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EUA rejeitam solução de Assad para conflito na Síria

7 de janeiro de 2013

Proposta do presidente está "desligada da realidade" e teria como único resultado continuar a sangrenta repressão ao povo sírio, afirma o governo norte-americano.

Foto: REUTERS/Sana

Os Estados Unidos rejeitaram a solução política para a guerra civil síria apresentada pelo presidente Bashar al-Assad neste domingo (06/01). Para a porta-voz da diplomacia norte-americana, Victoria Nuland, os planos de Assad estão "desligados da realidade" e permitiriam que o regime prosseguisse com a repressão aos oposicionistas.

Nuland afirma que o discurso de Assad "é mais uma tentativa do regime para se agarrar ao poder e não faz nada para alcançar o objetivo do povo sírio, que quer uma transição política". Segundo ela, Assad perdeu a legitimidade e deve renunciar. Só assim seria possível a transição para um governo democrático.

No discurso deste domingo, Assad apresentou um plano para acabar com o conflito no país, incluindo reformas políticas, mas disse que só o colocará em prática quando acabar a "conspiração internacional" que financia os "terroristas". Caso contrário, só resta a resposta militar. "Dialogaremos com quem tiver princípios de patriotismo e não quiser vender o país aos inimigos", declarou o presidente sírio.

Ainda de acordo com Nuland, a iniciativa de Assad mina os esforços do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, que os EUA continuarão a apoiar. Para alcançar a paz, Brahimi vem buscando o consenso dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, assim como a aprovação da Liga Árabe da Assembleia Geral da ONU.

Assad está no governo há mais de 12 anos. A guerra civil começou em março de 2011 e já causou a morte de mais de 60 mil pessoas, pelos cálculos da ONU.

MC/lusa/rtr/ap
Revisão: Luisa Frey / Alexandre Schossler

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