Depois de quatro meses, Trump suspende medida que paralisou chegada de refugiados no país. Novo decreto dificulta, porém, a entrada de requerentes de asilo de 11 nacionalidades.
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Depois de uma proibição de quatro meses, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou nesta terça-feira (24/10) a autorizar a entrada de refugiados no país. Num novo decreto, o republicano, porém, dificultou a autorização de requerimentos de asilo de cidadãos de 11 países.
O decreto emitido por Trump estabelece que, durante 90 dias, refugiados destes 11 países – sem citar quais são – só poderão entrar nos EUA em casos excepcionais. Neste período, o governo americano fará uma revisão para determinar a necessidade de medidas de segurança adicionais em relação a cidadãos dessas nações.
O novo decreto substituiu parte do polêmico veto migratório emitido por Trump em março, que expirou no início deste mês. A medida foi alvo de uma longa batalha judicial e autorizada parcialmente pela Suprema Corte dos Estados Unidos em junho.
O governo alegou que a paralisação temporária tinha como objetivo dar tempo aos Departamentos de Estado, Segurança Nacional e ao Escritório do Diretor de Inteligência Nacional para que revisassem o processo de entrada de refugiados no país.
Concluída a revisão, Trump decidiu que retomar a entrada de refugiados "é coerente com a segurança e o conforto dos Estados Unidos", mas instruiu sua equipe a reforçar o processo de revisão das solicitações.
Em comunicado, o Departamento de Estado afirmou que será iniciada uma "revisão adicional em profundidade sobre os refugiados de 11 nacionalidades identificadas previamente como que podiam apresentar um maior risco para os EUA". O governo não identificará essas 11 nações por considerar que isso pode dificultar as operações de "aplicação da lei", afirmou a jornalistas uma funcionária que pediu anonimato.
Polêmico veto migratório
Ao assumir o governo em janeiro, o republicano colocou em prática a promessa de barrar imigrantes. A primeira versão do controverso decreto anti-imigração, assinada poucos dias depois da tomada de posse de Trump, estabelecia a proibição de entrada nos Estados Unidos a imigrantes de sete países de maioria muçulmana.
Depois de diversos revezes judiciais, Trump reformulou a medida e, em 6 de março, assinou a nova versão do decreto, retirando o Iraque da lista e reduzindo-a a seis países. O decreto nem chegou a entrar em vigor, sendo bloqueado por um juiz federal do Havaí em 15 de março. Críticos afirmavam que decisão era discriminatória.
Em 25 de maio, um tribunal de apelação de Richmond, na Virgínia, considerou que o veto violava a Primeira Emenda da Constituição americana, que estabelece que o governo deve permanecer neutro em questões religiosas.
No dia 12 de junho, um tribunal federal de apelações de São Francisco, na Califórnia, havia decidido manter o bloqueio ao veto migratório. Os juízes afirmaram que o presidente cometeu abuso de autoridade ao fazer julgamentos envolvendo segurança nacional e imigração sem apresentar justificativas adequadas.
A pedido da Casa Branca, o decreto foi, então, apreciado pela Suprema Corte no final de junho, que permitiu a proibição da entrada nos EUA, durante 90 dias, de cidadãos do Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen; além do veto de 120 dias à entrada de refugiados no país.
Com a expiração da proibição de entrada nos EUA dos cidadãos destes seis países no final de setembro, Trump anunciou um novo veto migratório e inclui na lista a Venezuela e a Coreia do Norte. Há uma semana, essa nova tentativa também foi suspensa pela Justiça americana.
CN/efe/ap/rtr
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Líderes mundiais mais seguidos no Facebook
Quase 90% dos governantes têm conta na rede social, que soma mais de 1,8 bilhão de usuários. Entre os com maior número de seguidores, estão Modi, Trump e a rainha da Jordânia.
Foto: Getty Images/K.Frayer
Narendra Modi
De acordo com relatório da empresa de consultoria e relações públicas Burson-Marsteller, o premiê indiano tem mais de 40 milhões de seguidores em sua página pessoal. Com mais de 1,2 bilhão de pessoas vivendo na Índia, isso não é realmente uma surpresa. Para o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, o caso de Modi é um exemplo de como as redes sociais podem ajudar na interação entre governo e população.
