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EUA superam 4 milhões de casos confirmados de covid-19

24 de julho de 2020

País tem registrado mais de 60 mil casos por dia nas últimas duas semanas. Avanço da doença leva Trump a mudar discurso e a recomendar que população use máscara.

USA I Bethesda I Präsident Donald Trump I COVID-19
Presidente americano minimizou pandemia no início e vinha evitando usar máscara em públicoFoto: picture-alliance/AP/P. Semansky

Os Estados Unidos, país do mundo mais afetado pela pandemia de covid-19, ultrapassaram nesta quinta-feira (23/07) a marca de 4 milhões de casos confirmados, em meio ao aumento dos contágios em vários estados, como Califórnia, Arizona, Texas e Flórida.

De acordo com a contagem realizada de forma independente pela Universidade Johns Hopkins, os EUA registraram até o momento um total de 4.005.414 casos, entre eles 143.820 mortes.

Nos últimos dias, o país reportou uma média superior a 60 mil contágios diários e passou de 1.000 mortes por dia, o que não ocorria desde junho.

Diante do aumento preocupante, o presidente americano, Donald Trump, mudou o tom recentemente ao advertir que a pandemia "piorará" no país e recomendou que a população utilize máscaras, medida à qual se opunha até pouco tempo atrás.

"Obtenham uma máscara. Gostem ou não dela, a máscara tem um impacto. Precisamos fazer tudo o que pudermos", afirmou o presidente na terça-feira, quando também pediu para que os jovens "sejam seguros e inteligentes" e evitem bares cheios e grandes concentrações.

Trata-se de um giro radical do discurso do mandatário, que até poucos dias pedia a rápida reativação da economia e travava uma guerra contra as máscaras.

Já o mundo ultrapassou nesta quinta-feira a marca de 15 milhões de casos confirmados de covid-19, após um aumento de quase 250 mil nas últimas 24 horas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

O número de mortes nesta pandemia já chega a 626 mil, dado que também registra um aumento considerável desde a véspera, com a adição de mais 7 mil óbitos.

Além dos EUA, os países com mais casos são Brasil (2,28 milhões) e Índia (1,23 milhão). Nas Américas há quase 8 milhões de casos, quantidade muito superior à da Europa, que registra 3,1 milhões.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, destacou nesta quinta-feira que, embora quase todos os países do mundo tenham sido afetados em algum momento, continua a existir "uma transmissão intensa em um grupo relativamente pequeno de países". Quase 10 milhões – dois terços dos casos - correspondem a dez países.

JPS/efe/ots

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