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EUA, México e Canadá vão sediar Copa de 2026

13 de junho de 2018

Congresso da Fifa decide por inédita candidatura tripla para o Mundial. Com infraestrutura de estádios e transporte pronta, países prometeram realizar o evento com baixos custos.

Congresso da Fifa em Moscou: apoio amplo à candidatura norte-americana
Congresso da Fifa em Moscou: apoio amplo à candidatura norte-americanaFoto: picture-alliance/dpa/A. Zemlianichenko

A Fifa decidiu, em congresso nesta quarta-feira (13/06) em Moscou, que a candidatura conjunta entre México, Estados Unidos e Canadá sediará a Copa do Mundo de 2026.

A vitória sobre o Marrocos, único adversário, foi ampla: 134 votos contra 65 (um delegado se absteve). Contou na escolha sobretudo o fato de a tríplice candidatura não demandar grande investimento. 

Um dos motivos é que, nos EUA (onde serão 75% do evento), México e Canadá  a infraestrutura esportiva e de transporte já está praticamente pronta.

O valor estimado pelos três países é de 2,16 bilhões de dólares , já levando em conta a inflação até lá. Como comparação, a Rússia, sede de 2018, já desembolsou mais de 11 bilhões, segundo o governo. Estima-se que o Brasil tenha gastado cerca de 10 bilhões.

Após as polêmicas escolhas de Rússia e Catar para organizar os Mundiais de 2018 e 2022, a entidade máxima do futebol tentou realizar uma eleição mais transparente.

Foram contabilizados votos de 207 delegados de federações, não mais dos 22 membros do Comitê Executivo. Os quatro países envolvidos ficaram de fora da votação. O processo, porém, não foi livre de polêmica.

Os marroquinos, únicos concorrentes, reclamaram do discurso do presidente americano, Donald Trump, que ameaçou, em postagem no Twitter, considerar traição os aliados que não votarem na candidatura conjunta da América do Norte. O recado foi especialmente para os africanos, que consideram ajudar em bloco a chapa do vizinho continental.

"Espero que todos os países africanos, e do resto do mundo, que são nossos aliados apoiem sabiamente a nossa candidatura. Vigiaremos de perto qualquer ajuda que nos deem", escreveu o presidente americano.

Além disso, a Fifa rejeitou o pedido de Marrocos para tirar direito de voto de Guam, Ilhas Virgens e Porto Rico, pela dependência política dos Estados Unidos. A requisição, no entanto, não teve sucesso, pois elas são consideradas federações independentes pela entidade.

Os dois projetos chegaram a esta disputa final após serem avaliadas por uma comissão independente. O grande trunfo dos norte-americanos foi  a projeção de faturamento para o evento, o dobro do rival: US$ 14,3 bilhões contra US$ 7,2 bilhões.

Os Estados Unidos serão os grandes beneficiados, já que devem receber 60 dos 80 jogos do novo formato de Mundial, que contará com 48 seleções a partir de 2026.

A Copa será em dez cidades americanas, três canadenses e três mexicanas. O México, que já foi sede em 1970 e 1986, será o primeiro país da história a receber por três vezes o torneio.

RPR/rtr/efe/ap

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