia, Bélgica Holanda, Canadá, Dinamarca, Itália, Noruega, Espanha e Turquia também participaram da cúpula.

CN/afp/ap/efe

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