Nove dias após início da campanha militar israelense, Trump anuncia que aviões dos EUA "obliteraram" três instalações nucleares iranianas e ameaça Teerã com mais ataques se regime não aceitar imposição de um acordo.
Trump fez um breve pronunciamento após ataque e ameaçou Irã se país não buscar um acordoFoto: Carlos Barria/Pool/REUTERS
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Os Estados Unidos entraram diretamente no conflito entre Israel e o Irã, marcando uma nova escalada na região nove dias após o início da campanha militar israelense. Segundo anunciou o presidente americano Donald Trump, bombardeios dos EUA destruíram nas últimas horas três instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo subterrâneo de Fordo, que representava um desafio estratégico para os israelenses.
"Concluímos nosso ataque muito bem-sucedido às três instalações nucleares do Irã, incluindo Fordo, Natanz e Isfahan. Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo do Irã. Uma carga completa de bombas foi lançada no local principal, Fordo. Todos os aviões estão a caminho de casa em segurança. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que poderia ter feito isso", escreveu Trump na rede Truth Social na noite de sábado (21/06, no horário de Washington; madrugada de 22/06 no Irã).
Em um breve pronunciamento na Casa Branca, Trump acrescentou que os ataques "obliteraram totalmente e completamente" as instalações e também pressionou os iranianos a aceitarem um novo acordo para encerrar seu programa nuclear. "O Irã, o valentão do Oriente Médio, deve buscar a paz agora”, disse Trump.
"Se não o fizer, os ataques futuros serão muito maiores e muito mais fáceis", acrescentou Trump, que estava acompanhado no pronunciamento pelo vice-presidente J.D. Vance, pelo secretário da Defesa, Pete Hegseth, e pelo secretário de Estado, Marco Rubio.
Já o comando das Forças Armadas dos EUA foi mais comedido nas afirmações na manhã de domingo. "Sei que os danos de batalha são de grande interesse. [A avaliação] dos danos finais de batalha levará algum tempo, mas as avaliações iniciais dos danos indicam que os três locais sofreram danos e destruição extremamente graves", disse o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA.
Os israelenses, que lançaram sua campanha militar contra o Irã na semana passada, sob a justificativa que o regime de Teerã estaria desenvolvendo armas atômicas, afirmaram que estavam "coordenando completamente" os novos ataques com os EUA.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que pressionava Trump a se envolver diretamente no conflito, também agradeceu e parabenizou o presidente americano. "Sua decisão ousada de atacar as instalações nucleares do Irã com a força impressionante e virtuosa dos Estados Unidos mudará a história", disse Netanyahu em uma mensagem dirigida a Trump.
Já o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, alertou em um post na rede X que os ataques dos EUA "terão consequências duradouras" e que Teerã "se reserva todas as opções" para retaliar.
Horas após o anúncio do ataque, mísseis iranianos atingiram áreas no norte e no centro de Israel, deixando pelo menos 23 feridos, de acordo com a imprensa israelense.
Nas horas seguintes ao ataque ao Irã, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU disse no que não detectou nenhum aumento nos níveis de radiação nas imediações das principais instalações nucleares.
“Após os ataques a três instalações nucleares no Irã (...) a AIEA pode confirmar que nenhum aumento nos níveis de radiação fora do local foi relatado até o momento”, publicou o órgão de inspeção nuclear na rede X.
O que se sabe sobre o ataque dos EUA ao Irã
A mídia estatal iraniana confirmou que parte do complexo de Fordo, assim como as instalações nucleares de Isfahan e Natanz, foram atacadas.
No caso do ataque à instalação nuclear de Fordo, os EUA usaram 14 bombas GBU-57A/B, conhecida como "destruidora de bunkers, e que pesam mais de 13 toneladas cada e só podem ser lançadas a partir dos bombardeios B-2.
O complexo de Fordo era considerado o principal desafio da campanha israelense lançada em 13 de junho. Construído sob o solo numa remota região montanhosa do Irã, Fordo era considerado impenetrável pelo aparato militar de Israel e especialistas apontavam que apenas os EUA contavam com equipamento capaz de atingir a instalação.
Vista aérea da entrada do complexo iraniano de Fordo. EUA usaram superbomba contra a instalaçãoFoto: MAXAR TECHNOLOGIES/AFP
Entrada dos EUA ocorre após Trump enviar sinais ambivalentes
Esta é a primeira ação de grande ação militar direta dos EUA contra alvos do Irã em quase quatro décadas.
