Conselho de Segurança deverá se reunir já nesta quarta-feira para debater novo teste, que Estados Unidos agora afirmam que se trata mesmo de um míssil balístico intercontinental.
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A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, pediu nesta terça-feira (04/07) uma reunião urgente do Conselho de Segurança para abordar o novo lançamento de um míssil pela Coreia do Norte. A reunião a porta fechadas foi marcada para esta quarta-feira, segundo os EUA.
O pedido foi feito depois de a Coreia do Norte ter divulgado a realização de um teste bem-sucedido de um míssil balístico intercontinental. Os Estados Unidos inicialmente minimizaram o alcance do míssil, afirmando que se tratava de um projétil de médio alcance. Porém, mais tarde o Pentágono confirmou que se trata mesmo de um míssil balístico intercontinental, confirmando informação adiantada pela agência de notícias Reuters e pela emissora de televisão Fox News.
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse que é necessária uma ação global para bloquear a Coreia do Norte. "Qualquer país que hospede trabalhadores convidados da Coreia do Norte, que forneça algum tipo de benefício econômico ou militar ou não cumpra a total implementação de resoluções do Conselho de Segurança está ajudando e beneficiando um regime perigoso", afirmou. Ele acrescentou que os Estados Unidos jamais vão aceitar que a Coreia do Norte tenha armas nucleares.
Este foi o 11º teste realizado pela Coreia do Norte desde o início do ano. O míssil voou por mais tempo do que todos os outros testados pelo regime de Kim Jong-un até então, um total de 37 minutos. Segundo analistas, isso significa que a Coreia do Norte estaria em condições de atingir o Alasca. Em janeiro, o presidente Donald Trump afirmara que isso jamais aconteceria.
AS/efe/lusa/rtr/ap
Qual o poder de fogo da Coreia do Norte?
Pyongyang prometeu responder a qualquer provocação militar após EUA sinalizarem disposição de agir contra o regime. Qual a real força desse Exército que desafia potências internacionais?
Foto: Reuters/S. Sagolj
Um dos maiores exércitos do mundo
Com 700 mil homens na ativa e outros 4,5 milhões na reserva, a Corea do Norte pode convocar a qualquer momento um quarto de sua população para a guerra. Todos os homens do país devem passar por algum tipo de treinamento militar e estar sempre disponíveis para pegar em armas. Estima-se que as tropas norte-coreanas tenham superioridade de 2 para 1 em relação à Coreia do Sul.
Foto: Getty Images/AFP/E. Jones
Um arsenal de respeito
Segundo o índice Global Firepower de 2016, o país possui 70 submarinos, 4,2 mil tanques, 458 aviões de combate e 572 aeronaves de outros tipos. Um arsenal bastante considerável. Esta imagem de 2013 mostra o líder Kim Jong-un ordenando que os mísseis do país estivessem prontos para atacar os EUA e a Coreia do Sul a qualquer momento.
Foto: picture-alliance/dpa
Poder balístico
Os mísseis aqui mostrados foram exibidos no desfile do dia 15 de abril de 2017, juntamente a outros que passaram sob o olhar do líder Kim Jong-un. Existe, porém, a suspeita de que muitos eram apenas maquetes para impressionar o mundo. Mesmo assim, a capacidade balística do país asiático não deve ser menosprezada.
Foto: Gettty Images/AFP/E. Jones
Coloridas e maciças demonstrações de força
Todos os anos, milhares de soldados e civis desfilam pelas ruas de Pyongyang em paradas militares. A maior destas, no chamado Dia do Sol, honra a memória de Kim Il-sung, patriarca do clã que governa o país desde sua fundação e avô de Kim Jong-un. Os preparativos para os desfiles espetaculares podem levar vários meses.
Foto: picture-alliance/dpa/KCNA
Testes nucleares
Apesar da pressão internacional, a Coreia do Norte não esconde suas ambições nucleares. Além dos testes com mísseis balísticos, Pyongyang realizou em cinco ocasiões os chamados ensaios nucleares, duas vezes apenas em 2016. O país sustenta que a última ogiva a ser testada pode ser lançada de um foguete, algo que especialistas consideram pouco provável. Ao menos até o momento.
Foto: picture-alliance/dpa/KCNA
Unidades femininas
Do contingente militar norte-coreano, 10% é composto por mulheres. Elas servem em unidades especiais diferenciadas e devem prestar serviços ao exército por até sete anos, segundo uma lei aprovada em 2003. É possível ver algumas delas patrulhando as ruas com sapatos de salto alto.
Foto: picture-alliance/AP Photo/W. Maye-E
Os inimigos de Pyongyang
Além dos EUA, a Coreia do Norte também considera como grandes inimigos a Coreia do Sul e o Japão. Pyongyang vê os exercícios militares americanos na Península da Coreia como uma ameaça à sua população, afirmando se tratar de uma preparação para uma iminente invasão de seu território.
Foto: Reuters/K. Hong-Ji
Preparação permanente
As Forças Armadas norte-coreanas treinam permanentemente em frentes distintas para estar prontas para o combate. O legado da Guerra da Coreia, que dividiu a península em dois países ainda unidos por um passado comum, é sentido até os dias de hoje. Na imagem, desembarque de embarcações anfíbias de unidades navais em local desconhecido na Coreia do Norte.
Foto: Reuters/KCNA
Fim da paciência americana?
Em abril de 2017, os Estados Unidos disseram ter enviado o porta-aviões Carl Vinson (foto) à Península da Coreia, sinalizando possíveis medidas contra Pyongyang. A Coreia do Norte afirmou estar pronta para qualquer tipo de guerra. Fontes de serviços de inteligência afirmam que os norte-coreanos estão a menos de dois anos de conseguir obter poder suficiente para lançar mísseis contra os EUA.