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EUA retiram Cuba de lista negra sobre tráfico humano

27 de julho de 2015

Relatório do Departamento de Estado americano ressalta que Cuba fez esforços significativos, apesar de ainda não ter eliminado o problema. País deixa o pior nível de classificação pela primeira vez em 13 anos.

Foto: Reuters/A. Harnik

Os Estados Unidos removeram Cuba da lista de países com o pior desempenho no combate ao tráfico humano. É a primeira vez que a ilha caribenha muda de posição desde que foi incluída no ranking, em 2003.

O relatório anual do Departamento de Estado americano, divulgado nesta segunda-feira (27/07), é usado como referência para imposição de sanções aos países piores classificados.

Cuba foi transferida para uma categoria denominada "observação especial", junto com Bolívia, Costa Rica, Haiti e China. "O governo de Cuba não cumpre integralmente com todos os requisitos mínimos para a eliminação do tráfico de pessoas, mas está fazendo esforços significativos", ressalta o documento.

De acordo com a Casa Branca, Cuba demonstrou empenho no combate ao tráfico sexual nos últimos dois anos. O relatório recomenda que o país aprove uma lei específica sobre o tráfico humano e "investigue e processe com rigor" os envolvidos.

"Nós nos preocupamos com o fato de Cuba não ter reconhecido o trabalho forçado como um problema", afirmou a subsecretária de Estado americana para a Democracia e os Direitos Humanos, Sarah Sewall.

O relatório foi divulgado uma semana depois de EUA e Cuba restabeleceram as relações diplomáticas, suspensas por mais de meio século, e dois meses após a Casa Branca retirar a ilha caribenha da lista de países que patrocinam o terrorismo.

Controvérsia sobre a Malásia

A Malásia foi removida da lista negra dos EUA sobre tráfico humano sob protesto de grupos de direitos humanos e de deputados e senadores americanos. Segundo eles, a decisão foi tomada para facilitar a assinatura da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), um acordo comercial entre os EUA e outros 11 países, entre eles a Malásia.

Em junho, o Congresso americano aprovou uma lei que dá poderes amplos de negociação comercial ao presidente Barack Obama, mas proíbe a participação de países que se encontram na pior colocação do ranking (o nível 3), onde a Malásia se encontrava.

Sudão do Sul, Burundi, Belize, Belarus e Comores foram rebaixados para o nível 3, onde já estão incluídos países como Venezuela, Irã, Zimbábue e Coreia do Norte. A Tailândia ficou entre os piores avaliados pelo segundo ano consecutivo.

KG/rtr/efe

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