Antigos aliados, os dois países se tornaram inimigos a partir de 1979, quando o Irã se converteu em um regime fundamentalista islâmico. Nos anos 1980, os EUA chegaram a atacar navios de guerra e plataformas de petróleo iranianas, mas nunca haviam lançado diretamente uma ação militar contra alvos em solo.
O ataque também marca uma reversão nas políticas adotadas por governos anteriores dos EUA, que desde os anos 2010 vinham ceder aos apelos do premiê israelense Benjamin Netanyahu para uma ofensiva militar contra o Irã.
A intervenção direta dos EUA no conflito ocorre após Trump mandar sinais ambivalentes nos últimos dias, que foram interpretados tanto como hesitação quanto dissimulação. Após o início da campanha israelense na semana passada, membros do governo americano afirmaram que a operação havia sido iniciada unilateralmente pelos israelenses, sem participação dos EUA.
Na última semana, Trump chegou a emitir ameaças contra o regime de Teerã, chegando a especular que os EUA poderiam matar o "líder supremo" iraniano, Ali Khamenei, mas também afirmando que a teocracia poderia obter uma saída negociada. Na quinta-feira, Trump também chegou a afirmar que tomaria uma decisão sobre uma eventual entrada nos EUA em "duas semanas", no que chegou a ser encarado como uma abertura para uma solução diplomática.
Uma eventual intervenção também era encarada com oposição entre membros da base do presidente – uma das promessas de campanha do republicano foi não envolver os EUA em guerras no exterior e adotar uma política externa isolacionista. Em maio, Trump também emitiu sinais de que poderia estar se afastando da sua aliança estreita com os israelenses, ao evitar visitar o país em um giro pelo Oriente Médio e ao contrariar Netanyahu ao anunciar o fim das sanções contra a Síria.
No entanto, o ataque desta madrugada mostra que membros do governo dos EUA que advogavam um ataque contra o Irã prevaleceram. Nesta semana, Trump chegou a desautorizar publicamente sua diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, membro da ala isolacionista do governo, que em março havia afirmado não ver evidências de que o Irã estivesse desenvolvendo uma arma nuclear.
O desafio imposto pelo complexo iraniano de Fordo parece ter desempenhado influência decisiva sobre a entrada dos EUA. Com os israelenses incapazes militarmente de atacar o complexo subterrâneo, só mesmo Washington possuía uma arma que poderia ser capaz de destruir a instalação a partir de um ataque aéreo.
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ONU faz alerta e parte da oposição democrata nos EUA critica iniciativa de Trump
Após a entrada dos EUA no conflito, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a ação representa uma "escalada perigosa em uma região que já está no limite — e uma ameaça direta à paz e à segurança internacional".
"Há um risco crescente de que este conflito saia rapidamente do controle — com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo", declarou Guterres, em nota publicada pela ONU.
Nos EUA, alguns membros da oposição democrata criticaram a iniciativa de Trump, destacando que os ataques foram realizados sem o consentimento do Congresso.
A deputada Alexandria Ocasio-Cortez afirmou enxergar a decisão de Trump como uma "grave violação" da Constituição e "motivo para impeachment”.
"Por impulso, ele arrisca lançar uma guerra que pode nos prender por gerações", escreveu a deputada no X.
O deputado Jim McGovern, por sua vez, chamou a situação de "insana". "Trump acabou de bombardear o Irã sem a aprovação do Congresso, arrastando-nos ilegalmente para uma guerra no Oriente Médio. Será que não aprendemos nossa lição?"
Por sua vez, a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, conclamou todos os lados do conflito entre EUA, Israel e Irã a retomarem negociações, ao mesmo tempo em que insistiu que a segurança internacional estaria ameaçada se o Irã desenvolvesse uma arma nuclear.
