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EUA oferecem US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia

11 de fevereiro de 2023

Valor não consta da declaração final, mas é confirmado por participante do encontro entre Lula e Biden na Casa Branca. Aporte é bem inferior ao de Noruega e Alemanha.

Joe Biden recebe Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Branca
Biden recebeu Lula na Casa BrancaFoto: Andrew Harrer/CNP/picture alliance

Os Estados Unidos pretendem contribuir com o Fundo Amazônia com uma doação inicial de 50 milhões de dólares (R$ 270 milhões), declarou um diplomata brasileiro, nesta sexta-feira (10/02), sob anonimato, à agência de notícias Reuters, após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden na Casa Branca.

O comunicado conjunto divulgado após a reunião não especifica um valor, mas indica que os EUA anunciaram a intenção de fornecer recursos para programas de proteção da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia.

O valor oferecido pelos EUA é bem inferior aos cerca de R$ 3 bilhões já aportados pela Noruega e também aos 200 milhões de euros oferecidos recentemente pela Alemanha, no âmbito da visita do chanceler federal Olaf Scholz ao Brasil.

À saída da Casa Branca, Lula disse que não falou especificamente sobre o Fundo Amazônia com Biden, mas sobre a importância de os países ricos financiarem ações de preservação ambiental em países em desenvolvimento.

"Eu queria muito que o presidente Biden participasse na construção de um fundo com todos os países desenvolvidos do mundo para que possamos cuidar melhor do nosso planeta. O que queremos mesmo é extrair da biodiversidade amazônica algo que possa significar uma melhora na qualidade de vida das 25 milhões de pessoas que lá vivem", destacou.

Mesmo assim, o presidente brasileiro se disse convencido de que os EUA vão participar. "Senti muita vontade [de Biden]. O que posso afirmar é que ele vai participar do fundo amazônico", declarou Lula.

Recursos suspensos

O Fundo Amazônia foi criado em 2009, no governo de Lula, para ajudar no combate ao desmatamento da floresta e é financiado principalmente pela Noruega e também pela Alemanha. 

Contudo, esses dois países congelaram suas contribuições para o fundo devido ao avanço do desmatamento na Amazônia no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas manifestaram o desejo de retomá-las com Lula de volta ao poder.

Na comitiva de Lula na Casa Branca estavam os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Anielle Franco (Igualdade Racial), além do assessor especial Celso Amorim e do secretário Marcio Elias Rosa.

Do lado americano estavam presentes o secretário de Estado, Antony Blinken, do Tesouro, Janet Yellen, além do enviado especial para o clima, John Kerry, e do conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.

as (Lusa, Reuters, Agência Brasil)

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