Foto: Getty Images/K.Frayer
Donald Trump
O presidente americano tem cerca de 20 milhões de seguidores no Facebook. Mas a sua famosa conta no Twitter tem ainda mais: cerca de 27 milhões. O estudo da Burson-Marsteller analisou a atividade de 590 páginas de chefes de Estado e de governo, como também de ministros do Exterior. A análise se baseia em dados coletados na ferramenta de rastreamento Crowdtangle.
Foto: Getty Images/AFP/N. Kamm
Barack Obama
Apesar de não ser mais presidente americano, Barack Obama ainda possui mais de 54 milhões de seguidores no Facebook, ou seja, bem mais que os primeiros colocados no ranking da Burson-Marsteller de 2017. O ex-presidente foi o primeiro líder mundial a ter uma página na rede social, em 2007, quando ainda era senador pelo estado de Illinois.
Foto: picture alliance/dpa/T.Maury
Rainha da Jordânia
A rainha Rania da Jordânia, esposa do rei Abdullah 2°, tem mais de 10 milhões de seguidores em sua página no Facebook, ou seja, mais do que a população jordaniana. A popular monarca mostra uma imagem moderna da mulher muçulmana árabe, o que pode estar atraindo usuários tanto dentro quanto fora do país.
Foto: picture alliance/dpa/Balkis Press
Recep Tayyip Erdogan
O presidente turco vem logo atrás da rainha da Jordânia em termos de popularidade no Facebook: ele tem cerca de 9 milhões de seguidores, constatou a pesquisa. Na pesquisa anterior, ele era o terceiro líder mais seguido na rede social, atrás de Obama e Modi.
Foto: Reuters/T. Schmuelgen
Abdel Fattah al-Sissi
De acordo com o estudo, o líder turco é seguido pelo presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, em termos de alcance no Facebook. Sissi possui cerca de 7 milhões de seguidores. Segundo a pesquisa realizada pela maior agência de relações públicas do mundo, 55% das atividades dos líderes mundiais em 2016 foram postagens com fotos.
Foto: Getty Images/AFP/M. El-Shahed
Samdech Hun Sen
No ranking da Burson-Marsteller, atrás do presidente egípcio está o primeiro-ministro do Camboja, Samdech Hun Sen, com mais de 6,5 milhões de seguidores. O líder asiático possui uma interessante página no Facebook: em suas postagens, ele compartilha, sobretudo, fotos que o mostram por trás das câmeras ou de férias com sua esposa e netos.
Foto: Getty Images/AFP/T.C.Sothy
Joko Widodo
De acordo com o levantamento, em 1° de fevereiro de 2017, todos os governantes avaliados possuíam, juntos, um alcance no Facebook de mais de 311 milhões de usuários. Entre eles, está o presidente da Indonésia, Joko Widodo, com pouco menos de 6,5 milhões de seguidores. Ele ocupa o oitavo lugar no ranking da Burson-Marsteller.
Foto: Reuters/D. Whiteside
Enrique Peña Nieto
Em termos de alcance no Facebook, o presidente mexicano é o governante mais popular na América Latina, com mais de 5 milhões de seguidores, à frente do colega de pasta argentino, Mauricio Macri (4,13 milhões), e do chefe de Estado peruano, Pablo Kuczynki (1,39 milhão).
Foto: picture-alliance/AP Photo/R.Blackwell
E no Brasil...
No Brasil, o presidente Michel Temer está longe de competir com outros governantes mundiais. O político brasileiro de maior alcance no Facebook é o vereador paulista Adilson Barroso, com 4,9 milhões de seguidores. Ele é seguido pelo senador Aécio Neves (4,39 milhões), pelos deputados Marco Feliciano (3,99 milhões) e Jair Bolsonaro, (3,9 milhões) e pela ex-presidente Dilma Rousseff (3,19 milhões).