"Não se deve permitir que o Irã desenvolva uma arma nuclear, pois isso seria uma ameaça à segurança internacional. Peço a todos os lados que recuem, voltem à mesa de negociações e evitem uma nova escalada", escreveu Kallas na rede X.
jps (ots)
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Em ação sem maiores danos, Irã responde a EUA com mísseis no Catar
Em resposta ao bombardeio dos EUA a instalações nucleares, o Irã disparou mísseis contra uma base militar americana no Catar. A ação – "fraca", nas palavras de Donald Trump, que teria sido avisado com antecedência – não deixou feridos. Segundo o Catar, os mísseis foram interceptados. (23/06)
Foto: Stringer/Anadolu/picture alliance
EUA entram na guerra no Irã e atacam instalações nucleares
Nove dias após início da campanha militar israelense, o presidente Donald Trump anuncia que aviões dos EUA "obliteraram" três instalações nucleares iranianas e ameaça Teerã com mais ataques se regime não aceitar imposição de um acordo. Um dos alvos foi o complexo subterrâneo de Fordo (foto). Ataques foram confirmados pelo Irã, mas a extensão dos danos ainda é desconhecida. (22/06)
EUA enviam bombardeiros, e tensão no Oriente Médio escala
Apontados como os únicos capazes de bombardear alvos subterrâneos de difícil acesso no Irã, aviões americanos B-2 foram enviados a Guam, uma ilha no Pacífico. Embora motivo do deslocamento não estivesse claro, ele ocorreu num momento em que o presidente americano Donald Trump avaliava a possibilidade de interferir diretamente na guerra entre Israel e Irã. (21/06)
Foto: Matrixpictures/picture alliance
Parlamento britânico aprova legalização do suicídio assistido
A câmara baixa do Parlamento do Reino Unido aprovou um projeto de lei que permite a adultos com doenças terminais encerrarem voluntariamente suas vidas. A votação representa um passo rumo à legalização do suicídio assistido, sendo considerada uma das mudanças mais significativas na política social britânica em décadas. O procedimento já é legal em países como Espanha e Áustria. (20/06)
A escalada militar entre Israel e Irã se agravou no sétimo dia do conflito, quando um míssel iraniano provocou danos ao principal hospital do sul de Israel e ataques aéreos israelenses atingiram uma importante instalação nuclear iraniana. O centro médico Soroka, na cidade de Bersebá, foi atingido por um míssil balístico, deixando vários feridos. (19/06)
Foto: Tsafrir Abayov/Anadolu /picture alliance
Milhares protestam na Argentina contra prisão de Cristina Kirchner
Apoiadores da ex-presidente da Argentina saíram às ruas em defesa da líder peronista, que começou a cumprir seis anos de prisão domiciliar por corrupção. Os manifestantes se concentraram em frente à casa do governo argentino e se espalharam pelas ruas vizinhas. Em discurso, Kirchner prometeu "voltar com sabedoria", apesar de não poder mais se candidatar a cargos públicos. (18/06).
Foto: Gustavo Garello/AP Photo/picture alliance
PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem por "Abin paralela"
A PF concluiu a investigação sobre esquema de espionagem ilegal de celulares na Abin e indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro. A investigação mira servidores e políticos que teriam monitorado telefones e computadores de desafetos de Jair Bolsonaro durante seu governo. Ele é acusado de se beneficiar do esquema (17/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Agência para refugiados da ONU demitirá 3,5 mil funcionários
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) anunciou que cortará 3,5 mil empregos – quase um terço de seus custos com a força de trabalho – devido à escassez de recursos, e reduzirá a escala de sua ajuda em todo o mundo após uma queda no financiamento à ajuda humanitária, principalmente dos recursos vindos dos EUA sob Donald Trump. (16/06)
Foto: Florian Gaertner/IMAGO
Milhares protestam nos EUA contra Trump
Uma multidão tomou as ruas de 2 mil cidades americanas em oposição à gestão de Donald Trump, acusado de autoritário pelos manifestantes. O envio de forças federais para reprimir protestos em Los Angeles na última semana e a convocação de um desfile militar que acontece neste sábado em Washington também pautaram as críticas nos atos apelidados de "No Kings" (Sem Reis). (14/04)
Foto: Yuki Iwamura/AP/dpa/picture alliance
Israel e Irã trocam agressões em escalada militar
Israel lançou um ataque contra instalações nucleares do Irã, matando 78 pessoas, incluindo três dos chefes militares do país e dezenas de civis. A ofensiva desencadeou uma troca de agressões sem precendentes entre os países. Em retaliação, a República Islâmica disparou dezenas de mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém, furando o Domo de Ferro israelense e ferindo 34 pessoas. (13/06)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Queda de avião na Índia deixa mais de 200 mortos
