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Europa pode ter surto de zika, alerta OMS

18 de maio de 2016

Organização Mundial da Saúde afirma que chance de vírus se espalhar por países europeus é de baixa a moderada durante o fim da primavera e o verão. Ilha da Madeira e costa nordeste do Mar Negro, porém, têm alto risco.

Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika
Foto: picture-alliance/dpa/O. Rivera

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira (18/05) para um possível surto do vírus zika na Europa, à medida que o clima esquenta no continente nos próximos meses, durante o fim da primavera e o início do verão.

Na primeira avaliação da ameaça do zika à região, o escritório europeu da OMS classificou o risco em todo o continente entre baixo e moderado. No entanto, em áreas onde já há circulação do Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus, o risco fica entre moderado e alto.

"A probabilidade de transmissão local do vírus zika, se não forem tomadas medidas para atenuar a ameaça, é moderada em 18 países europeus e alta em áreas geográficas limitadas: Ilha da Madeira [em Portugal], e na costa nordeste do Mar Negro", declara o órgão em comunicado.

Entre esses 18 países com risco moderado de surto – o que se deve à presença do mosquito Aedes albopictus, transmissor secundário da doença –, França, Itália e Malta são os mais propensos. Em 36 países, o risco é baixo, muito baixo ou inexistente, afirmou a OMS.

Atenção em áreas de risco

Segundo Zsuzsanna Jakab, diretora regional da OMS para a Europa, o órgão deseja, com esta avaliação de risco, preparar os trabalhos em cada país europeu com base em seu nível de risco.

"Pedimos particularmente aos países com alto risco que reforcem suas capacidades nacionais e priorizem as atividades que podem prevenir um grande surto de zika", disse Jakab.

Entre as recomendações aos países com maior propensão ao vírus estão a capacitação de profissionais de saúde para detectar precocemente a transmissão; estimular a população a reduzir focos do mosquito; e garantir proteção a pessoas em situação de risco, sobretudo grávidas.

Ainda de acordo com a OMS, 79% dos países cobertos pelo braço europeu do órgão teriam boa ou muito boa capacidade de reagir bem e rapidamente a uma possível propagação do vírus.

Um grande surto de zika atingiu diversos países da América Latina, em especial o Brasil, gerando alarme global. O vírus tem sido relacionado a milhares de casos de malformação fetal em bebês de mulheres que foram infectadas enquanto grávidas.

EK/abr/afp/rtr

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