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EUA não vão se intimidar, diz Obama

5 de dezembro de 2015

Presidente americano afirma que país "não será aterrorizado" e reitera apelo por leis de armas mais rígidas. Declaração se segue à alegação de que "Estado Islâmico" teria inspirado tiroteio em San Bernardino.

Na Casa Branca, Obama fala sobre tiroteio em San BernardinoFoto: Reuters/K. Lamarque

O presidente americano, Barack Obama, prometeu neste sábado (05/12) que os investigadores vão "chegar ao fundo" para saber como e por que um casal devotadamente religioso perpetrou um massacre no sul da Califórnia, matando 14 pessoas.

O autointitulado grupo terrorista "Estado Islâmico", que controla territórios no Iraque e na Síria e prega uma forma extrema e violenta do islã, reivindicou neste sábado que o casal envolvido no massacre, o americano Syed Rizwan Farook, de 28 anos, e sua esposa, a paquistanesa Tashfeen Mali (29), eram seguidores do movimento jihadista.

Depois do ataque à festa de fim de ano de funcionários do departamento de saúde de San Bernardino, os dois morreram em troca de tiros com a polícia da cidade, cerca de 60 quilômetros a leste de Los Angeles.

"Dois seguidores do 'Estado Islâmico' atacaram alguns dias atrás um centro em San Bernardino", anunciou neste sábado a rádio online al-Bayan, mantida pelo grupo terrorista.

O presidente americano informou que os investigadores estão procurando possíveis ligações com jihadistas no Oriente Médio. "É absolutamente possível que esses dois agressores tenham sido radicalizados para cometer este ato de terrorismo", declarou Obama.

O FBI (a polícia federal americana), no entanto, aposta que os assassinos tenham sido inspirados pelo grupo jihadista, mas que não trabalhavam sob ordens do EI. James Comey, diretor da agência, afirmou que as evidências apontam para a "radicalização de assassinos e de potencial inspiração" por um grupo terrorista estrangeiro.

Armas em posse do casal de atiradores recuperadas pela políciaFoto: picture-alliance/dpa/San Bernardino County Sheriff

"Baseados na informação e nos fatos disponíveis, estamos investigando estes atos terríveis como terrorismo", declarou David Bowdich, diretor-assistente do FBI em Los Angeles. CNN e outros meios de comunicação relataram mensagens postadas no Facebook onde Malik teria jurado fidelidade ao autoproclamado califa e líder do "Estado Islâmico", Abu Bakr al-Baghdadi.

O FBI afirmou que os vários sinais de preparativos avançados – como um verdadeiro arsenal e esconderijo de munição – mostram que houve um considerável planejamento prévio antes de o casal atacar a festa dos funcionários do departamento de saúde da cidade.

Mas não foi descoberta até agora nenhuma prova sugerindo que os assassinos fariam "parte de um grupo maior organizado ou de uma célula", informou Comey na sexta-feira. "Não existe nenhuma indicação de que eles façam parte de uma rede."

Obama apela por leis de armas mais rígidas

Na residência do casal, as autoridades americanas disseram que recuperaram dois rifles de assalto, duas pistolas semiautomáticas, 6.100 cartuchos de munição e 12 bombas caseiras.

Em seu discurso, Obama atribuiu grande parte da culpa pelos massacres às frouxas leis de armas de fogo do país, que permitem a civis comprar rifles e pistolas de alta potência com pouca supervisão ou regulação.

"Sabemos que os assassinos em San Bernardino usaram armas de assalto do tipo militar – armas de guerra – para matar tantas pessoas quanto pudessem", esclareceu o presidente. "É mais um lembrete trágico de que aqui nos EUA é muito fácil para pessoas perigosas ter acesso a uma arma."

As autoridades disseram que os rifles e pistolas semiautomáticos e milhares de cartuchos de munição encontrados com o casal morto foram comprados legalmente.

CA/rtr/afp/dw

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