Um avião da Air India com 242 pessoas a bordo caiu em uma área residencial logo após decolar perto do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Apenas um dos passageiros a bordo sobreviveu. A polícia indiana contabiliza ainda outras 24 vítimas que estavam no solo e morreram no momento do acidente. A causa do acidente está sendo investigada (12/06)
Foto: Ajit Solanki/AP Photo/picture alliance
Ajuda humanitária em Gaza na mira de militares israelenses
Pelo menos 21 palestinos morreram enquanto se dirigiam a locais de distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Entidades denunciam, além da violência, quantidade insuficiente de alimentos, após meses de bloqueio à entrada de itens básicos por Israel. O exército israelense alegou que disparou "tiros de advertência". O número de palestinos mortos em 20 meses de guerra já supera 55 mil. (11/06)
Foto: Saeed Jaras/Middle East Images/AFP/Getty Images
Réu no STF, Bolsonaro é interrogado em processo da trama golpista
Ao longo de dois dias, ex-presidente e outros sete ex-auxiliares acusados de integrar "núcleo crucial" da trama golpista depuseram na Primeira Turma. Político negou ter discutido planos de golpe após perder a eleição e disse que só debateu medidas constitucionais com militares, mas que não editou "minuta do golpe". (10/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Israel detém barco que levava Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila
A Marinha de Israel interceptou um barco que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. O veleiro Madleen, da iniciativa internacional Flotilha da Liberdade, levava 12 ativistas a bordo. Eles foram escoltados até um porto e, segundo o governo israelense, serão deportados. (09/06)
Trump chama militares para reprimir protestos na Califórnia contra prisão de imigrantes
O presidente americano Donald Trump enviou militares da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos que eclodiram na esteira de uma série de operações de detenção de supostos migrantes irregulares. A medida não tem apoio do governo do estado da Califórnia, que acusou Trump de tentar provocar uma crise. (08/06)
Foto: Frederic J. Brown/AFP
Rússia amplia ataques contra 2ª maior cidade da Ucrânia
A Rússia executou diversos ataques no centro de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, deixando cinco civis mortos e mais de 61 feridos, incluindo um bebê e uma adolescente de 14 anos. Bombas planadoras, um míssil e 53 drones atingiram prédios residenciais. O prefeito do município classificou a ação como o ataque mais severo desde o início da guerra. (07/06)
Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS
Marcelo livre
Um juiz americano determinou a libertação do estudante brasileiro Marcelo Gomes da Silva, de 18 anos, que chegou aos Estados Unidos com cinco anos de idade e foi detido pelo Serviço de Imigração (ICE) a caminho de um treino de vôlei. Ele ficou preso por cinco dias, durante os quais dormiu em chão de concreto, sem acesso a chuveiro, acompanhado de homens com o dobro da sua idade. (06/06)
Foto: Rodrique Ngowi/AP
Musk e Trump trocam insultos e rompem relações
Bilionário que atuou como conselheiro da Casa Branca criticou projeto de lei de Orçamento de Trump que prevê cortes de impostos e aumento de gastos batizado pelo presidente como "Big Beautiful Bill". Musk chegou a endossar impeachment de Trump e associou presidente ao pedófilo Jeffrey Epstein. Trump reagiu dizendo que Musk "enlouqueceu" e ameaçou cortar contratos da SpaceX com governo. (05/06)
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Moraes ordena prisão de Carla Zambelli após deputada deixar o país
O ministro do STF acatou pedido da PGR de prisão preventiva contra a deputada federal e determinou a inclusão dela na lista de procurados da Interpol. Moraes determinou bloqueio de salários, bens, contas bancárias e perfis em redes sociais. Parlamentar deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do CNJ. (04/06)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Governo da Holanda desmorona após saída de ultradireitista
Alegando insatisfação com a política migratória, Gert Wilders – também conhecido como "Trump holandês" – e seu partido deixaram coalizão de governo, levando primeiro-ministro Dick Schoof (foto) à renúncia após menos de um ano de mandato. Sem maioria no parlamento, Schoof permanecerá interinamente no cargo até a realização de novas eleições e formação de um novo gabinete. (03/06)
Foto: Peter Dejong/AP/picture alliance
Conservador Karol Nawrocki vence eleição presidencial na Polônia
Resultado é derrota para o governo do primeiro-ministro Donald Tusk e deve dificultar andamento de políticas pró-União Europeia. Apoiado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), Nawrocki poderá vetar leis e desgastar o governo com bloqueios no Parlamento. Aliança frágil de Tusk pode não resistir até 2027. (02/06)
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