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Terrorismo

(as)7 de outubro de 2006

Procuradoria Geral da República investiga denúncia de que as Forças Armadas norte-americanas mantiveram três pessoas suspeitas de terrorismo detidas em Mannheim. Estados Unidos desmentem acusações.

Três homens de origem árabe teriam permanecido detidos na prisão militar de Coleman BarracksFoto: AP

A Procuradoria Geral da República em Karlsruhe está investigando se as Forças Armadas dos Estados Unidos mantiveram presas ou maltrataram pessoas suspeitas de atividades terroristas em uma prisão militar em Mannheim, no sudoeste da Alemanha.

A Procuradoria confirmou neste sábado (07/10) reportagem publicada pelo site da revista semanal alemã Stern. A suspeita surgiu após declarações de uma testemunha, que afirma ter ouvido um soldado americano chamado John Pierce se referir às prisões e aos maus-tratos, escreveu a revista.

Mais uma denúncia

A nova suspeita se junta a denúncias anteriores de que a CIA, o serviço secreto norte-americano, mantém prisões secretas na Europa e de que aviões dos EUA transportando possíveis terroristas teriam feito escala em bases americanas na Alemanha.

Segundo a Procuradoria, as investigações começaram em 21 de setembro. A testemunha já foi ouvida, mas não pode provar suas declarações. "Estamos verificando a veracidade das informações", afirmou um porta-voz.

EUA negam

Segundo a matéria da Stern, de abril até o início de setembro três homens de origem árabe teriam permanecido detidos na prisão militar americana de Coleman Barracks, em Mannheim-Sandhofen. Eles também teriam sido vítimas de maus-tratos.

As informações foram desmentidas com veemência pelo governo norte-americano. Segundo Elizabeth Hibner, das Forças Armadas americanas, não há nenhuma pessoa chamada John Pierce na unidade alemã, na qual também não teriam sido mantidos presos suspeitos de terrorismo.

Relatório

Nesta sexta-feira foi tornado público um relatório da organização de assistência jurídica Reprieve, segundo o qual a CIA teria utilizado bases militares americanas na Alemanha para prender e interrogar pessoas acusadas de atividades terroristas.

A organização cita como fonte advogados de supostos terroristas presos em Guantánamo. O governo federal alemão negou as afirmações feitas no relatório.

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