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EUA iniciam maior campanha de vacinação de sua história

14 de dezembro de 2020

Primeiros lotes da vacina Pfizer-BioNTech são distribuídos em gigantesca operação de logística. Doses iniciais são aplicadas em profissionais de saúde, enquanto total de vítimas da covid-19 chega a quase 300 mil.

Enfermeira Sandra Lindsay, recebe dose da vacina contra covid-19. Profissionais de saúde são prioridade.
Enfermeira Sandra Lindsay recebe dose da vacina contra covid-19. Profissionais de saúde são prioridade.Foto: Mark Lenninhan/AFP/Getty Images

Os Estados Unidos deram início nesta segunda-feira (14/12) ao maior programa de vacinação de sua história, com a distribuição dos primeiros carregamentos do imunizante contra a covid-19 para uma série de hospitais e centros de saúde.

As primeiras doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BionNTech já começam a ser aplicadas em diversas partes do país.

A enfermeira Sandra Lindsay, que atua em unidade de terapia intensiva do hospital Long Island Jewish Medical Center, no bairro do Queens, em Nova York, foi a primeira cidadã da cidade a ser imunizada.

"Espero que isto marque o início do fim de um período muito doloroso em nossa história", declarou a profissional após receber a injeção, num evento transmitido pela TV.

Lindsay agradeceu a todos os trabalhadores da linha de frente no mundo que, como ela, lutaram e continuam lutando contra a covid-19. Só no estado de Nova York a doença já fez mais de 35 mil vítimas. "Quero incutir confiança na população de que a vacina é segura", afirmou a enfermeira, ressaltando que acredita na ciência e que seu trabalho é guiado por ela.

"Arma para acabar com a guerra"

"Acredito que esta seja a arma que acabará com a guerra. É o início do último capítulo do livro", destacou o governador Andrew Cuomo, momentos antes de Lindsay receber a vacina.

Por videoconferência, o governador agradeceu aos profissionais da saúde e aos trabalhadores da linha de frente por seu trabalho, que chamou de "heróis", e destacou que deseja distribuir o imunizante o mais rápido possível.

No fim de semana, as agências reguladoras americanas deram a aprovação final  ao imunizante, que nos testes clínicos comprovou sua eficácia de 95%.

O início da campanha ocorre no momento em que o número de mortos pelo coronavírus no país se aproxima da marca de 300 mil. "Esta é uma luz no fim do túnel, mas o túnel é longo”, disse o governador de Nova York, Mario Cuomo.  

Operação de logística sem precedentes

O lote inicial de 2,9 milhões de doses da vacina partiram da sede da Pfizer em Kalamazoo, no estado do Michigan, neste domingo, em caminhões equipados com gelo seco para manter a temperatura necessária para a conservação do produto.

Depois, o material foi transportado para aviões das empresas Fedex e UPS, que deram prosseguimento aos esforços para a distribuição do imunizante.

Depois de os carregamentos chegarem aos centros de distribuição, cabe aos governos estaduais administrarem seus próprios programas de vacinação e decidirem para quais locais serão enviadas as vacinas.

Comboio escoltado deixa a sede da Pfizer em Kalamazoo com primeiro lote de vacinas contra covid-19Foto: Jeff Kowaslky/AFP via Getty Images

As primeiras doses estão sendo aplicadas em profissionais de saúde que trabalham em condições de alto risco e pessoas internadas em casas de repouso. As injeções podem causar febre temporária, cansaço e dores, o que pode levar alguns hospitais a escalonar a vacinação de seus funcionários.

Em torno de 145 locais em todos os 50 estados americanos devem receber as primeiras doses nesta segunda-feira. Nos próximos dias, o imunizante deve chegar a outras centenas de localidades, segundo as Forças Armadas americanas, que ajudam na logística da distribuição.

Resistência de parte da população

"Essa é a distribuição de vacinas mais difícil da história”, afirmou o chefe da Saúde Pública nos EUA, Jerome Adams. Ele alertou, contudo, que deverá haver alguns entraves e pediu paciência aos americanos.

Entretanto, uma parcela da população ainda demonstra receio e aguarda para ver a adesão dos médicos e enfermeiros ao programa de vacinação.

Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa de Saúde Pública dos EUA em parceria com a agência de notícias Associated Press revelou que apenas metade dos americanos deseja ser vacinada, enquanto um quarto diz rejeitar o imunizante e os demais, não sabem.

RC/ap/rtr/dpa

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