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Europa lança satélite para monitorar oceanos

16 de fevereiro de 2016

Sentinel-3A integra programa de observação que visa coletar dados sobre a Terra. Informações recolhidas por satélite auxiliarão na previsão de fenômenos como El Niño e no acompanhamento do avanço do aquecimento global.

Satélite foi lançado de uma base espacial na RússiaFoto: picture-alliance/dpa/European Space Agency

A Agência Espacial Europeia (ESA) lançou nesta terça-feira (16/02) o satélite Sentinel-3A, que irá auxiliar na previsão de fenômenos climáticos como o El Niño e acompanhar o avanço do aquecimento global. Esse é o terceiro satélite enviado pelo programa de observação da Terra Copernicus.

O Sentinel-3A foi lançado de uma base espacial na Rússia e orbitará em torno da Terra, colhendo dados sobre as temperaturas na superfície dos oceanos e o nível do mar. Essas informações auxiliarão em previsões de temperatura mais precisas e em prognoses sobre os impactos do aquecimento global.

"Ao falarmos sobre aquecimento global, focamos com frequência no aumento das temperaturas, mas 90% da energia liberada no nosso planeta acaba indo para o oceano", disse o diretor do programas de observação da Terra da ESA, Volker Liebig.

A cerca de 800 quilômetros da Terra, o Sentinel-3A dá a volta no planeta 40 vezes mais rápido do que um avião e monitorará o planeta com mais frequência que os outros dois satélites do programa que já estão em órbita. A qualidade de suas imagens, no entanto, é mais baixa. Ele pode enviar imagens de todo o planeta dentro de dois dias.

"Podemos medir a poluição do oceano e também a distribuição de clorofila", disse Liebig. Esse pigmento indica a existência de algas. Dados sobre o tamanho das ondas e sua direção são recolhidos pelo Sentinel-1A que foi lançado em abril de 2014.

O programa Copernicus deve continuar sendo implantado até 2020, com o lançamento de outros satélites, e está orçado em mais de 8 bilhões de euros. Ele é considerado o projeto mais ambicioso de observação da Terra. Seu objetivo é fornecer dados que possam ajudar no desenvolvimento de uma legislação ambiental ou durante emergências, como desastres naturais ou crises humanitárias.

Na prática, essas informações podem ainda auxiliar a traçar rotas marítimas mais eficientes, reduzindo o consumo de combustível na navegação, a monitorar o desmatamento e a prever colheitas.

Os satélites do programa têm funções diferentes. O Sentinel-1A recolhe dados sobre a camada de gelo nos oceanos e sobre os impactos das mudanças climáticas. Já o Sentinel-2A monitora as florestas.

As imagens geradas pelo programa serão disponibilizadas gratuitamente para governos, organizações ambientais, instituições e empresas.

CN/rtr/ap/dpa

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