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EUA vendem sistema antimíssil para Polônia

18 de novembro de 2017

País aliado dos americanos no leste europeu deve passar a contar com avançado sistema de defesa aérea em meio à tensão com a Rússia.

Polen Andrzej Duda empfängt Donald Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, e seu colega polonês Andrzej Duda durante encontro em Varsóvia, em julho.Foto: Reuters/C. Barria

Em um gesto que pode irritar a Rússia, os EUA autorizaram a venda de um sofisticado sistema antimíssil para a Polônia. A negociação envolve 10,5 bilhões de dólares.

O país europeu deverá receber 208 mísseis Patriot Advanced Capabilty-3 (PAC-3), 16 estações de lançamento M903, quatro radares AN/MPQ-65, quatro estações de controle, peças sobressalentes, software e equipamentos associados.

Os equipamentos são da empresa americana Raytheon. Eles foram projetados para detectar, rastrear e destruir veículos aéreos não tripulados (drones), mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos de curta distância.

Em um comunicado emitido após o anúncio da venda, o Departamento de Estado dos EUA disse que "uma Europa segura capaz de dissipar ameaças aéreas e mísseis e outras formas de agressão promove paz e estabilidade dentro da Otan e no continente europeu".

A transação ainda requer aprovação do Congresso americano, uma vez que qualquer venda de tecnologia militar avançada para outro país precisa de uma permissão especial. O Congresso tem 15 dias para levantar quaisquer objeções ao acordo, mas a expectativa é que ele seja facilmente aprovado, dados os estreitos laços militares entre os dois países.

Durante a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, a Varsóvia em julho, os EUA e a Polônia assinaram um memorando de intenção para vendas de armas.

A Polônia é um dos poucos países do leste da Europa que resolveu expandir sua capacidade militar em face de uma possível agressão da Rússia após a anexação da Crimeia.

No ano passado, a Rússia instalou mísseis Iskaner com capacidade nuclear em seu enclave de Kaliningrado, na fronteira com a Lituânia e a Polônia. A ação provocou reação dos membros da OTAN, que começaram a realizar exercícios militares na região.

Agora, a Polônia se junta a Holanda, Alemanha, Espanha e Grécia como um dos poucos países europeus que possuem um sistema de defesa aérea Patriot. Os EUA também implantaram recentemente uma bateria Patriot na Lituânia, como parte dos exercícios multinacionais da Otan na região do Báltico.

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JPS/dpa/rt

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