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EUA: Rússia perdeu 20 mil combatentes desde dezembro

2 de maio de 2023

Casa Branca afirma que ofensiva na cidade ucraniana de Bakhmut "saiu pela culatra". Em entrevista, chefe do Grupo Wagner diz haver elevado número de mortos e pede munição.

Focos de fumaça em Bakhmut após ataques russos
Vista aérea de Bakhmut, cidade ucraniana que é disputada por tropas russas e ucranianasFoto: RIA Novosti/Sputnik/SNA/IMAGO

Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira (1º/05) que o número de combatentes russos mortos na Ucrânia desde dezembro passa de 20 mil, metade dos quais eram mercenários contratados pelo grupo paramilitar Wagner, e que os feridos ultrapassam os 80 mil.

A Casa Branca afirmou que a Rússia sofreu um agravamento das perdas desde que suas tropas intensificaram, em dezembro passado, a ofensiva para tomar a cidade ucraniana de Bakhmut. "A ofensiva russa saiu pela culatra", disse o porta-voz John Kirby.

Questionado sobre as perdas do lado ucraniano, Kirby escusou-se a revelar o número, dizendo que os EUA nunca divulgam esses números para não prejudicar o moral das tropas e dos cidadãos ucranianos.

Chefe do Wagner fala em "pilhas de corpos"

As declarações de Kirby foram feitas apenas dois dias depois de o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ameaçar retirar seus mercenários da cidade ucraniana de Bakhmut, um dos epicentros da guerra na Ucrânia, devido às fortes baixas e a falta de munição.

"Todos os dias temos pilhas de milhares de corpos que colocamos em caixões para enviar para casa", disse Prigozhin em entrevista ao blogueiro russo Semyon Pegov, especializado em assuntos militares.

Prigozhin confirmou que escreveu ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu, para pedir mais munição. "Se não conseguirmos resolver a falta de munições, teremos de recuar ou morrer para não acabarmos fugindo como ratos", alertou.

Segundo o chefe do grupo Wagner, a retirada de parte das suas tropas significaria o colapso da frente de Bakhmut, com o consequente impacto em toda a linha de combates na região.

Na mesma entrevista, publicada na rede social Telegram, Prigozhin afirmou que o Grupo Wagner vai deixar de existir em pouco tempo.

A entrevista foi publicada no sábado passado, mas não ficou claro quando ela foi feita. Prigozhin, que é próximo ao presidente Vladimir Putin e critica abertamente os militares russos pela condução da guerra na Ucrânia, já deu declarações polêmicas antes e, mais tarde, recuou.

Nesta segunda-feira, ele reiterou o pedido por mais munição e disse que o Grupo Wagner avançou cerca de 120 metros em Bakhmut, tendo perdido 86 homens.

as/lf (Lusa, DPA, AFP, Reuters)

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