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EUA pedem ajuda à China contra ciberataques, diz jornal

21 de dezembro de 2014

De acordo com o jornal "The New York Times", cooperação com Pequim pode ser decisiva para evitar ataques de hackers da Coreia do Norte, como o que ocorreu contra Sony Pictures, atribuído por Washington a Pyongyang.

Sony Absetzung The Interview - Affäre Nordkorea
Foto: AFP/Getty Images

Após o ataque de hackers contra a Sony Pictures, atribuído à Coreia do Norte, os Estados Unidos pediram apoio ao governo chinês para que bloqueie futuros ataques cibernéticos por parte de Pyongyang, informou neste domingo (21/12) o jornal The New York Times.

Segundo o jornal, uma cooperação com Pequim tem importância decisiva, já que praticamente todas as telecomunicações da Coreia do Norte passam pelas redes operadas pela China, escreveu o New York Times, citando um funcionário do governo americano.

No entanto, o jornal informou que ainda não está claro se a China vai prestar ajuda, já que entre Washington e Pequim também existem tensões em torno de ataques cibernéticos.

Em entrevista, Obama classifica ciberataque de "vandalismo"Foto: Reuters/K. Lamarque

Em maio último, o Departamento de Justiça dos EUA processou cinco hackers por roubo de importantes dados de empresas americanas. Esses hackers teriam trabalhado, possivelmente, para os militares chineses.

Possível volta à lista negra americana

Após o ataque cibernético e ameaças terroristas contra salas de cinema, a Sony Pictures cancelou a estreia de uma sátira em que dois jornalistas eram contratados para executar um complô de morte contra o líder norte-coreano, que no filme não se chama Kim Jong-un, mas se parecia exatamente com o atual ditador.

Em entrevista à emissora CNN neste domingo, o presidente americano, Barack Obama, classificou o ataque de "vandalismo" por parte da Coreia do Norte, mas não de "um ato de guerra". Com vista ao cancelamento da estreia do filme A entrevista, Obama declarou que o ataque teria sido "muito caro". "Levamos isso muito a sério", completou.

Obama afirmou ainda que sua administração está examinando os fatos para determinar se a Coreia do Norte deve voltar a ser classificada como um Estado que apoia o terrorismo. Após duas décadas, o país tinha saído da lista americana em 2008, quando o então presidente George W. Bush optou pela remoção para facilitar o diálogo sobre política nuclear.

Na sexta-feira, o presidente americano havia responsabilizado diretamente a Coreia do Norte pelo ciberataque, anunciando "uma resposta adequada ao ataque cibernético".

Reação norte-coreana

Neste domingo, a Coreia do Norte acirrou o tom contra os EUA. Em Pyongyang, a Comissão de Defesa Nacional advertiu que "as Forças Armadas e a população estão preparadas para um confronto com os EUA em todas as frentes de guerra, inclusive no ciberespaço bélico, para explodir essas cidadelas."

De acordo com a declaração, divulgada em inglês pela mídia estatal norte-coreana, a retaliação dirige-se abertamente contra a Casa Branca, o Pentágono e todo o espaço continental dos EUA.

A Coreia do Norte reiterou não ter nenhuma relação com o ciberataque à Sony Pictures. A declaração deste domingo é uma resposta às acusações americanas de que Pyongyang estaria envolvido no ataque cibernético.

CA/dpa/afp

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