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EUA enviam prisioneiro de Guantánamo de volta ao Marrocos

18 de setembro de 2015

Marroquino estava detido há 13 anos em prisão amplamente criticada pelo tratamento dado aos detentos. Sua libertação seria parte dos esforços para o fechamento das instalações em Cuba.

Symbolbild Guantanamo
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Dharapak

O Pentágono informou nesta quinta-feira (17/09) que os Estados Unidos entregaram às autoridades marroquinas um detento da prisão de Guantánamo, como parte dos esforços para o fechamento das instalações em Cuba.

Younis Abdurrahman Chekkouri, que estava preso pelas nos EUA há treze anos, foi enviado ao seu país de origem após seis departamentos e agências governamentais, além do Congresso americano, aprovarem a sua soltura.

Após chegar ao Marrocos, Chekkouri, de 47 anos, foi levado para um "local não revelado", onde está sob custódia, segundo seus representantes da organização de direitos humanos Reprieve. Eles afirmam que não lhes foi permitido entrar em contato com o homem "desde que os EUA o entregaram às autoridades marroquinas".

Entretanto, a organização conseguiu contatar um irmão de Chekkouri, que teria lhes dito que o ex-prisioneiro "aparentava estar OK e bem disposto", segundo informou o advogado da Reprieve Cori Crider. Ele diz esperar que seu cliente "não seja detido por um período prolongado".

No passado, prisioneiros libertados de Guantánamo passavam dias ou até semanas sob verificações médicas e investigações, antes de serem liberados pelos governos de seus países.

Chekkouri foi preso no Afeganistão em 2001, sob suspeita de associação a Osama Bin Laden e de liderar campos de treinamento da Al Qaeda no país. Ele foi transferido para Guantánamo em 2002, mas não chegou a ser acusado formalmente por nenhum crime.

O prisioneiro adotou um comportamento discreto durante sua detenção. Passava a maior parte do tempo nas áreas comuns destinadas aos detentos considerados "mais obedientes".

Após sua libertação, a população carcerária em Guantánamo passa a ser de 115 presos, menos da metade do total em 2009, quando Barack Obama assumiu a presidência dos EUA. Mais de 50 prisioneiros tiveram as acusações contra eles retiradas, mas ainda aguardam aprovação final das autoridades para que sejam libertados.

A prisão de Guantánamo tem sido alvo de fortes críticas em razão do tratamento dado aos detentos. Durante sua primeira campanha presidencial, Obama prometeu fechar o local, mas enfrenta obstáculos políticos e burocráticos.

RC/ap/afp/rtr

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