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EUA transferem nove presos de Guantánamo à Arábia Saudita

17 de abril de 2016

Transferência dos iemenitas marca o mais recente passo nos esforços de Obama para fechar o controverso centro de detenção na base naval dos EUA em Cuba, que ainda possui 80 prisioneiros.

Foto: Reuters/L. Jackson

Os Estados Unidos transferiram neste sábado (17/04) nove homens iemenitas da prisão militar de Guantánamo para a Arábia Saudita, incluindo um detento que estava em greve de fome desde 2007.

A transferência, que aconteceu dias antes da visita do presidente Barack Obama à Arábia Saudita para uma cúpula de aliados do Golfo Árabe, marcou o mais recente passo em seus esforços finais para fechar o controverso centro de detenção na base naval dos EUA em Cuba antes de deixar o governo, em janeiro de 2017.

Os sauditas aceitaram, após longas negociações que em um momento envolveram Obama e o rei Salman, receber os nove iemenitas para reintegração e colocá-los em um programa estatal de reabilitação que busca reincorporar extremistas na sociedade.

"Os Estados Unidos estão agradecidos ao governo da Arábia Saudita por seu gesto humanitário e sua vontade de apoiar os esforços americanos para fechar as instalações de detenção na baía de Guantánamo", indicou o Pentágono em comunicado.

O grupo anunciado pelo Pentágono foi o maior desde que Obama deu início ao plano, em fevereiro, para fechar a instalação. Mas ele enfrenta oposição de muitos parlamentares republicanos, assim como de alguns democratas.

Há agora 80 prisioneiros em Guantánamo, a maioria detidos sem acusação ou julgamento por mais de uma década, atraindo condenação internacional. O complexo chegou a ter 800 detentos.

A mais proeminente das transferências foi a de Tariq Ba Odah, um iemenita de 37 anos que vinha sendo alimentado à força pelo Exército desde que entrou em greve de fome, em 2007. Sua equipe legal disse que ele está pesando pouco menos de 35 quilos, perdendo cerca de metade de seu peso.

A maior complicação foi na mudança de Mashur Abdullah Muqbil Ahmed al-Sabri, considerada de alto risco pelos Estados Unidos por ter estado supostamente envolvido em um ataque da Al Qaeda contra o destróier da marinha americana USS Cole em 2000, no qual morreram 17 soldados americanos.

Em cada um desses casos, a análise é realizada por várias agências do governo americano, e a mudança é finalmente aprovada pelo secretário de Defesa, Ashton Carter, e notificada com antecedência ao Congresso.

RPR/rtr/efe/ap