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EUA podem ceder na guerra comercial com a UE

(gh)18 de abril de 2002

Embaixador norte-americano na Alemanha diz que país reconhecerá decisão da OMC sobre subsídios às exportações.Sobretaxas do aço serão revisadas em 18 meses.

Logotipo da Organização Mundial do Comércio

Os Estados Unidos querem abrir caminho para um acordo no conflito comercial com a União Européia. "As sobretaxas de importação do aço serão revisadas em 18 meses. Então, será decidido, se serão mantidas, revogadas ou modificadas", disse o embaixador norte-americano na Alemanha, Rockwell Schnabel, em entrevista ao Financial Times Deutschland, nesta quinta-feira (18).

Schnabel também declarou que, na briga pela lei de subsídios às exportações norte-americanas, conhecida pelas iniciais FSC (de Foreign Sales Corporation), os EUA estão dispostos a reconhecer uma decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) e, consequentemente, a alterar a legislação tributária. O tom de Schnabel em relação a UE é bem mais moderado do que tem sido o do representante de Comércio dos EUA, Robert Zoellick.

Subsídios - No caso da FSC, a União Européia pediu à OMC, em Genebra, sanções econômicas no valor de 4 bilhões de dólares contra os Estados Unidos. Zoellick comparou esse pedido ao "uso de uma arma nuclear" contra o sistema de livre comércio internacional. "Ninguém quer tornar o problema maior do que é na realidade", disse Schnabel.

Os europeus avaliam em US$ 4 bilhões o total do benefício fiscal concedido a grandes corporações multinacionais como Boeing, General Electric, Microsoft e Motorola, Caterpillar e Kodak. Os especialistas acreditam que o montante de sanções que a UE será autorizada a impor será menor do que o valor estimado dos subsídios. Uma decisão da OMC sobre o assunto está sendo esperada ainda para este mês de abril.

Nesta sexta-feira (19), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realiza a quarta rodada de negociações sobre a redução da produção mundial de aço. Essas negociações foram iniciadas pela UE muito antes de os EUA sobretaxarem as importações de aço, mas ainda não há acordo em vista.

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